A história dela

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Marco estava tão irritado que até mesmo se esqueceu de que aquele não era seu apartamento, quando entrou no quarto foi que a ficha lhe caiu. O quarto era aconchegante, uma cama de casal macia com uma colcha rosa pink, tinha uma pelúcia de sapo em cima, será que ela dormia abraçada com o sapo? Na parede oposta a cama, no lugar de uma penteadeira ou uma cômoda cheia de cosméticos e maquiagens, ela tinha três estantes, uma ao lado da outra, repletas de livros, havia uma pequena varanda no quarto com uma poltrona confortável, Marco conseguia imagina-la sentada ali no inverno lendo um dos livros e tomando chocolate quente. Na parede em cima da cama havia uma pintura, era um rosto, na verdade metade do rosto de uma garotinha com grandes olhos verdes e os cabelos compridos voando – ele sorriu – era ela – ele ouviu a porta se abrir e ela entrou, ele a olhou e percebeu que não estava com raiva, ele só queria entendê-la:

- É você! – ele disse olhando para a pintura.

- Sim sou eu – ela disse se aproximando e o abraçando pelas costas, ele respirou fundo, aquela era a primeira vez que ela tomava a iniciativa de tocá-lo. – e aquele é o símbolo do Manchester United – ela disse apontando para o lado oposto ao seu rosto na pintura, ele não havia reparado, algumas partes do cabelo dela estavam sobre o símbolo. Ele inverteu as posições e agora ela estava em sua frente e ele a abraçava pelas costas – esse foi um dia fantástico.

- O que aconteceu neste dia? – ele perguntou enquanto aspirava o cheiro de seu cabelo, ela cheirava a morangos.

- Era meu aniversário de 11 anos, o Tio Walter e o Ty iam me levar até Manchester para assistir um jogo, era meu presente, meu pai acabou vindo também, e foi tudo tão perfeito, a forma como meu pai me tratou naquele dia – ela se encolheu nos braços de Marco e ele a abraçou com mais força – O United ganhou o jogo, nós comemos peixe com fritas, tomamos um monte de refrigerante, eu nunca me diverti tanto... aquele foi o melhor dia da minha vida, mas não porque eu estava lá nem nada, mas porque meu pai estava lá, ele nunca tinha saído comigo e ele agia como se realmente fosse meu pai e como se ele gostasse disso, como se ele sentisse orgulho disso. – Já não era a primeira vez que ela ficava deprimida quando falava da família, e que pai não teria orgulho da filha? Ainda mais de uma filha tão especial como Jordan?

- Quem o pintou? – ele perguntou mudando de assunto, ele não queria vê-la deprimida.

- Eu.

- Você?

- Sim, por quê?

- Por quê? Isso é incrível, você tem um dom, cuore! Você vai ter de fazer um quadro para eu colocar no meu escritório. – ela sorriu.

- Não exagera, o que você gostaria que eu pintasse para o seu escritório?

- Você, é claro! De corpo inteiro, se você não quiser perder tempo pintando roupas melhor ainda – ele disse mordiscando sua orelha.

- Só se você quiser espantar as pessoas – ela respondeu mais descontraída.

- Se eu colocar uma pintura sua no meu escritório, vou ter de trancar a porta e as janelas e contratar seguranças para segurar a multidão que vai querer invadi-lo. – ele virou-a segurando pela cintura e a beijou, não era um beijo inocente ou preocupado como o que eles haviam trocado até aquele momento, mas um beijo avido, onde ele demostrava exatamente o que ela fazia com ele.

Os dois caíram na cama, e ela começou a responder ao beijo com a mesma fome, ela passeava com suas mãos pelo corpo dele, primeiro pelos cabelos depois pelo pescoço, até que sentiu a necessidade de tocar em seu peito, ela começou a desabotoar sua camisa, enquanto ele a beijava no pescoço e na clavícula, quando suas mãos encontraram aquele peito torneado, sem um grama de gordura, ela já se sentia em chamas, ela abriu as pernas para que ele ficasse no meio delas e sentiu que não era a única excitada, seu membro estava duro e roçava em seu estomago, ela olhou para Marco que sorria maliciosamente, ele então começou a roça-lo entre suas pernas, onde a necessidade era muito maior, e ela começou a emitir ruídos que não sabia que estavam dentro de si;

- Você gosta disso cara? – ele repetiu o movimento, e ela gemeu mais forte, ele beijou seu pescoço e saiu de cima dela, deitando a seu lado, ele estava com o braço sob os olhos e ofegava. – Desculpe amore, mas se eu não parar agora não vou conseguir me controlar. – Ela se virou de lado para olhá-lo:

- E se eu falasse que não precisa parar... – ela disse hesitante, ela o queria, queria tanto que chegava a doer.

Ele tirou o braço dos olhos e segurou o rosto dela sorrindo – Eu não posso cara, não assim, quando fizermos amor vai ser especial, eu quero que seja algo para você se lembrar... não me olhe assim – ele disse a beijando nos lábios – você acaba com meu alto controle sabia?

- Sério? – perguntou ela não acreditando muito.

- Me de sua mão – ele segurou a mão dela sobre sua ereção – Jordan isso aqui é pra você, foi você que causou isso, mesmo se eu quisesse eu não poderia fingir, agora você acredita em mim?

- Sim – ele tirou a mão dela e se levantou puxando-a com ele:

- Vamos sair daqui,porque se não o jantar vai ser outro – os dois voltaram para sala sorrindo.

Meu Amor ItalianoOnde histórias criam vida. Descubra agora