Virei máquina.
O culpado de tudo. Escrevo ligeiro,
Estou ficando mais parecido,
Menos diferente, estou me adestrando para ser coletivo,
Menos individual,
Já me indignei, agora silencio,
Já perdi, mas já ganhei, quem não imagina de onde eu venho, me julga por ver onde estou, eu desprezo o fato de estar em um lugar,
Eu percebo a volta,
mutantes datas, falsificam até a mensagem,
Que luta lutam?
Que artistas querem? Será que esta fortuna é de verdade?
Números de objetos a sua volta,
A aparência de ser uma pessoa feliz.
Tem mil coisas,
Silicone nas veias, plástica na cara e o cérebro não para de minhocar um jeito de ser mais autêntica.
E quando não nasce, nunca alcança.
Como escrever em uma máquina de datilografia, Você pode até comprar textos prontos,
Dizer que faz e acontece, mas não duram para sempre todas as teclas, quero ver você datilografar a palavra arte sem ter a letra s.
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A poesia está viva
PoetryEsse livro foi uma seleção entre as muitas poesias que escrevi desde os 18 anos. Nunca publiquei no papel, mas sentia que precisava reconsiderar o fato de o mundo precisar ainda mais de poesia. Deixei para trás o que eu não sei explicar. E como um...