Capítulo 5

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Se passaram 3 dias desde o meu passeio com Yukio, e devo confessar que fiquei pensando nele e no que ele estaria fazendo e devo admitir, isso me deixava feliz sem eu nem saber por que.

Depois de um tempo já acordado, e depois de tomar café da manhã eu fui tomar um pouco de sol na varanda do meu quarto e quando eu estava lá ouvi uma batida na porta e fui atender.

- Bom dia Matia

-Yukio, o que está fazendo aqui?-eu respondi surprese e feliz por ve-lo

-É a minha vez de te levar pra ver o mundo de uma forma diferente lembra?

-Claro. Vou só me arrumar. 

-Eu aguardo.

-Quem é esse rapaz mi hijo?

-Sou Yukio Takeshi, um amigo do Matias. prazer conhece-la, senhora...

-Aleida. É um prazer conhece-lo também Yukio. Não fique ai na porta , entre. Tem biscoitos, ali na cozinha.

- Muito obrigado.

Enquanto meu pai me ajudava a me arrumar , Yukio e minha mãe ficavam conversando na cozinha enquanto ficava morrendo de vergonha imaginando o que eles estavam falando.

-Não se preocupe, garanto que sua mãe não está te envergonhando muito na frente do seu novo amigo.

-Você acha mesmo?

-Claro que não. Ela provavelmente está perguntando quais são as intensões dele com você.

Eu fiquei morrendo de vergonha só de imaginar essa cena enquanto meu pai só conseguia rir. 

-Vou pra sala testemunhar essa cena maravilhosa.

-Eu te levo pra sala.

Chegamos na sala e vimos minha mãe e Yukio conversando e comendo bolo e naquele momento eu quis enfiar minha cabeça no fundo da terra .

-Cheguei. Podemos ir?

-Claro. Aonde vamos?

-Em um dos melhores lugares da cidade. Pelo menos no meu ponto de vista.

-A julgar pelo seu gosto pra waffles , eu estou com um pouco de pé atrás com esse lugar .

-Agora mais do que nunca eu tenho que te mostrar .

-Para aonde vamos? 

-Art Institute of Chicago.

-E como vamos até lá?

-E quem vai nos levar até lá?

-Fomos caminhando até o carro e eu pude reparar que havia uma mulher no banco do motorista-A melhor motorista do mundo, historiadora ávida e minha irmã mais velha. Matias Guerrero , quero que conheça, Reiko Takeshi.

-É um prazer te conhecer, Matias.-ela fala me analisando.

-Igualmente.

-Pra aquele lugar né Yukio?

-Sim.

Ficamos andando de carro por alguns  minutos, fomos conversando por todo o caminho. E como sempre não importa o assunto, Yukio o terminava sorrindo.

Então chegamos na frente do museu.

-Me liga assim que você acabar o passeio que eu te busco.

-Tá bom,

-Não esquece tá bom?

-Tá bom, agora vai pra casa.

-Mata atode ne -eles dizem um pro outro em um tom carinhoso .

Reiko foi embora então começamos a andar até o museu. Era grande com várias obras de arte.

-Por que estamos aqui Yukio?

-Por que é um dos meus lugares favoritos em toda cidade. 

-Por que?

-Eu sempre amei museus. Aqui você pode ver partes de outras épocas, ver como tudo era, quando o mundo não era nem um terço do que você conhece. Essas pinturas mostram um mundo muito mais difícil que o nosso, mas ainda assim, as pessoas eram felizes, amavam. Por que nós não podemos fazer o mesmo?- mais uma vez o que Yukio  disse me fez pensar

-Você vem muito aqui?

-Venho.

-Mesmo depois de ter perdido a visão ?-depois de ter feito essa pergunta, eu me toquei do quanto imbecil ela foi. -Me desculpe eu...

-Tudo bem,sim eu me sinto bem aqui. Mesmo não podendo ver as obras, a energia desse lugar me faz bem. E eu já vim tanto aqui que praticamente decorei tudo sobre as obras. 

-Jura? Quero ver

E então ele começou a falar sobre as obras enquanto nós íamos andando. Eu nem prestei atenção no que ele falava. Eu só fiquei maravilhado com tudo o que ele dizia, com a forma que ele dizia. Eu nem mesmo vi o tempo passar. Quando eu estava com ele , era sempre assim. Depois de algumas horas, tivemos que ir embora.

-Então, o que achou de passeio ?

-Bem interessante .

-Te fez mudar o seu jeito de pensar?

-Não muito.

Reiko chegou em seguida e  me levou de volta pra casa.

-Te vejo em breve, Yukio

-Assim espero, Matias.

Eu entrei em casa, mais uma vez sorrindo com a ideia sobre ver Yukio mais uma vez.

-Oi, querido. Como foi o passeio?

-Foi muito divertido mãe.

-Eu gostei daquele rapaz. Ele te faz bem.

-Como assim?

-Desde que você e ele começaram a sair, seus olhos voltaram a brilhar e você voltou a sorrir.

Eu ri com o que minha mãe disse, mas não deixou de ser verdade. Prova disso é que depois do jantar eu fiz algo que eu não fazia a meses.Eu desenhei. Eu peguei meu caderno e desenhei. E adivinhem só que eu desenhei? 

Perfectly ImperfectOnde histórias criam vida. Descubra agora