Encontro por Acidente

Capitulo 21

Algumas semanas haviam se passado, eu fiz tudo o que pude pra evitar o Alex, como eu sabia um pouco dos horários dele eu fazia o meu totalmente diferente só pra não cruzar com ele. As vezes ele ia em casa, mas eu pedia pra Mary dizer que eu não estava. E eu o via na hora de ir embora, quando ele começava a falar ou até mesmo se aproximar eu saia o mais rápido possível, porque não queria conversar. Fiquei usando a sala do meu pai quando ele não estava porque sabia que ali ninguém iria me incomodar.

"Você não tem jeito, Isabela" - Ana entra na sala"
"Oi?"
"Porque está aqui?"
"Eu precisava recalcular esses documentos e aqui é tão calmo e relaxante"
"Só por isso?"
"Sim, porque mais?" - franzi a testa - "faz um favor pra mim, tira 5 cópias desses documentos?" - disse querendo mudar de assunto porque eu sabia onde ela iria chegar se eu desse brecha -
"Eu virei sua secretária particular?" - falou debochada -
"Não, mas se você for gentil eu deixo"
"Eu deveria ter pegado mais pesado com você quando era estagiária" - disse rindo -
"Eu nem acredito que não trabalho mais como estagiária, agora sou oficialmente a nova Economista da empresa."
"Estou tão orgulhosa, foi bem puxado esse período"
"Sim."
"Você está bem?"
"Estou, não se preocupe." - disse com um sorriso forçado-
"Você tem visto o.."
"Não." - disse cortando-a "Ana, me desculpa, mas eu realmente não quero falar sobre isso"
"Mas já se passaram 2 semanas e você nem falou nada comigo sobre isso, tem se isolado"
"Porque não tem nada pra falar, ele mentiu e escondeu coisas de mim, não dá pra confiar. Acabou e eu já superei. Pronto. Fim de papo" - disse um pouco irritada com tudo isso e me jogando na cadeira do meu pai. -
"Tudo bem, eu não vou mais tocar no assunto, quando você quiser conversar, vou estar aqui." - veio em minha direção e me deu um beijo -
"Está bem, obrigada" - dei um sorriso forçado -

"Eu preciso de um chá" - disse a mim mesma em voz alta. A empresa estava uma correria, o que era bom, eu evitava pensar em qualquer coisa. Peguei meu chá e assim que estava voltando eu vi a mesma mulher ruiva da outra vez, e como uma boa curiosa que sou fui até ela.

"Oi, você de novo" - disse com um sorriso -
"Oi, Isabela não é?!"
"Isso, você vai trabalhar aqui? Vamos nos ver frequentemente pelo visto" - disse amigavelmente -
"Não, eu só estou de passagem, vim visitar um amigo"
"Ah, que pena. Mas eu nem sei o seu.."
"Caroline, o que você eata fazendo aqui?" - ouço uma voz atrás de mim. Sabia exatamente quem era. -
"Alex, estava te procurando" - ela disse e tentou abraça-lo, mas ele se desviou -
"Caroline" - digo sussurrando a ponto deles não ouvirem, então ela é a ex dele, ela estava aqui esse tempo todo e ele não me disse nada. -
"Vocês duas se conhecem?"
"Não, é a segunda vez que a vejo" - digo meio fria -
"Oi, Isabela, como você está?" - ele diz com um olhar sereno e doce -
"Estou bem, bom eu vou voltar pra sala"
"Eu fui até a sua.." - Eu saio sem deixar ele terminar -

Assim que entro na sala pego a primeira almofada que tem no sofá e começo a bater pra descontar a raiva.

"Eu sei o que você está pensando" - Alex fala invadindo a sala do meu pai me vendo em uma luta com a almofada -
"Não, não sabe. Eu não posso acreditar que ela estava em Seattle esse tempo todo." - Eu digo me levantando do sofá e jogando a almofada -
"Eu já conversei com ela e ela parece não entender que eu não quero mais nada com ela."
"Acho que você não explicou direito então, porque ela parece que não tem intenção nenhuma de se afastar de você."
"Você precisa confir em mim, Eu só quero você. Eu só não falei nada dela porque não queria que você ficasse preocupada"
"Agora que você me fala? Agora já foi, não importa mais os seus motivos" - eu precisava ser firme, mas uma lágrima caiu em meus olhos -
"Isa.." - diz se aproximando - " por favor, não faz isso, eu sinto sua falta todos os dias, essas últimas semanas tem sido torturante sem você" - coloca a mão em meu rosto -
"Alex eu.." - me interrompendo com um beijo suave e apaixonante, da forma que eu me lembrava. Eu precisava me afastar, não queria. Mas precisava..