Capítulo 4

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MAYA POV

Jura? Ele é mesmo dono de um hospital? Mas como assim pacientes? Ele só trata de mulheres? Será que é ginecologista? Aii que constrangedor.

- Oh sim - ele mexe-se desconfortável e eu não entendo o porquê, mas prossigo - pacientes mulheres? - ele assente - então és ginecologista? - ele ri-se

- Não, sou obstetra, na verdade um pouco das duas coisas - fico ainda mais chocada mas ele sorri ainda mais e eu também sorrio depois - quero que vás comigo amanhã e conheças o hospital e também faças uma visita ao meu consultório para ver esse garoto!

- Mas eu nem sei se é menino - ele sorri mais.

- Eu tenho a ideia que vai ser menino e eu quase nunca erro - sorrio.

- Um menino? Não sei - rio-me - Achas que consegues ver já amanhã?

- Não sei penso que não, ainda estás de 3 meses, ele provavelmente não está muito desenvolvido ainda, mas irei descobrir algumas coisas sim, e vou-te receitar imensas vitaminas, ficaste imenso tempo sem os devidos cuidados - sorrio e quando vou para responder o telemóvel dele toca - Desculpa - assinto e ele atende - Pois não?... Evelyn - o meu sorriso morre - Não, eu não estou no meu apartamento... Evelyn eu estou em casa da minha mãe... É melhor não, ela não gosta muito de ti... Ela é minha mãe e a pessoa que eu mais amo... Não Evelyn, eu amo mais a minha mãe... ELA É MINHA MÃE PORRA! - ele grita e eu dou um pequeno grito e salto pelo susto e lágrimas formam-se. O Peter percebe - Evelyn, não me ligues mais por enquanto... Não tens nada a ver com quem eu estou ou não... Eu não te estou a trair mas agora não estou com paciência para te estar a ouvir... Eu vou ter de desligar. Xau - ele desliga o telemóvel e move-se e chega até mim e abraça-me. - desculpa, eu não queria gritar, mas ela estava a falar mal da minha mãe e eu não aguentei. Desculpa mesmo - assinto e ele sorri.

- Não faz mal, apenas não consigo controlar.

- Deves estar cansada, talvez queiras dormir - assinto e ele afasta-se um pouco para me olhar nos olhos e eu sinto-me a queimar por dentro, estamos muito próximos e ele parece não se importar. - Os teus olhos são lindos - coro e baixo a cabeça - Não precisas de ficar assim - pega no meu queixo e levanta-o - Desculpa... Mas eu tenho tanta vontade de te beijar - Também eu... Mas ele tem noiva não posso dizer isso.

- Tu tens uma noiva e não podes fazer isso - digo ainda sem me afastar.

- Mas é mais forte do que eu. Eu nunca me senti assim. - ele cola as nossas testas e eu fecho os olhos apreciando o pequeno toque.

- Tu sabes que não podemos fazer isso - abro os meus olhos devagar.

- Nós podemos, só não devemos - solto uma pequenina gargalhada e ele sorri, coloco os meus braços em volta do seu pescoço e acaricio os seus cabelos - o teu sorriso é lindo. Tu és linda.

- Não digas isso, tenho as hormonas à flor da pele e não ia ser nada bom para nenhum dos dois. - ele sorri.

- Sexo Maya? Eu sou obstetra sei bem o que causam as hormonas. - fico envergonhada.

- Não sei nem como é a sensação de fazer isso de verdade. É bom sentir orgasmos? - ele sorri de lado. E que sorriso!

- Depende de com quem estiveres a senti-los, depende se amas ou não a pessoa, os sentimentos vão ser diferentes.

- Com a tua noiva, é bom? - o seu sorriso morre- tu amas a Evelyn não é?

- Eu estou prestes a beijar-te e tu falas de como são os meus orgasmos com outra mulher que eu supostamente amo? - ele goza.

- Supostamente? - ele olha para mim, meio triste.

- É complicado, mas eu não a amo, nós nem sequer temos um relacionamento. Achas que se eu a ama-se estaria prestes a beijar-te? - fico pasma! Como é que isso é possível?

Um Anjo Na Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora