Devaneios - ATEEZ (VOL.2 de Uma Bela Mentira)

Xeque-mate

Com Jooheon e Jongho nos ajudando, seria muito mais fácil sair dali, pelo menos é o que eu penso. Sem hesitar, Hong, Sang e eu começamos a desamarrar os nossos pulsos com os dentes. No caso de Yeosang era mais complicado por eles terem passado a corda pelo seu compartimento de punho. Eu sou a primeira a me livrar, Hong se livra logo depois e ajuda Lisa a se soltar. Vou em direção de Kang para lhe ajudar também, mas parecia que estávamos esquecendo de alguém.

– S/N... Não me deixe amarrado aqui... – fala Mingi ainda tomado pelo álcool em seu corpo.

– Não! Você vai ficar aí e vê se não atrapalha. – digo firme me levantando com Yeosang.

Enquanto isso, Jongho passa pela lateral do duto de ventilação para sair do teto, ao fazer isso o mesmo segue na direção de Minhyuk por trás do maníaco para poder atacá-lo por trás. Minhyuk estava segurando a sua mão com força, mais ao sentir que alguém o seguia por trás, rapidamente ele recuperou a sua arma gigante e completamente desconhecido a apontando para Choi.

– CHEGA! – grita ele chamando a atenção de todos. – Park, Jeong... Off! – ao dizer tais palavras, Seonghwa e Yunho caem no chão. “O que está acontecendo?” me pergunto, mas Minhyuk ainda parecia ter truques na manga – Já era! Essa não é uma arma comum... Ela pode acabar com a vida de todos vocês! – por não termos conhecimento algum da arma que ele segurava, tínhamos que fazer tudo com muita cautela. – E os seus coleguinhas não vão acordar tão cedo.

– Minhyuk, se renda! Pegamos você, já não tem mais aliados e olhe a sua volta... – ele o fez relutantemente ao escutar as palavras de Jooheon – somos mais de oito contra um! – Jooheon era muito bom com as palavras, então eu espero que ele consiga mudar a cabeça desse cretino para que mais ninguém saia ferido.

– Você acha mesmo que isso vai acabar tão rápido assim? – disse Minhyuk com um sorriso horrível de canto no rosto. – Ninguém aqui vai sair vivo! – com isso, ele aperta um botão na parta traseira de sua arma e um compartimento dela se abre ao topo.

– I-isso é... – não consigo terminar de falar por não estar acreditando ao ponto que ele havia chego.

– Seu louco! Essa bomba vai matar a todos! – solta Yeosang olhando para os números que corriam em ordem decrescente enquanto Minhyuk ria do nosso desespero.

– Vocês tem menos de dez minutos... Se divirtam! – disse ele colocando a arma-bomba no chão, depois levantando as suas mãos como quem estivesse se 'redendo'! – E nem adiantam correr, porque não vai dar tempo!

Agora, com uma bomba na ativa, trocar tiros seria extremamente perigoso e por mais que eu não goste, tenho que admitir que Minhyuk está certo. Correr não daria tempo por estarmos muito abaixo do solo, sem contar que temos quatro corpos pra levar pra cima. Wheein, que matinha a sua respiração muito pesada, Yunho e Seonghwa, completamente desmaiados com alguma coisa estranha em seus corpos e Wozi, a minha sobrinha que se mantinha completamente assustada com tudo que estava acontecendo a sua volta. Minhyuk conseguiu acabar com a minha família, agora todos iriam morrer por minha causa. Não, eu não vou deixar isso acontecer. “Ele está desarmado olhando as nossas caras de desespero, não é?” Completamente vulnerável a uma mulher com sangue nos olhos.

Devagar, sem pensar em absolutamente nada, eu dou passos em direção a Minhyuk. Sinto alguém vindo em minha direção, provavelmente Hong pra me impedir, mas Yeosang o parou. Preciso acertar as contas do meu jeito, mesmo que eu vá pro inferno com esse infeliz.

– Então S/N... Veio me dizer as últimas palavras antes de queimarmos no inferno juntos? – disse ele ao me ver bem em sua frente.

Pelo seu ombro eu vi a minha sobrinha. Wozi tremia de medo, com certeza esta noite ficará rondando a mente dela todos os dias se sairmos vivos daqui. Fecho os meus olhos, respiro fundo e penso na minha vida anteriormente. Acho que não cheguei a aproveitá-la corretamente, mas estou disposta a aproveitar muito bem esses últimos minutos. Fecho o meu punho direito com força e dou um soco a bochecha esquerda de Minhyuk o fazendo cambalear pra trás. Meus dedos doem, mas eu não estou nem perto de parar. Me aproximo mais e chuto o seu rosto no mesmo lado do soco e ele vai no chão.