Capítulo 8 - Maria Iris Valdez

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Puxo com força o braço do Lucas e o arrasto pra longe daquele antro de caipiras pobres e burros.

Até parece que eu vou cair nessa de corpo pendurado, tá bom, vai sonhando caipiradas do inferno!

Não vão me enganar com bonecos e sangue falso, gente mentirosa, eu sei bem o que eles querem, acham que vão me enganar e pegar meu dinheiro, povo medíocre.

-Senhorita Valdez você não acha melhor chamarmos a polícia caso aquele corpo seja de verd...

-Cala essa boca! Você é pago para me proteger e não pra pensar! Vamos pegar minhas coisas e sair dessa joça que cheira mal.

Aquele cheiro insuportável não me era estranho, olho pra trás e vejo o matusalém daquela loja podre.

Aff o cheiro de naftalina vem até aqui, credo!

-Vamos logo Lucas, porque o único perigo que corremos aqui é o de pegar algum parasita de pobre.

Enquanto Lucas pega tudo, vou dar uma zapiada no meu Apple iPhone four History Edition, o qual só foram fabricados 10 e um deles é só meu.

-ARGHHHH......

-O que aconteceu senhorita Valdez!

-Aqui nessa joça não tem SINAL!

-Então está tudo bem.

Aquele energúmeno me diz uma atrocidade dessa.

-Como assim tá TUDO BEM? Como você pode me dizer isso! Essa droga custa mais de 100mil dólares e não pega nessa joça desse lugar, esse maldito lugar deve ser mesmo amaldiçoado.

Jogo aquela porcaria dentro da minha bolsa da Gucci.

-A esquece tudo isso Lucas, deixa essas porcarias ai, eu quero ir embora desse pesadelo de pobre agora!

Começamos a andar para fora daquele lugar do inferno que nem sinal de celular tem.

O Lucas vai na minha frente com uma mão na cintura e a outra segurando uma lanterna, parece até um policial de verdade, aff coitado isso ele nunca vai ser, vai morrer sendo capacho do meu pai.

Acho que agora já estamos longe o suficiente daquele lugar decrepito, vou ver se meu bebê Apple já tem sinal.

Começo a procura-lo na minha bolsa, mas está muito escuro pra achar alguma coisa.

-Lucas me dá essa lanterna agora! Digo sem olhar pra ele.

Fico parada esperando o energúmeno me dar a lanterna, mas nada dele.

-LUCAS! Grito.

Mas quando levanto meu olhar não o vejo na minha frente.

Aquele verme me deixou aqui sozinha.

-Vou mandar meu pai te matar seu verme imprestável!

Começo a revirar toda minha bolsa até que consigo encontrar meu bebê.

Ele tem tantas funções, mas logo encontro a função lanterna dele.

Tudo está um breu e nada daquele energúmeno.

Caminho devagar, não quero acordar nenhum mendigo fedido.

Forço minha visão a minha frente, e consigo enxergar um vulto que parece ser de um homem, deve ser o energúmeno.

-É você Lucas?

Mas só ouço uns gemidos, então me aproximo mais.

É ele sim, ainda bem que ele voltou senão era um homem morto.

Moonlight Falls - A Cidade do MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora