capitulo 7

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Tinha acabado de sair da aula e não conseguia esquecer que eu tinha dito "sim" pra sair com o Alex. Porque eu disse "sim"??? Porque eu estava tão nervosa? O que iria acontecer nesse jantar? Mas meus pensamentos foram interrompidos quando ouço uma voz..

"Ooi, Isa" - Ele disse me dando um beijo no rosto
"Alex.. Você está muito bonito, por acaso tem algo a mais hoje?"
"Um elogio? Que milagre" - Ele disse rindo e abrindo a porta do carro pra mim -
"Você poderia ter esperado final de semana pra me convidar"
"Fiquei ansioso. E a propósito, você também está linda, como sempre" - Ele disse com um sorriso de canto que estava um pouco malicioso -
"Obrigada, mas eu nem me arrumei direito"
"Imagina se você tivesse se arrumado então" - pronto eu fiquei super sem graça -

"Nossa, esse lugar é lindo e parece tão aconchegante "
"Sim, é um dos meus restaurantes favoritos, eles tem os melhores pratos aqui" - a gente foi até um senhor - "a mesa de sempre, por favor"
"A mesa de se sempre? Você vem muito aqui? Eles parecem te conhecer bem" - a mesa era distante e tinha uma vista linda pra um jardim, tinha umas luzes que iluminavam algumas rosas. Era um ambiente perfeito -
"De vez em quando" - olhei torto pra ele. Será que ele trás todas as mulheres que ele sai aqui? Porque isso me importava? Isso deve ser uma forma de pedir desculpas pelo acidente!

"Eu amei esse vinho, é tão bom e suave na boca" - Eu disse pegando a taça -
"Eu sei, é o meu preferido também"
"Então.. quantas mulheres você já trouxe aqui?"
"O que? Porque essa pergunta do nada?"
"Só fiquei curiosa, Vamos pode ser sincero comigo"
"Nenhuma" - foi tão rápido que parecia que ele queria acabar com esse assunto -
"Até parece que eu poderia acreditar, aquele senhorzinho que você pediu a mesa parecia te conhecer muito bem" eu disse apontando para o senhor.
"As vezes, depois de um dia longo e estressante no trabalho, eu gosto de vir aqui, sempre peço esse vinho. É como um relaxante pro corpo e pra minha mente".
"Hmm, eu preciso ter um lugar assim. A única coisa que eu penso é na minha cama "
"Bom, eu fico feliz em conhecer sua cama, já que você conheceu o meu lugar favorito" - Ele estava com um olhar malicioso -
"Isso não vai acontecer" - eu disse rindo e dando outro gole de vinho. Eu bebia algumas vezes, só em algumas ocasiões -
"Você tem um sorriso tão lindo. Deveria sorrir mais. E você não parece estar acostumada com bebidas"
"Eu sou um pouco fraca pra bebida, por isso não bebo muito" - dei outro gole a mais tentando ignorar que ele tinha falado do mei sorriso - "Alemanha é.. qual cidade? Você nasceu lá né?!
"Isso, sou de Füssen, é muito lindo lá, a noite então, nem se fala. Eu cresci naquela cidade, ela foi meu lar durante muito tempo, mas as coisas tinham que mudar, eu queria crescer e desenvolver, queria coisas diferentes. Faz 3 anos que estou aqui."
"Mudanças são horríveis, mas faz bem no final. Beemmm no final"
"Você sempre morou aqui né?!"
"Sim, eu nasci aqui, mas fiquei em New Jersey por um tempo"
"Eu fiquei tão assustado quando descobri que você era filha do Sr. Morelli"
"Eu imagino, ele quase te demitiu, fiquei sabendo que o tio Mancini disse que não era justo por que não foi algo que aconteceu dentro da empresa"
"Foi muita sorte ele concordar comigo"
"Ele é uma pessoa justa"
"Que bom. Então, porque foi pra New Jersey e como foi lá?"
"Ah, eu precisei ficar um tempo fora"
"Se não quiser me contar, tudo bom" - me deu um sorriso terno -
"Eu precisei ir depois que minha mãe faleceu, tinha muitas coisas que lembravam ela aqui. Mas meu pai me arrastou pra casa, porque queria que eu ficasse mais por dentro dos negócios da Empresa e perto dele. A "Mancini Morelli" foi fundado pelo meu avó e outro sócio dele pai do Eduardo "Eduardo Mancini (Pai da Ana) e Robert Morelli (Meu pai)" por isso somos tão próximas, meio que fomos criadas juntas, mesmo ela sendo 5 anos mais velha que eu.
"Não conseguiu escapar por muito tempo hein" - disse rindo - "Por isso vocês são tão grudadas"
"Ana cuida de mim como se eu fosse sua irmã mais nova" - Eu disse bebendo mais vinho- "Não consegui fugir mesmo, assim que terminei o colegial ele me chamou pra fazer faculdade aqui e estagiar na empresa" - eu dei uma pausa curta, estava falando sem parar. Realmente tenho tolerância baixa pra álcool. - "Wau, é muita informação não é?! Eu estou despejando um monte de coisas em cima de você"

Ele ficou rindo, eu não entendi o porque

"Você não é de falar muito sobre sua vida né?" - eu neguei com a cabeça - "não se preocupe, eu tô gostando de ouvir.." - ele deu outro sorriso terno. -

A gente terminou de comer e ficou um silêncio por um tempo.

"Sabe, odeio estragar o clima, mas queria te pedir desculpas novamente pelo acidente"
"Já até tinha me esquecido" - não, eu não tinha -
"Um amigo tinha sofrido um acidente e eu estava tentando chegar no hospital, por isso estava tão desesperado"
"Aí meu Deus, ele está bem?"
"Sim, felizmente todos estamos bem" - rindo, mas parecia sem graça -
"Aquela noite, você estava com os olhos vermelhos, estava chorando?" - Ele perguntou um pouco mais baixo e eu assenti com a cabeça -
"Eu tinha um namorado, estávamos juntos a 4 anos, nos conhecemos assim que voltei pra cá. Mas ele decidiu ir pra Inglaterra, o irmão dele faleceu e ele não conseguia esquece-lo aqui." - Finalizei triste -
"Sinto muito" - ele disse tocando nas minhas mãos. E eu sorri de volta, gostando daquele toque, parecia um conforto.
"Tubo bem, ja faz muito tempo" - sorri, mas não tirei minhas mãos das dele, queria estar ali.
"E você, tem alguma história trágica de amor?"
"Nada muito sério, namorei por um tempo, mas era só físico"
- físico? Como assim? Tirei minhas mãos das dele e ele pareceu muito confuso com a minha atitude e tomei outro gole de vinho, só que dessa vez foi a taça inteira -
"Vai com calma, isso vai te dar uma ressaca amanhã e hoje ainda é quarta"
A conversa estava tão boa que eu perdi a noção do tempo era quase 00h já.
"Que horas eles fecham aqui?"
"Acho que eles só estão esperando a gente" - Ele disse olhando pro pessoal que estava querendo ir embora

"Não queria que a noite acabasse" - ele disse me deixando na porta de casa
"Foi ótima mesmo, obrigada pela noite." - Eu fui dar um beijo de tchau e ele virou o rosto e nos beijamos de novo.
Caraca como ele beijava bem, aqueles lábios macios. Aquela língua dentro da minha boca, pegando na minha nuca e me puxando pra mais perto, me fazendo ficar molhada. Ele pegou na minha bunda, nossa, e que pegada. Ele tirou o sinto dele ficando mais perto de mim
"Você me deixa louco sabia, seu corpo, seu beijo" - ele sussurrou no meu ouvido. O beijo foi pegando mais intensidade..

"ISABELA, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? - nos afastamos tão rápido e quando eu olho -
"Mary?" - a gente sai do carro - "Mary, acabamos de chegar, esse é o Alex um amigo da empresa" - ela olha séria pra gente -
"Boa noite sr. Alex, tudo bem?
"Que isso, sem formalidades depois disso que você presenciou" - Ele falou rindo, mas ela continuava séria - "Bom, boa noite pras duas. Foi um prazer te conhecer Mary"
"Boa noite" - falamos -

"Mary, você poderia ter sido um pouquinho mais educada com ele tadinho" - e ri -
"Eu estava esperando você chegar da faculdade pra poder dormir e você demorou muito" - Mary disse em um tom de preocupação. Desde o acidente Mary andava muito preocupada e sempre esperava eu chegar pra poder dormir.
"Desculpa, Mary! Não queria te deixar preocupada, a próxima vez eu mando mensagem pra você!"
"Próxima vez? Então você pensa em sair novamente com esse rapaz?"
"A Mary, é modo de dizer, pode não ser só com ele, mas com qualquer outro"
"Outro?" - Mary disse não acreditando nas minhas palavras
"Você não é desse jeito, srta Isabela."
"E não sou mesmo" - disse abraçando-a - "Boa noite, Mary. Te amoo. Agora descansa" - subindo as escadas pra ir pro meu quarto. Era inevitável, eu estava animado com Alex.

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