Sirene Entre As Dimensões

Capítulo 1. O princípio

Fadas... sereias, elfos, seres de outros planetas, portais para outras dimensões, tudo isso parece pura loucura ou ficção autêntica, talvez até incredulidade minha! Mas, acredite ou não, não sou maluca, muito menos incrédula até esse ponto. Confesso que, antes daquele dia, nunca acreditei que tais coisas pudessem existir, não era nenhuma criança e muito menos uma boba de primeira, só sei que depois daquele dia, tudo na minha vida mudou.

Quer saber como tudo aconteceu?

Sirene é o meu nome, sempre tive um bom aspecto, bem, era isso que eu achava, até conhecer Nirik do planeta Zantúria... explico melhor isso mais a frente.

Tudo começou aos meus 17 anos. Vivia perto de uma pequena cidade, para dizer a verdade, a minha casa ficava no meio do mato, não muito longe da cidade, tinha uma irmã cassula meio chata, mas que amava muito. Vivia com o meu padrasto e a minha mãe. Bem, diria que a minha vida era tipicamente normal, tirando o facto de ser considerada a esquisitona do pedaço na escola, isso porque o meu estilo nunca esteve dentro dos padrões humanos. Era desleixada e quase sempre usava a mesma Calça de ganga e o meu suéter preto... Nunca fui muito ligada à moda e nem à última tendência, como podem notar, outro facto plausível é que os meus pais não ganhavam muito bem, daí dá para perceber que venho de uma família humilde.

Pois bem, retirando o facto da roupa e talvez do meu desleixo, sempre amei o meu rosto, seria modesta demais afirmar que não era nada bonita pelo simples facto de não ter roupas do último grito. A minha pele pálida, os meus olhos grandes amendoados, lábios rosados, cabelo longo, ondulado, castanho, bem sedoso, até a cintura, sempre chamou atenção das pessoas, há quem dizia que possuía uma beleza peculiar. Mesmo mal vestida, o meu corpo sempre cooperou, a minha cintura era mais fina do que da própria miss 2012 da cidade, 1,60 de altura não muito gorda e nem muito magra. Como dizia o meu único amigo do tempo da escola, "Sirene, tu 'dás para o gasto', só deverias valorizar mais a tua beleza e dar um fora neste teu suéter e calça de ganga da tua avó." Ele era meio engraçado e um pouco abusado, mas era o melhor amigo de sempre, falo do rebelde e autêntico Roger, filho de mexicanos residentes nos EUA. 

Minha vida fora da escola, digo, no geral, sempre foi impulsionada por um conjunto de mistérios inexplicáveis começando com a minha própria mãe, ela sempre me deixou intrigada nunca, em momento algum, falou sobre o meu pai, talvez se não conhecesse o meu padrasto ainda pequena, do tipo 10 anos, jamais suspeitaria que ele era apenas o pai de Lisa. Meu padrasto um homem bom, notava-se claramente que amava minha mãe e faria de tudo para nos proteger... Não se importando em perder a própria vida no processo. Sempre o admirei, sempre o vi e tratei como pai porque, na realidade, é isso que ele é e sempre será para mim.

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12 De Junho de 2012.Quinta-feira

Era de madrugada, estava no meu quarto lendo meu Comics favorito, burlava a hora de dormir. Notei que o quarto estava mais quente do que o normal, então decidi abrir a janela para arejar um pouco, passou um vento gostoso pela cortina estampada de desenhos mangas dos anos 90 e, num pequeno fechar dos olhos, entrei num sono profundo deixando cair o livro.

-Ela acabou de dormir, mestra Eluis.

-Não por muito tempo, daqui a nada ela fará a sua pequena viagem astral e aí aproveitamos conversar com ela, já faz tanto tempo desde a última conversa que tivemos.

-Mestra, está chegando o momento de ela despertar para as realidades dimensionais.... 

-Não se preocupe, ela começou a questionar-se com mais frequência sobre o pai, só não fala com a mãe para não ferir o padrasto que ela tanto ama e respeita.