BRASIL

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Antes da viagem em turnê eu e Jungkook nos encontramos várias vezes. Fomos a alguns restaurantes, fomos a uma balada também, e hoje enquanto estava na acadêmica de dança treinando com o elenco da peça, faltando exatamente dois dia para eu poder embarcar rumo à viajem de trabalho mais esperada da minha vida recebi um buquê de rosas amarelas, muito lindas por sinal. O entregador me entregou também um cartão que dizia.

Olá querida, vamos fazer um programa diferente hoje, quero te levar em um lugar que sei você vai adorar.  Te espero às 18hrs no hall do prédio.

Bom trabalho.

JJK

Achei tão fofo o ato do Jeon, esse homem parece um sonho. Vocês devem estar pensando que sou uma otária por falar isso, visto que no começo ele me tratou mal - só que ele não sabia que eu era a Baby né - e também por ele ter beijado a Irene na minha frente - mas nós não tínhamos nada, e agora também não é diferente. Nós estamos apenas ficando, nenhum pedido foi feito, não foi posto nenhum rótulo na nossa "relação" se assim posso dizer.- mas parece que só foram atitudes erradas em horas errada, depois que começamos a nos conhecer melhor descobri esse lado diferente dele. Ele é um cara super carinhoso, atencioso e romântico também. Ele sabe muito bem como agradar uma mulher e isso me deixa super satisfeita.

Coloquei as rosas em um jarro no camarim e continuei o ensaio. Na pausa para o almoço o Hoseok me fez companhia, conversamos sobre nossas expectativas a respeito da viagem e ele também tocou no assunto Baby. Ele já sabia que eu havia me revelado involuntariamente ao meu Daddy, contudo ainda não tinha atualizado minha situação a ele. O Hoseok é do tipo de pessoa que gosta de fazer escândalos, mesmo que seja por coisa mínima, ele sempre da aquela surtada. Contei sobre nossos encontros e sobre nossas transas também. Ele disse que dava pra enxergar que eu estava apaixonada pelo Jeon, e ele não mentiu, eu estava mesmo. Não Estava mais conseguindo controlar esse sentimento, estava maior que eu.

Durante nossa conversa meu amigo tocou no assunto que mais estava me deixando ansiosa.

- Ana Pavlova estava falando com o nosso chefe e não percebeu que eu estava perto. Ela disse que durante a turnê mandaria um representante da acadêmica Bolshoi da Rússia para escolher três bailarinos. Os escolhidos serão transferidos para lá e passariam por umas especializações mas eu não consegui escutar quais seriam essas especializações. Ela também disse ao nosso chefe que nosso salário triplicaria de valor. - Ouvir aquilo me deixava feliz, - não pelo dinheiro que cá pra nós seria uma maravilha receber o triplo do que eu já ganhava por mês. - seria uma oportunidade maravilhosa, conseguir uma especialização na área da dançar clássica já é difícil imagina conseguir mais de uma, seria o máximo.

- Fico feliz com isso. Será algo maravilhoso.

- Sim, mas vamos logo que já passamos dez minutos do nosso horário.

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Finalizamos o treino pouco antes das três da tarde. Cheguei em casa um pouco cansada, tomei um banho e fiquei deitada na cama só de toalha conversando com a minha mãe. Eu sentia falta dela, desde muito novinha tive que aprender a conviver com a falta que sentia dela.

Quando finalizei a ligação faltava apena trinta minutos para a hora marcada. Me vesti de forma casual mesmo, já que no bilhete não dizia nada sobre como deveria me vestir. Vesti uma calça jeans azul marinho rasgadinha nos joelhos, uma blusinha de alsas finas branca e um tênis preto. Coloquei um casaquinho também preto por cima e fui até o hall.

Ele já me esperava lá em baixo todo arrumadinho também. Nunca vi uma pessoa amar tanto roupas pretas e coturno.

- Vamos Baby? - me perguntou segurando minha mão.

- Vamos. - Ele disse que o lugar onde iríamos era próximo ao prédio então não seria necessário ir de carro.

Andamos por uns quinze minutos e finalmente paramos em frente à um estabelecimento da cor roxa. A placa que identificava o local fez meus olhos se encherem de lágrimas. Ao passar pela porta me senti em casa. Não estava acreditando no que eu estava vendo.

- Como você descobriu esse lugar? Não estou acreditando. - disse olhando tudo ao redor.

- Você gostou? O estabelecimento é do filho de um grande amigo da minha família, ele se casou com uma brasileira e resolveram vir morar aqui. Ai tiveram a ideia de trazer algo diferente para Seoul e aqui estão a seis meses e estão fazendo bastante sucesso.

- Eu amei. Vou vir aqui direto a partir de hoje. - Falei pegando o cardápio sobre a mesa.

- E eu venho junto. De começo achei que teria um gosto ruim, mas depois que provei me apaixonei. Vou escrever na minha testa I LOVE AÇAÍ e sair andando por aí.

Não aguentei, soltei uma super gargalhada. Sim, ele falou isso mesmo, dois anjos inauguraram uma açaíteria em Seoul, açaí e brigadeiro eram as únicas coisas que me faziam sentir o gostinho de casa. BRASIL.

Olá Querido Daddy.Onde histórias criam vida. Descubra agora