remus & nymphadora: o bebê

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O berço havia sido montado e o quartinho estava decorado. As paredes com gravuras que se moviam de forma animada, o móbile pendurado no teto e os tons de amarelo e creme. Estava tudo perfeito.

O sorriso no rosto de Nymphadora fez tudo valer a pena, até mesmo os dedos machucados por conta do martelo e as farpas. Remus se aproximou da esposa e do filho recém nascido, depositando um beijo terno na testa do bebê. Dora fez uma careta engraçada, franzindo o nariz.

— Está tudo lindo, amor. Mas você está fedendo como um cachorro molhado.

— Ei! Eu sou um lobo — provocou, imitando garras com as mãos enquanto passava pela mulher e ia até o quarto do casal.

Dora riu, depositando o bebê sobre o colchão macio do berço. O móbile passou a girar sozinho, de forma encantadora e ela sorriu, observando a criança fechar os olhos por conta da música suave.

Ouviu o barulho do chuveiro e soube que o marido tinha ido se banhar.

[...]

Dora estava sentada no sofá da sala quando sentiu braços passarem por seus ombros, em um abraço desajeitado. Logo Remus pulou para o sofá também, a puxando para seu colo. Deixou uma trilha de beijos pelo rosto da mulher, parando quando chegou nos lábios macios com gosto de morangos.

— Olá, linda — sussurrou, a apertando próxima de si.

— Ei amor — respondeu, deitando a cabeça no ombro do mais velho.

Ficaram ali, juntos por algum tempo. Remus acariciando as costas de Dora, enquanto ela quase ronronava de olhos fechados. Sabia o quanto sua esposava andava cansada desde o nascimento de Teddy, até mesmo antes, já que carregar aquela enorme barriga para lá e para cá não era uma tarefa fácil. E manter Nymphadora parada muito menos.

Lupin sussurrava palavras de carinho para ela, deixando pequenos beijos em sua testa e ponta do nariz, causando cócegas na bruxa.

A bolha de silêncio fora quebrada quando o choro estridente do bebê soou no andar de cima, por uma das invenções dos gêmeos Weasley, e Remus acomodou a esposa no sofá.

— Deixa comigo, Dotts — piscou, subindo a escada de dois em dois degraus.

Remus, porém, esqueceu de desligar o aparelhinho que os gêmeos criaram e Nymphadora conseguiu ouvir com clareza a voz suave do homem conversando e cantarolando para seu filho uma das canções de ninar que aprendera com Andrômeda. Seu coração pareceu inchar naquele momento, e todo o amor que sentia por aqueles dois transbordou por seus olhos no formato de pequenas lágrimas cristalinas.

Nymphadora sabia que os dias não seriam fáceis com o fim da guerra bruxa, mas sabia que com Remus e Teddy ao seu lado, tudo ficaria melhor.

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