Libertei-me das vadias que nunca tive.
Daqueles que não me amaram, dos cultos sagrados que não acreditei nunca. Libertei-me das pedras que não caíram, dos sonhos que não tive, da vida e das mortes que não precisei lembrar e enfrentar.
Do Caio F.
Libertei-me da prisão e da tortura, reproduzida, da lama que é imóvel.
E sim, baratas, haverão de ter piores dias.
Como em Kafka.
Psique em série.
As bolhas, como uma taça que bebi vodca antiga.Estou leve, pena, brasa, eu consigo voar. Caleidoscópio de fumaça. Mesmo peixe, mesmo arranhada, sou Piracema, vou pegar as pedras e fazer fogo, queimar álbuns retrógrados,
Rodar filmes novos. Vodca mais vodca.
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A poesia está viva
PoetryEsse livro foi uma seleção entre as muitas poesias que escrevi desde os 18 anos. Nunca publiquei no papel, mas sentia que precisava reconsiderar o fato de o mundo precisar ainda mais de poesia. Deixei para trás o que eu não sei explicar. E como um...