Desde a última vez que vocês me viram, se passou algum tempo desde o meu último encontro com Yukio. Eu ficava desenhando e imaginado o que ele estava fazendo. E devo admitir, ficava ansioso pela ideia de que ele apareceria ou me ligaria a qualquer momento.
Eu passava pela casa, com uma pontinha de ansiedade pela possibilidade de Yukio chegar, mas fazia questão de disfarçar .
Meu pai via essa cena e ria.
-Matias, se continuar assim,você vai fazer buracos no chão.
-Eu só estou passeando pela casa, pai.
-Eu tive uma ideia.
-Qual?
-Vou te levar na casa do Yukio, assim, você não deixa marcas no chão.Você convida ele pra sair comer alguma coisa . E antes que você fale qualquer coisa, eu sei que você quer ve-lo de novo, então vamos.
Eu queria contradizer meu pai. mas a verdade é que eu queria ver Yukio novamente, e eu não conseguia saber o porque.
Nós saímos de casa era 4 de Julho e por causa do feriado , o transito estava um inferno. Depois de uns minutos que mais pareceram horas, chegamos na casa do Yukio e eu não sei por que, mas eu fiquei um pouco nervoso.
-Pode ficar calmo, mi hijo. Você veio ver uma pessoa que você gosta , não um líder de estado.
Meu pai tocou a campainha e quem atendeu foi o pai do Yukio. Kensuke Takeshi,era um homem alto e cabelos já ficando grisalho, apesar da aparência séria, era um homem cortês e uma perfeita versão mais velha de Yukio.
-Boa tarde senhor Takeshi eu gostaria de falar com o Yukio se não for muito incomodo, por favor.
-Não é incomodo algum e por favor me chame Kensuke. Pode entrar também senhor Guerrero.
-Agradeço, mas não. Me ligue quando quiser que eu te busque, querido.
-Tá bom.
Fomos entrando , e eu me senti um completo estranho no formigueiro. Eu fiquei na sala , enquanto Kensuke chamava Yukio. A sala era grande com obras de arte asiáticas com fotos de toda a família . Eu aproveitei e vi uma foto do Yukio criança segurando um violino.
-Espero não ter te feito esperar demais.
Yukio chegou como de costume sorrindo, a essa altura do campeonato, eu adorava essa hábito.
-Imagina, não fez não.
-O que te traz aqui?
-Eu queria saber se você quer ir ao parque comigo.
-Adoraria.
-Querido-Kensuke interrompeu preocupado-, já está quase a noite e é 4 de julho. Tem certeza?
-Tenho pai
Eu fiquei extremamente feliz com o sim que Yukio me deu. Então fomos ao parque tentando evitar a aglomeração de pessoas.
Chegamos a uma parte mais vazia do parque e ficamos por lá.
-Eu devia saber que aqui hoje estaria cheio de pessoas . Me desculpe.
-Tudo bem. Eu gosto de ficar aonde tem várias pessoas .
-Curte aglomerações. Aprendi mais uma coisa sobre você hoje.
-Sim.
Ficamos conversando por algum tempo e sem perceber anoiteceu e começou o show de fogos do 4 de Julho.
-Os fogos de artificio começaram-eu falei animado-
-Incrível.-eu percebi o leve tom cabisbaixo em sua voz, só então me dou conta do que que Yukio deve estar
Me desculpe, eu te chamei pra cá e nem levei em consideração, o que estar aqui em meio a todas essas pessoa hoje.
-Tudo bem. Eu te disse , gosto de ficar em multidões. Sentir a felicidade das pessoas ao eu redor, me faz bem.
Parecia um daqueles momentos de filme. Aonde tudo para e só existe dois personagens na tela. Depois de ouvir aquela fala, depois ver a felicidade de Yukio em meio aquela multidão, foi então que eu somei 2 +2 e me dei conta e pensei
-Puta merda, eu amo esse homem
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Perfectly Imperfect
RomanceMatias Guerrero é um artista plástico que vivia a vida normalmente do seu jeito até que um dia ele é vítima de uma bala perdida que tira a mobilidade de suas pernas de forma permanente. Ele se torna uma pessoa fria e niilista . Um dia a muito contra...