Take me home.

71 3 0
                                    



Trevor

Ou essa festa está muito boa ou todo mundo está muito bêbado, eu nunca fui de beber muito, e eu sou o segundo menos alterado aqui, já que Brax é o motorista da rodada, mas todo mundo além de nós está triplamente alterado, eu não consigo nem dizer o nível de bêbado que Luke está.

Nós estamos nos fundos da fraternidade, mais cedo eu estava no andar de cima da casa com uma garota que parece uma modelo de tão gata. Ele me disse que iria ao banheiro e eu não vejo ela desde então, o que é perfeito, assim nós dois podemos aproveitar a festa ainda mais depois de dar uma rapidinha.

Meus colegas de time conversam animados, eu rio de cada palavra que eles falam, comemorar as vitórias do time são a melhor coisa.
Depois de um tempo conversando minha cerveja fica quente, e já que essa é minha segundo garrafa e eu nem cheguei a termina-la eu aviso Brax que vou pegar outra - Ei cara eu vou pegar outra cerveja, já volto. -
- Vou com você cara, vou ficar perto do banheiro feminino, sempre consigo ficar com uma garota que saí do banheiro prontinha para ficar louca de novo, é o local perfeito - Brax se gaba da sua estratégia e eu caio na gargalhada - Bom eu não posso dizer que não funciona sendo que eu nunca vi em pratica, mas posso dizer que esse é o modo de pegar garotas mais estranho que eu já vi -

- Vamos pegar a cerveja primeiro, depois eu te ensino como ter sexo garantido pela noite - A gente ri durante todo o caminha até a cozinha da casa, e quando chegamos, a cozinha está tão lotado quanto o resto da casa, de longe vejo Reagan e Brina conversando com Tracy, o que não me cheira bem. Um cara do time de basquete conversa com elas também, e por mais que eu tente não me lembro do nome dele, mas ele é a desculpa perfeita para chegar perto da conversa.

- Cara você se lembra do nome dele? - Brax me pergunta enquanto nos seguimos até às meninas e eu rio baixo - Mano eu não faço a mínima ideia - Ao chegar cada vez mais perto eu vejo que o clima não tá nada bom, Tracy está de cara feia pra Reagan, que está de costas para mim e o cara parece aproveitar toda a situação.
- Isso vai dar merda - Brax avisa segundos antes da merda acontecer.

Reagan fala alguma coisa que faz Tracy perder a cabeça e jogar toda cerveja da garrafa que ela segurava em Brina, todo mundo no ambiente fica em choque porque ninguém esperava que Brina fosse ser atacada, mas sim Reagan.
No momento que Tracy jogou a cerveja em Brina eu e Brax nos movemos tão rápido que parece que tínhamos patins nos pés.
- Sua filha da mãe, você tá louca? - Sabrina grita com Tracy. Brax logo vai ajudar ela e eu não tenho tempo de raciocinar muito quando vejo Reagan ir para cima de Tracy.

O punho de Reagan está a centímetros do rosto de Tracy quando eu a agarro pela cintura e a puxo para trás  - Me solte, eu vou quebrar tanto a cara dessa garota que o nariz dela vai voltar a ser como era antes dela fazer a cirurgia - Ela se bate nos meus braços e eu tenho de segura-la mais apertado. Reagan pode ser pequena e magra mais ela é forte como um urso. - Me solta caralho - Ela grita de novo.

- Reagan, fica calma porra - Eu grito de volta no seu ouvido, tentando levar ela cada vez mais para longe da confusão toda.

Eu seguro Reagan com um braço e faço todo o percurso até à frente da fraternidade afastando as pessoa enxeridas com o outro braço e uma cara feia, ela reclama para eu a por no chão e que ela precisa voltar para ajudar Brina o trajeto todo.
Quando eu passo pela porta da frente eu a ponho no chão e aperto meus braços em sua cintura e ela tenta se virar para me encarar, quase acertando a cerveja na sua mão na minha cabeça, eu afrouxo o aperto e ela se vira para mim, mas eu ainda mantenho meus braços em sua cintura e ela perto de mim. Ela leva a cerveja a boca e bebe - Você está tentado entrar em coma alcoólico Reagan? Me dê isso! - Eu pego a cerveja e jogo na grama da frente da casa.
- Nós precisamos voltar Trevor, Brina está lá todo suja de cerveja! Eu preciso ajudar ela!- Ela aponta para dentro da casa, a voz dela e ódio puro e seu rosto está vermelho, o cabelo dourado todo bagunçado de tanto se bater nos meus braços, e o cheiro de álcool dá para ser sentido de longe.

- Sid e Brax estão com ela, eles vão levar ela para casa depois que ela se limpar, você e eu vamos embora agora, já chega de confusão por hoje - Eu pego a mão dela e me viro para ir até onde meu carro está estacionado, mas ela continua parada. As pessoas em volta alheias à nós dois, sem dar a mínima. Eu me viro de volta para ela e respiro fundo ao ver seu rosto. Ela parece prestes a desmoronar, com os olhos cheios de lágrimas e de preocupações com a melhor amiga. Na hora da confusão eu apenas vi Brax com Brina, não sei para onde eles foram, mas com toda certeza do mundo que ele foi ajudá-la, sei que posso confiar nele para proteger ela, não preciso me preocupar com eles, minha preocupação agora é cuidar de Reagan.

- Você sabe que ela vai ficar bem, eles vão ajudá-la e levá-la para casa, não precisa se preocupar - Eu a tranquilizo e ela respira fundo, como se Sabrina fosse sua única preocupação agora.
Uma lágrima escorre pelo seu rosto e ela fala baixinho e desesperada - Só me leva embora daqui Trevor, por favor - Meu corpo se contrai com a forma que ela fala, eu conheço Reagan minha vida toda e posso contar em apenas uma mão a quantidade de vezes que a vi chorar, ela parece humildada, derrotada é triste. Meu instinto é trazê-la para um abraço lateral, consola-la e levá-la para meu carro o mais rápido o possível.

Eu abro a porta e a ajudo a entrar, rodeio o carro e me sento no banco do motorista ligando o carro, nós fechamos as portas e eu sigo para o apartamento dela. Durante todo o percurso ela se mantém com os olhos fechados e respirado alto, como se tentasse segurar o choro ou evitasse um ataque de pânico. Em algum momento em que minha mão relaxava no encosto do carro ela faz o mesmo e acaba esbarrando em minha mão, mas ao invés de se retrair ela acaba entrelaçando sua mão trêmula na minha, eu apenas a deixo fazer, mesmo que o movimento seja bizarro e bom ao mesmo tempo.

Eu dou um aperto fraco na mão dela sinalizando que tudo bem, e sua respiração se acalma, sua mão para de tremer pelo resto do caminho.

Power PlayOnde histórias criam vida. Descubra agora