Se passaram 3 dias desde o meu passeio com Yukio, e devo confessar que fiquei pensando nele e no que ele estaria fazendo e devo admitir, isso me deixava feliz sem eu nem saber por que.
Depois de um tempo já acordado, e depois de tomar café da manhã eu fui tomar um pouco de sol na varanda do meu quarto e quando eu estava lá ouvi uma batida na porta e fui atender.
- Bom dia Matia
-Yukio, o que está fazendo aqui?-eu respondi surprese e feliz por ve-lo
-É a minha vez de te levar pra ver o mundo de uma forma diferente lembra?
-Claro. Vou só me arrumar.
-Eu aguardo.
-Quem é esse rapaz mi hijo?
-Sou Yukio Takeshi, um amigo do Matias. prazer conhece-la, senhora...
-Aleida. É um prazer conhece-lo também Yukio. Não fique ai na porta , entre. Tem biscoitos, ali na cozinha.
- Muito obrigado.
Enquanto meu pai me ajudava a me arrumar , Yukio e minha mãe ficavam conversando na cozinha enquanto ficava morrendo de vergonha imaginando o que eles estavam falando.
-Não se preocupe, garanto que sua mãe não está te envergonhando muito na frente do seu novo amigo.
-Você acha mesmo?
-Claro que não. Ela provavelmente está perguntando quais são as intensões dele com você.
Eu fiquei morrendo de vergonha só de imaginar essa cena enquanto meu pai só conseguia rir.
-Vou pra sala testemunhar essa cena maravilhosa.
-Eu te levo pra sala.
Chegamos na sala e vimos minha mãe e Yukio conversando e comendo bolo e naquele momento eu quis enfiar minha cabeça no fundo da terra .
-Cheguei. Podemos ir?
-Claro. Aonde vamos?
-Em um dos melhores lugares da cidade. Pelo menos no meu ponto de vista.
-A julgar pelo seu gosto pra waffles , eu estou com um pouco de pé atrás com esse lugar .
-Agora mais do que nunca eu tenho que te mostrar .
-Para aonde vamos?
-Art Institute of Chicago.
-E como vamos até lá?
-E quem vai nos levar até lá?
-Fomos caminhando até o carro e eu pude reparar que havia uma mulher no banco do motorista-A melhor motorista do mundo, historiadora ávida e minha irmã mais velha. Matias Guerrero , quero que conheça, Reiko Takeshi.
-É um prazer te conhecer, Matias.-ela fala me analisando.
-Igualmente.
-Pra aquele lugar né Yukio?
-Sim.
Ficamos andando de carro por alguns minutos, fomos conversando por todo o caminho. E como sempre não importa o assunto, Yukio o terminava sorrindo.
Então chegamos na frente do museu.
-Me liga assim que você acabar o passeio que eu te busco.
-Tá bom,
-Não esquece tá bom?
-Tá bom, agora vai pra casa.
-Mata atode ne -eles dizem um pro outro em um tom carinhoso .
Reiko foi embora então começamos a andar até o museu. Era grande com várias obras de arte.
-Por que estamos aqui Yukio?
-Por que é um dos meus lugares favoritos em toda cidade.
-Por que?
-Eu sempre amei museus. Aqui você pode ver partes de outras épocas, ver como tudo era, quando o mundo não era nem um terço do que você conhece. Essas pinturas mostram um mundo muito mais difícil que o nosso, mas ainda assim, as pessoas eram felizes, amavam. Por que nós não podemos fazer o mesmo?- mais uma vez o que Yukio disse me fez pensar
-Você vem muito aqui?
-Venho.
-Mesmo depois de ter perdido a visão ?-depois de ter feito essa pergunta, eu me toquei do quanto imbecil ela foi. -Me desculpe eu...
-Tudo bem,sim eu me sinto bem aqui. Mesmo não podendo ver as obras, a energia desse lugar me faz bem. E eu já vim tanto aqui que praticamente decorei tudo sobre as obras.
-Jura? Quero ver
E então ele começou a falar sobre as obras enquanto nós íamos andando. Eu nem prestei atenção no que ele falava. Eu só fiquei maravilhado com tudo o que ele dizia, com a forma que ele dizia. Eu nem mesmo vi o tempo passar. Quando eu estava com ele , era sempre assim. Depois de algumas horas, tivemos que ir embora.
-Então, o que achou de passeio ?
-Bem interessante .
-Te fez mudar o seu jeito de pensar?
-Não muito.
Reiko chegou em seguida e me levou de volta pra casa.
-Te vejo em breve, Yukio
-Assim espero, Matias.
Eu entrei em casa, mais uma vez sorrindo com a ideia sobre ver Yukio mais uma vez.
-Oi, querido. Como foi o passeio?
-Foi muito divertido mãe.
-Eu gostei daquele rapaz. Ele te faz bem.
-Como assim?
-Desde que você e ele começaram a sair, seus olhos voltaram a brilhar e você voltou a sorrir.
Eu ri com o que minha mãe disse, mas não deixou de ser verdade. Prova disso é que depois do jantar eu fiz algo que eu não fazia a meses.Eu desenhei. Eu peguei meu caderno e desenhei. E adivinhem só que eu desenhei?
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Perfectly Imperfect
RomansaMatias Guerrero é um artista plástico que vivia a vida normalmente do seu jeito até que um dia ele é vítima de uma bala perdida que tira a mobilidade de suas pernas de forma permanente. Ele se torna uma pessoa fria e niilista . Um dia a muito contra...