Seok Jin

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Annyeong haseyo! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim. A atualização de hoje devia ter sido feita ontem, mas como eu não estava me sentindo muito bem (enxaqueca), acabei atrasando. Mas finalmente o capítulo do Jin esta disponível e está imperdível! Sério, tá muito fofo e eu gostei muito de escrever ele. Espero que vocês também gostem de lê-lo. E não se esqueçam: deixa aquela estrelinha no final da leitura e faça todos os comentários que você quiser. Lavem bem as mãos e não saiam de casa! 

Seok Jin não sabia o que tinha na cabeça, mas não queria que seu primo partisse naquela viagem de modo algum. Poderia ser quantos anos fosse mais velho do que Jung Kook, ao nascerem os Céus haviam traçado seus destinos de modo que o grão-príncipe sempre estaria abaixo de seu jovem parente, sobretudo no dia em que Jung Kook se tornasse o Rei da Coreia. Assim, nunca se preocupara excessivamente com o protocolo e a etiqueta da corte quando decidia-se por passar algum tempo com os únicos irmãos que os deuses lhe haviam dado naquela vida. Exatamente por isso permitia-se agir como uma criança durante a última ceia de Jung Kook antes do grande dia.

Chorava como um bebê desmamado e não se importava em fazer barulho, mesmo enquanto comia, mas tudo o que conseguia era arrancar do herdeiro e futuro noivo alguns sorrisos entre uma refeição e outra. Por fim o próprio guarda de Jung Kook precipitava-se sobre a entrada do aposento de Seok Jin, ostentando um semblante preocupado e um tanto confuso com toda aquela comoção. Àquela presença estranha o grão-príncipe de Joseon instantaneamente se continha. – Há algo errado, alteza? – Ouvira o jovem oficial Ho Seok indagando seu mestre.

– Não, Hobi. Está tudo bem... – Jung Kook esforçava-se para não rir enquanto tomava um gole do dugyeonju¹ que o próprio Seok Jin lhe havia dado de presente ao chegar para cearem juntos. E enquanto esperava o oficial partir para seu posto novamente, o grão-príncipe mantinha uma expressão quase ingênua enquanto comia, como se desconhecesse por completo o motivo daquela intromissão.

– Hyung... Se dependesse apenas de mim eu nunca teria concordado com isso, mas não posso desonrar a palavra do nosso halaboji². – Ouvi Jung Kook dizer após ficarem sozinhos novamente e apesar de não haver tom de reprimenda na voz do garoto, Seok Jin abaixou o olhar, mas pela menção à pessoa do Rei e também por concordar com as palavras de seu primo. Ainda assim, não lhe abandonava aquela sensação ruim que levava ao peito desde que soubera da notícia. O que era estranho, uma vez que o grão-príncipe jamais sentira-se confortável sendo o terceiro na linha de sucessão ao trono. Se algo acontecesse a Jung Kook não teria coo escapar da monótona e melancólica vida do palácio, cercado por pessoas em quem não se podia confiar. Contudo, Jung Kook já não era uma criança e viajava para trazer sua noiva, a mãe de seus filhos. Filhos que herdariam seu trono! Era, de fato, uma benção, mas nem pensar daquela forma espantava do coração de Jin aquela sensação incomoda que o levara a passar uma quantidade até então inédita de tempo com Jung Kook. Chegara mesmo a solicitar permissão ao Rei para acompanhar o primo naquela jornada, mas novamente sabia que nada conseguiria, exatamente pela sua posição, não lhe restando opção que não fosse aproveitar a companhia do maknae enquanto pudesse. Aquilo o levara a dormir nos aposentos de Jung Kook, para poder ajuda-lo a se preparar no dia seguinte, acompanhando-o até onde a guarda real permitisse.

E quando finalmente chegou a hora já estava montado em seu cavalo, à frente da comitiva que mais parece uma trupe itinerante. Os estandartes de Joseon flamulavam ao sabor do vento, sendo carregados por dois emissários especialmente designados apenas para aquela tarefa, um em cada flanco da formação. Logo atrás do grão-príncipe vinham o chefe da guarda-real, o oficial que havia adentrado seus aposentos na noite anterior, o preceptor de Jung Kook e o duque Gyeongju. Seok Jin julgava-o velho demais para uma viagem daquelas, mas o velho aristocrata era quase tão amigo de Jung Kook quanto qualquer um dos outros ali presentes e sabia que a presença e a experiência do ancião acalmariam o noivo imberbe. Mais atrás vinham os dignitários e outros funcionários da Dinastia Real, responsáveis pelos acertos burocráticos e diplomáticos necessários quando enfim chegassem a Wihwa e encontrassem a comitiva do Grande Ming. E só no final daquela procissão assomava a grande carruagem fechada onde Seok Jin julgava encontrar-se um Jung Kook contrariado e deprimido. – Vão partir sem mim? Seria a resposta que pedi aos Céus se te enviassem como noivo no meu lugar.

O Tigre e o Hibisco [JIKOOK]Onde histórias criam vida. Descubra agora