Ho Seok

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Annyeong Hanseyo! Sentiram falta de mim? Eu sei que não, mas por aqueles que sentiram e estavam ansiosos para ler a continuação de O Tigre e o Hibisco, segue a atualização de hoje! Esse capítulo ficou grande e, modéstia à parte, muito bom. Espero que vocês gostem tanto quanto eu! Ao final não se esquecer de votar e comentar, além de responder uma pergunta muito importante que eu gostaria de fazer pra vocês no fim do capítulo.

O caminho que percorreram de volta à Capital havia sido tranquilo e o jovem oficial da guarda estava contente com sua primeira missão. Chegariam em Seoul em menos de uma semana e tudo parecia correr bem com a comitiva, ainda que seu mestre estivesse mergulhado em um terrível dilema e aquilo ficasse cada vez mais nítido para quem o conhecia, como Ho Seok, ou o honorável Duque de Gyeongju. Mesmo assim, o guarda acreditava que os Céus fariam o melhor para todos conquanto todos permanecessem unidos e dessem o melhor de si naquilo que o destino havia chamado-os para fazer.

Com a adição do séquito da princesa o ritmo fora diminuído e a enorme carruagem de madeira ricamente adornada cantava, com suas engrenagens de madeira e metal ruindo conforme avançada lentamente, mesmo com quatro dos cavalos mais potentes do Rei a puxá-la. Ao menos não tornara a nevar mais ao sul de Pyeongyang. Pensava o jovem guerreiro, indo à frente da comitiva por uma estrada estreita e pedregosa. O clima continuava nublado e ligeiramente frio, mas quase aprazível quando não ventava ou chovia.

O príncipe trotava a seu lado, cabisbaixo e resignado. Seria dever seu tentar animá-lo? Pensava e por mais que não considerasse aquilo um dever, sentia vontade de fazê-lo mesmo sabendo, sabendo que desde tenra idade o herdeiro imberbe gostara de sua companhia e sorrira com sua personalidade expansiva e radiante. Mas ali era difícil pensar em qualquer coisa que pudesse fazer para espantar as pesadas nuvens de aflição que pairavam sobre a cabeça de Jung Kook. E, de quebra, sabia que os olhares excruciantes do chefe Kwang Ho não o abandonavam em momento algum. Chegara a se perguntar se o nobre guerreiro confiava mesmo em si para aquela missão, ou se o apontara para liderar apenas por intromissão do Rei e favoritismo do príncipe. E mesmo que sentisse estar fazendo um bom trabalho, percebia vez ou outra que Kwang Ho não descansava, não abaixava a guarda, nunca.

Assim a viagem seguia, lenta e monotonamente. – Acha que chegaremos à margem norte do rio Imjin ainda hoje, chefe? – Virou-se ligeiramente em seu cavalo, apenas para ver que o Duque e outro dignitário haviam se aproximado do chefe da guarda real. Quer fosse pela idade semelhante ou pela posição hierárquica inegável, os velhos pareciam ignorá-lo sempre, ainda que fosse ele a liderar a comitiva. Permitiam-no fazer planos, traçar rotas, enviar batedores e, em geral, aceitavam suas decisões, mas não o tratavam como um deles. O melhor que fazia era endireitar-se e seguir seu caminho, ainda que sua única companhia estivesse igualmente distante, não física, mas mentalmente falando.

– Descansaremos na margem do rio e amanhã devemos chegar a Kaesong, Alteza... – Arriscou-se a mencionar aquele local em voz baixa, enquanto os velhos distraiam-se em uma conversa paralela, tentando despertar o príncipe para as possibilidades que aquilo significavam.

– Seria desonroso para com a princesa. – Ouviu Jung Kook pronunciar-se enfim, erguendo levemente a cabeça. Podia perceber que ele mordia o lábio inferior por dentro e parecia prestes a falar algo que fervilhara há muito em seus pensamentos.

– Então desistiu de procurar o dançarino mascarado? – Precipitou-se naquela pergunta, julgando ser a única forma de fazê-lo falar. Sabia que o príncipe desejava aquilo mais do que tudo, mas conhecia-o bem o suficiente para saber que jamais conseguiria olhar sua esposa nos olhos outra vez se corresse para os braços de um desconhecido, enquanto ela o esperava em sua carruagem.

– Preciso que você me faça um favor. – Tomando coragem Jung Kook então aproximou seu cavalo ao de Ho Seok e ambos avançaram num ritmo levemente mais rápido, a fim de abrir vantagem sobre a comitiva, para que não os ouvisse. – Eu não posso procurar ele agora. Preciso deixar a princesa no palácio antes. O Duque de Gyeongju já me exortou a esquecê-lo, que minhas inclinações não são naturais... Mas eu não consigo!

O Tigre e o Hibisco [JIKOOK]Onde histórias criam vida. Descubra agora