Yoon Gi

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Annyeong haseyo! Tudo bem com vocês? Não tivemos atualização ontem porque eu fiquei no hipe do BangbangCon e não consegui finalizar o capítulo do Guinho... Mas aqui está! Espero que vocês gostem da leitura e não se esqueçam: votos e (principalmente) comentários ajudam muito um autor iniciante. Então deixem aquele coraçãozinho no final da leitura, além das suas opiniões. Todas serão respondidas com muita atenção e carinho!  Se cuidem e fiquem em casa!

Quando Ji Min finalmente chegou em casa por muito pouco não escapou de uma punição de Yoon Gi. Havia quebrado a promessa! Devia ter voltado há horas e Yoon Gi não era burro. Podia muito bem ver o motivo daquela demora. E ainda que ele próprio tivesse aproveitado a companhia de Tae Hyung naquela noite, não deixara o leito de sua mãe um segundo sequer. Agora Tae dormia em seu quarto, mas o jovem chefe da família Park tinha uma preocupação muito mais urgente do que a inconsequência de seu maknae. – Omma... A senhora não está em condições de subir a montanha e o ano já começou... – Apenas com muito esforço sua voz saia sem fraquejar. Tanto ele quanto Ji Min encontravam-se jogados ao chão, implorando em reverência à mãe que desistisse daquela ideia.

Yoon Gi sabia que tinha razão. Ele sempre tinha razão. De fato, parecia ser o único membro pensante daquela família e aquilo deixava-o profundamente irritado. E, no fundo, irritava-se ainda mais, inclusive consigo mesmo. Pois tinha consciência de que aquele podia muito bem ser o último pedido de Park Mi Kyong e seu coração se comprimia dentro da cavidade torácica ao imaginar o passamento de sua mãe sem lhe ser atendida aquela requisição tão simples.

– Eu vou leva-la, omma... – Ouviu Ji Min dizer, hesitante. Talvez por medo de seu irmão, que levou alguns momentos para processar a informação. Mas sabia que o menor também andava se esforçando muito para não demonstrar fraqueza perto da mãe.

Mesmo assim acabou viu o irmão encolher-se no piso ao ouvir o murro de Yoon Gi no chão, antes de se erguer prontamente. – Você ficou louco? Ela não vai resistir.

– Com ou sem essa subida vocês sabem que eu não vou durar muito tempo... Yoonie... Vem aqui. – Ouviu a mãe dizer com dificuldade e quando soergueu ligeiramente o rosto, observou-a estendendo a destra e fitando-o. Haviam dor em seu olhar, tanta dor e tão duradoura que parecia nem ao menos ser a maior aflição da matriarca dos Park, que continuou falando, quando Yoon Gi levantou-se e foi ter com ela.

– Meu filho... meu primeiro filho... – Sua voz era frágil e cadente, quase sendo suprimida pela dor e pelo pranto que ela mesma lutava em contar conforme seus dedos pálidos e magros afagavam o rosto ardente e úmido do rapaz. – Perdoe sua mãe por te fazer crescer tão rápido... Meu lindo garoto... Eu tenho tanto orgulho de você... A vida te forçou a ser adulto antes da hora... Quanto peso eu coloquei nas costas de um menino...

Sentia-lhe o toque gelado e trêmulo em sua face, desistindo de qualquer compostura ao ouvir aquelas palavras que, enfim, o fizeram desabar em lágrimas. Então voltava a ser o pequeno Yoonie, ainda que por poucos instantes, mas era o suficiente para jogar-se nos braços da mãe e ouvi-la gemer com a dor aguda resultante do filho que enterrava o rosto em seu busto, escondendo a face lavada por copiosas lágrimas no seio materno. Naquele momento Ji Min se ergueu e virou-se para pegar o chá que, nos últimos dias apenas tratava de mitigar o sofrimento de Mi Kyong. – Ji... Deixa. Eu não preciso do remédio... Não mais. Nada dói mais agora do que deixar vocês sozinhos. – Uma voz entrecortada e embargada saia dos lábios dela, enquanto envolvia Yoon Gi em seu braço direito, estendendo o canhoto ao filho mais novo.

Ji Min sempre tivera mais intimidade com a mãe, enquanto Yoon Gi era idêntico em tudo ao pai. Assim não se acanhou em chorar abertamente e subir na cama, engatinhando de encontro à mãe. – Omma... – Balbuciou, amedrontado como quando era criança e maus sonhos tiravam-lhe o sono.

O Tigre e o Hibisco [JIKOOK]Onde histórias criam vida. Descubra agora