Anísia Splendore
Se encarregue de devolver tudo o que já lhe fizeram e não esqueça de uma miserá moeda.
Depois de uma semana sem aulas, enfim recebi um comunicado da universidade.
"Caros Alunos,
Trazemos dois grandes anúncios.
Primeiro, infelizmente a reconstrução do Campus ainda levará 24 dias, o que torna inviável a possibilidade de aulas presenciais até lá. Por gentileza, mantenham-se atentos aos e-mails dos vossos mentores, pois será disponibilizado artigos científicos para deveres online.
Segundo, de demasiada importância amanhã às 11h30 acontecerá o ultimo memorial póstumo em nome dos nossos queridos colegas e amigos. O endereço se encontra anexo com o mapa do local, contamos com todos os gestos de carinho neste momento. Quem puder, gentilmente vá de branco.
Desejamos votos de saúde e recuperação a todos.
Cordialmente,
Direção Acadêmica de Kentank"Essa mensagem deixou um gosto metálico de tristeza na boca. - Não resistiram ao incêndio... - Flashes pesarosos de muita fumaça e fogo passavam pela minha cabeça. As diversas emoções ao lembrar do momento me traziam uma sensação estranha de frio na espinha cervical.
— Aní... Mundo chamando Aní... Quer pizza de 4 queijos? — Surgiu Talisha subitamente desvanecendo meus pensamentos.
Sim, ela já havia retornado da Itália. Apesar de estar um pouco inquieta, estava em casa, o que me deixa muito confortável.
— Hmmmm, você leu a minha mente. Muito queijo derretido, céus. Por favor, Tali. — Levantei-me da cadeira, fechei o notebook e sorri. — Podemos pedir uma pizza doce também, né? Estamos passando por tempos difíceis, precisamos de medidas extremas.
— Combinado, Srta. Desculpinhas... Já estou ansiosa para saber qual será a desculpa da semana que vem. — Erguendo uma das sobrancelhas enquanto fingia incredulidade e saiu do escritório com o celular encostado a orelha, certamente já estava ligando à pizzaria.
Fiquei nas pontas dos pés e levantei os braços para me alongar após passar tanto tempo na frente do notebok, quando, meu celular vibra. Curiosa e ainda nas pontas dos pés, me inclinei levemente à mesa para ver do que se tratava a notificação.
"Boa noite, Anísia. Este numero é meu, Gasper Dahoman. Como não me dirigiu nenhuma mensagem depois daquele dia, tomei o conhecimento do seu numero no cadastro do hospital. Como está? Não deveria deixar alguém que lhe acompanhou tanto tempo sem pelo menos uma mensagem informando que está viva."
— Ou, ou, ou. Farabutto! — Neste momento me distrai dos movimentos do alongamento e num desequilíbrio, cai para o lado enquanto balançava meus braços.
— Por Deus, quem está chamando de filho da puta, Anísia? — Apareceu à porta assustada. — Como caiu aí em? — Balançando a cabeça negativamente, Talisha ajudou-me a levantar.
— Ai, ai. Não foi nada demais, me assustei com meu próprio reflexo na janela enquanto me alongava. Esta tudo bem, juro. — A olhando assustada, me recompus e alcancei o celular enquanto a espiava voltar para sala.
Quando tive certeza que já estava sozinha, comecei a respondê-lo. Digitei diversas frases enquanto andava de um lado para o outro, calculando a melhor maneira de não parecer desesperada, brava ou grossa. Definitivamente eu não queria assustá-lo mais do que já fiz pessoalmente.
Então enviei:
"Olá Gasper. Estou bem, obrigada. Acredito que meu cadastro hospitalar é sigiloso, como o conseguiu? Você é bem estranho, sério."
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Tubarão Negro: A herdeira perdida
ChickLit+18 | Três famílias muito poderosas que em um passado não muito distante eram mais que sócias, eram companheiras e amigas. Reconhecidas pela Europa como Tríplice Aliança do Narcotráfico, ambas com passe livre para qualquer país e para realizar qual...