Capitulo 18

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***ANA ON***

"Ooi" - eu disse entrando na sala do Vitor -
"Ana, ooi" - Ele veio em minha direção e me beijou -
"Vai fazer o que hoje?" Eu perguntei sorrindo maliciosamente. Eu gostava das nossas brincadeiras de sedução, me sentia a vontade com ele. -
"Estava pensando da gente sair pra jantar" - Ele disse e eu dei um sorriso animado -
"Hmm, parece ótimo"
"É." - Ele veio até mim, pegou em minhas mãos e continuou - "Eu estava pensando em algo mais romântico, uma noite mais tranquila, só nossa"
"Romântica? Só nossa?" - eu perguntei muito surpresa e um pouco desconcertada -
"Sim, o que você acha?" Ele viu minha surpresa -
"Parece ótima" - Eu dei um sorriso forçado. Espero que ele não tenha notado, o que eu acho difícil.

A gente tem se aproximado muito nesses últimos meses, eu só tenho saído com ele. Eu parecia envolvida mesmo não é? A gente conversa bastante, nos vemos quase sempre ou nos falamos por telefone. O que houve comigo? Eu não estava pronta pra algo sério. Eu estava tão envolvida e nem percebi.

***Mensagem no wpp***
Vitor: está pronta?
Eu: Não, estou passando um pouco mal, podemos deixar pra próxima?
Vitor: Você está bem? O que houve? Vou ir pra sua casa.
Eu: Não precisa vir, foi só uma queda de pressão, já estou melhor. Mas prefiro ficar em casa. Não precisa vir, ok?
Vitor: Tudo bem, qualquer coisa me liga.
Eu: 💕

Eu estava em total conflito comigo mesma, que acabei desmarcando com ele. Precisava refletir sozinha mesmo.

Eu fiquei evitando o Vitor durante 3 dias, saia mais cedo, almoçava em horários diferentes e estava sempre tentando ficar ocupada. E evitava a todo custo pensar nele, mesmo falhando miseravelmente.

"Até que enfim consegui eu te achar" - disse ele entrando na minha sala -
"Essa é minha sala, eu estou sempre aqui" - eu disse um pouco distante e fria -
"Porque você está fazendo isso?" Ele disse sério -
"Isso o que?"
"Ana, depois que eu falei sobre um "jantar mais romântico: - Ele disse fazendo aspas - "Você desmarcou nosso encontro, não atendia minhas ligações, não respondia minhas mensagens, não te encontrava aqui e quando eu te via você estava indo embora quase correndo"
"Meu pai estava certo, eu não deveria ter misturado as coisas. Foi um erro." - sério que eu disse isso mesmo? -
"Wau" - Ele fala indignado - "Sabe, eu gostava mesmo de você e achava que com o tempo você iria sentir o mesmo, mas acho que eu estava completamente errado. Não vou te atrapalhar mais" - disse saindo -

Um erro? Caramba, eu falei muito sem pensar. Eu não queria ter falado desse jeito, mas saiu sem querer. Eu evito me apegar pra não me machucar, mas acho que acabei de machuca-lo. Não acredito nisso. Que droga você fez Ana?

Isabela veio falar comigo e não tive como contar tudo o que tinha acontecido. Eu nem sabia o que pensar, que dira falar.
Eu estou com medo. Eu gosto dele, gosto de estar com ele, gosto das nossas conversas, das nossas risadas, das nossas brincadeiras de beija-lo, de como a gente se encaixa e se da tão bem. Eu estava apaixonada não é? E nem tinha me dado conta.
A semana passou tão rápido que eu nem percebi e eu estava sentindo tanta falta do Vitor.
Entrei na sala da Isabela batendo na porta, o que é raro.

"Porque você bateu na porta?" - Isabela levanta da cadeira assustada -
"Ue, eu só bate, vai que você estava ocupada"
"Mesmo assim, até parece que você iria bater"
"Vamos a Praça que tem aqui perto?"
"Claro, vamos" - Eu disse pegando meu celular e acompanhando-a

Expliquei tudo o que tinha acontecido.
"Isa, eu não sei o que fazer, minha cabeça está girando"
"Por que você não me contou antes?"
"Eu estava querendo ficar sozinha"
"Eu entendo, mas Ana você pode contar comigo, pra tudo." - ela disse pegando em minhas mãos -
"Eu sei amiga, me desculpa. Mas voltando ao assunto" - eu disse rindo -
"Isso. Vitor. Eu acho que você deveria conversar com ele, ser sincera e eu acho que ele vai te entender" ela disse sorrindo -
"E se não entender?"
"Dai ele é um idiota" - rimos -
"Eu gosto dele Isabela, mas a ideia do amor, de me apegar me assusta. Eu não consigo lidar com tudo isso. É demais pra mim" - ela disse levantando as mãos -
"Uma vez, nessa mesma praça você me disse pra não deixar o medo de ser feliz me atrapalhar, acho que esse conselho também era pra você"
"Verdade, a gente veio aqui pra falar de você e agora estamos aqui pra falar de mim. Inacreditável." - Eu disse negando com a cabeça -
"O mundo da voltas mesmo. Mas é sério, conversa com ele, vocês têm uma sintonia tão boa, não deixa isso passar"
"Obrigada, amiga" - Eu disse abraçando-a - "vou falar com ele".

O final do expediente terminou e fui procura -lo, mas ele já tinha ido embora. Então fui até a casa dele.

"Oi"
"O que você quer Ana? Já está tarde"
"Eu sei. Eu vim dizer que senti sua falta. Senti muita falta pra falar a verdade" - Ele fez uma cara de surpresa - "Eu gosto de você e gosto como eu sou com você. Gosto de tudo que tem haver com a gente. Como de como a gente tem sintonia. Eu só não lido bem com sentimentos e tenho medo de acabar estragando o que temos, mas eu estragaria se deixasse ir embora sem ao menos tentar. Porque eu amo você" - Ele ficou parado, não foi nenhuma palavra, o que estava começando a me deixar angustiada - "Você não vai falar nada?" - ele continuou sem dizer nada - "então, era isso o que eu tinha pra dizer" - e disse saindo. Quando estava colocando a chave pra abrir o meu carro -
"Espera." - Ele veio correndo em minha direção - "eu também amo você" -ele disse me beijando - "demais, demais, demais. Eu te amo demais" - sorrimos um para o outro -
"O seu silêncio quase me matou"
"Desculpa, você me pegou de surpresa, não espera isso, mas que bom que você veio. Eu senti tanto sua falta"
"Eu também senti a sua, isso nunca foi um erro.".

***ANA OFF***

Encontro por Acidente Onde histórias criam vida. Descubra agora