F. T. Willz

quem sou eu?

25 de agosto

batendo contra o fundo do poço. caído de cabeça para baixo naquela toca de coelho inteiro do nada, olhos arregalados, membros agitados.

"Estou perdendo o sono, perdendo amigos."

meu único pedido de desculpas é que não tenho nada para dar. de qualquer forma, o show deve continuar (e assim por diante, e assim por diante, e assim por diante, e parar de foder agora).

marchando ao ritmo de uma fúnebre fúnebre.

mas é o meu?

quem diabos sabe. ninguém sabe de nada.

metastatizando, perdendo meu lugar na vida (aparentemente) lidero e vendo tudo em espiral.

"Houston, nós temos um problema."

foda-se Houston. o controle não tem controle sobre nada, assim como todos os outros. ainda se debatendo no espaço aéreo vazio, ficando catatonicamente em coma. estou sempre azedo com o sabor, amargo até o fim, egoísta por falta. Eu adoraria que você odiasse minhas entranhas se elas ainda não estivessem cobertas de úlceras que apenas uma mãe poderia amar.

desculpas?

você está ouvindo?

não há mais espaço para o meu esqueleto(s). a pessoa dentro deste corpo terrivelmente pesado e dificultador sai de sua pele e caminha pelo mundo, por si só, leve e livre.

aquele sentimento doentio quando você não é você mesmo. eu não sou eu mesmo. quem sou eu? eu mesmo não sou ninguém, é isso que eu sou.

ninguém.

- F.T. WillZ-deve-morrer