MAYA POV
- Não morena, come tu! Só de te ver a comer com tanta vontade já estou satisfeito. - mal ele acaba de falar eu como o morango.
- Porque esse apelido "morena"? - pergunto porque já estava à muito tempo para querer saber isso.
- Porque tu és morena e chamar-te por um apelido é sempre melhor do que estar sempre a chamar-te pelo teu nome! Não que ele seja feio porque é lindo tal como a dona mas eu acho mesmo os apelidos mais íntimos entendes? - sorrio e assinto.- Chegamos - olho pela janela e vejo um enorme edifício.
O Peter abre-me a porta e depois dá-me a mão e acompanha-me até à entrada. Vamos diretos para o elevador e eu nem consigo reparar na decoração do local, vamos para o último andar acho eu e quando saio do elevador deparo-me com um corredor um pouco movimentado demais para um ultimo andar. O Peter caminha até à receção e eu sigo-o.
- Bom dia Emma. Não deixe ninguém entrar no meu consultório hoje, se alguém vier, telefone-me primeiro. - ela assente.
- Mas o doutor vai ter uma reunião daqui a uma hora em que os investidores exigiram a sua presença.
- Hm... Pois eu esqueci-me, pode por favor ligar para o andar deles dizer que tive um parto de emergência e não posso ir? Não poderei mesmo ir hoje.
- Eu vou tentar Doutor.
- Oh Emma deixe-me apresentar-lhe a Maya. Irei estar ocupado com ela hoje, é uma amiga especial - ela sorri e eu retribui - vou andando! Até logo Emma- começamos a caminhar mais em frente até que ele pára e volta a olhar para trás. - Ah! Já me ia esquecendo Emma, se a Evelyn aparecer por aqui ou se telefonar diga que eu hoje não vim trabalhar mas peça-lhe para aparecer no meu apartamento logo à noite por favor. - fico um pouco surpreendida e apreensiva com o que ele possa querer da Evelyn no apartamento dele. Isso também significa que assim não vai dormir a casa da Helen e que não o vou ver.
Depois de percorrer um pouco no corredor chegamos a uma porta preta e o Peter abre e entra. É como um consultório normal, mas um pouco mais sofisticado do que os consultórios que estou habituada a ver.
- Morena vamos logo, porque deves estar ansiosa para ver o bebé, mas antes tenho de te fazer algumas perguntas. Podes te sentar..
Sento-me enquanto ele pousa a sua mala em cima da mesa e retira o blazer para vestir o seu jaleco que o deixa muito sexy. De seguida senta-se à minha frente e começa perguntas habituais sobre a minha alimentação e coisas do género. Até que uma pergunta me faz travar um pouco.
- É raro estes casos, mas pode existir possibilidade de teres gémeos. Alguém da tua família tem um gémeo? - paro um pouco para refletir.
- Hm... Bem... A minha avó por parte da minha mãe tinha uma irmã gémea e... Os meus irmãos mais novos são gemeos também.
- Merda Maya, podes estar grávida de gémeos daquele filho da puta.
- Não Peter, por favor. Se eu tiver de ter gémeos que ao menos seja quando forem os nossos filhos.
- Eu também queria isso mas não posso fazer nada contra isto. Espera o que? Nossos filhos?
- Oh merda! Desculpa, não sei porque fui pensar isso. É um absurdo mesmo.
- Não é! Quer dizer é! Mas eu gostei da ideia-diz quase num sussurro e o meu coração começa a palpitar. - Ergh... Vamos ver o bebê. Podes-te deitar na maca - faço o que ele pede - agora podes abrir as calças e puxar um pouco para baixo de modo a que te consiga ver perfeitamente a tua barriga e levanta a camisa um pouco para cima também. - faço novamente o que ele pede até ele passar um gel frio pela minha barriga e depois começar a passar a máquina por ele.
- Boas noticias morena, ele é só um mesmo. Olha este aqui? - aponta para o monitor - é o bebé. E não é que parece mesmo um menino? Acho que na próxima consulta vamos conseguir ter a certeza. Queres ouvir o coração?
- Obvio que simmm.-ele mexe em algum botão da máquina e o sentimento que sinto ao ouvir o batimento cardíaco do bebé que eu sei que é o MEU filho é indiscritivel...
Sinto o meu rosto a ficar molhado e o Peter olha para mim e sorri, com aquele sorriso lindo e com as covinhas! Oh meu deus! Não dá para aguentar.
- É o meu bebé Peter! Apesar de ser filho daquele... Daquele..-tento encontrar um nome para descrevê-lo mas por fim desisto. - É o meu filho. Eu já o amo muito. O meu bebé - soluço e nesse momento sinto uma sensação estranha na minha barriga - Peter! O bebé já se pode mexer?
- Hm... Não é muito comum no terceiro mês de gravidez, apesar de já estares quase no quarto mês, mas pode acontecer. Porque? Sentiste alguma coisa? - sorrio e aceno com a cabeça que sim.
- Eu senti uma sensação estranha na barriga, talvez seja o bebé. Podes limpar-me por favor? - ele ri-se da minha expressão mas limpa me a barriga com um guardanapo removendo todo o gel que me colocou lá.
Sinto que as suas mãos continuam lá na mesma mas não me importo, pelo contrário, até gosto do seu toque! Começo a sentir novamente lágrimas nos olhos assim que o ouço falar com o bebé.
- Oi bebé, a tua mãe é uma chorona, mas é linda! Se não sentir o suficiente pela tua mãe para ser teu pai, vou ser teu tio. Por isso, por enquanto sou o tio Peter! Tenho quase a certeza que és um menino mas vais ter de colaborar mais da próxima vez. - sorrio e sinto novamente aquela sensação estranha na minha barriga e o Peter olha para mim com um sorriso lindo.
- Sentiste? - assinto e ele sorri ainda mais - Ele mexeu, ele mexeu de ouvir a minha voz. Ele já me conhece morena, isso significa que ele aprova tudo o que disse. - sorrio.
- É, parece que sim. Eu amo tanto o meu bebé - digo e ele mexe novamente quando meto as minhas mãos em cima das do Peter.
- Eu admiro-te tanto Maya, depois de tudo o que passaste. Muitas se passassem pelo mesmo iriam desprezar esse bebé, mas tu és tão forte que não interessa o que passaste.
- Ele não tem culpa de ter o pai que tem. Aliás, eu própria não sei quem ele é... - ele tira as mãos da minha barriga e inclina-se sobre mim, uma vez que ainda estou deitada e roça lentamente os seus lábios nos meus - Peter... - Gemo pelo pequeno contacto.
Ele finalmente junta os seus lábios nos meus e beija-me calmamente, introduz a sua língua na minha boca, lentamente e a minha depressa se junta à sua e começamos a mover as nossas línguas e os lábios numa sintonia perfeita. Ele leva uma mão à minha nuca e puxa-me mais para ele aprofundando o beijo. Ficamos assim um bom tempo até sermos interrompidos por um barulho estridente de um telemóvel que penso ser o do seu consultório.
- Merda - resmunga ao ter de se afastar. Ele dirige-se ao telemóvel e eu levanto-me e componho a minha roupa enquanto ouço a conversa.
- Emma, eu disse para fazer o máximo para eu não ser incomodado... Tudo bem, retorne a ligação e diga que eu levo a Maya comigo para o meu apartamento... Não precisa de ligar à Evelyn a pedir para não ir lá hoje à noite, ela pode ir na mesma... OK, obrigado Emma. Nós já vamos sair - desliga a chamada e olha para mim. - Morena, temos de passar a noite no meu apartamento. A minha mãe tem de ficar à espera de um fornecedor em casa por causa da pastelaria. E como eu vou conversar com a Evelyn para resolver as coisas, prefiro que fiques perto de mim do que sozinha!
- Hm... Não sei se é boa ideia... Ainda por cima, a Evelyn vai lá estar e ela é tua noiva, secalhar não vai gostar de tu estares com outra pessoa lá e... Eu não gosto de mentir às pessoas, ia me sentir mal, sentir culpa por todas as vezes em que nos envolvemos... Ia ter nojo de mim por tê-la traído.
- Ei ei. Nunca mais digas que tens nojo de ti, ouviste? Nunca mais Maya! És incrível e tudo o que nós fizemos foi porque eu quis e nunca mais vais ter de te preocupar contigo. Como eu tinha dito o meu noivado com a Evelyn, são apenas negócios e vou acabar com isso hoje. - arregá-lo um pouco os olhos.
- Estás louco? Se é negócios precisas dela para que eles corram bem..
- Não, não preciso! E não quero arranjar problemas por tua causa.
- Então, talvez seja melhor ser eu a ir embora-ele caminha rapidamente até mim e segura na minha cara..
- Tu não digas isso novamente! Estás muito bem aqui, comigo...
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Um Anjo Na Minha Vida
RomanceMaya Collins tem uma vida complicada e após um acontecimento trágico fica sem casa, sem ninguém e está grávida! A viver na rua é acolhida por uma mulher que lhe salva a vida e a acolhe como pode. Acompanhem esta história emocionante