Palermo: eu vi que era alguém vestido com o macacão vermelho e a máscara de Dalí, mas a pessoa não tirou a máscara.
Helsinki: isso não ajuda em nada, todos aqui dentro estão vestidos assim.
Macarena: mas os reféns não tem acesso ao armamento.
Helsinki: um deles está secretamente armado.
Lisboa: ou temos um traidor.
Palermo: eu sei que eu já fui um filho da puta com a maioria aqui dentro, mas isso não é motivo pra um tiro... Puta merda, isso tá doendo pra um caralho.
Macarena: tenta não se mexer muito e evita falar. Eu também não acho que nenhum dos assaltantes faria isso, somos uma família porra, por mais que um de nós erre, ninguém faria algo assim.
O celular começa a tocar e Macarena atende.
Professor: Macarena?
Macarena: fala.
Professor: conseguimos convencer a polícia a cuidar do Palermo.
Macarena: então o meu bff vai ficar bem?
Professor: vai.
Macarena: antes de eu voltar pra tenda, eu preciso saber... O Andrés é meu pai?
Professor: não Dulce, o Andrés não é seu pai... E consequentemente eu também não sou seu tio.
Macarena: se ele não é o meu pai... Então quem é? Eu conheço ele?
Professor: a gente nunca te falou nada porque você era uma criança, imatura, frágil...
Macarena: sem me esculachar, por favor.
Professor: continuando... Você já é uma mulher madura e responsável e merece saber toda a verdade...
Macarena: meu amigo está MORRENDO! Economiza saliva e me fala logo eu conheço ou não?
Professor: você conhece sim, o seu pai... Sou eu.
Ela solta o celular fazendo ele cair no chão e sai correndo e chorando.
Professor: DULCE?
Palermo: eu iria atrás dela, mas...
Helsinki: eu vou atrás dela.
Lisboa: não, fica aí com o Palermo. Deixa que eu vou falar com ela.
Macarena entra no banheiro e se apoia com as duas mãos na pia e abaixa a cabeça ainda chorando. Lisboa entra e se senta no banco atrás dela, sem ela ter percebido.
Lisboa: você quer conversar?
Macarena levanta a cabeça, vê Lisboa pelo reflexo do espelho e vira olhando pra ela.
Macarena: eu queria poder falar alguma coisa, mas eu não sei o que falar... Não sei o que fazer... É como se a minha vida toda fosse uma mentira, sabe? Ah, espera, você não deve fazer ideia do que eu estou falando né? Então...
Lisboa: eu já sabia, Dulce.
Macarena: como é que é?
Lisboa: eu já sabia que o Sérgio era seu pai.
Macarena: e não me falou nada?Flashback on:
Professor e Lisboa estavam abraçados na porta da casa deles vendo a filha da Lisboa brincar no quintal.
Lisboa: nós poderíamos ter um filho nosso.
Professor: você já tem uma filha, e eu também tenho.
Lisboa: eu sei que você trata ela como sua filha também, mas nós dois sabemos que não é a mesma coisa.
Professor: eu não estou falando dela.
Lisboa: você tem uma filha?
Professor: já está na hora de você saber, sim, eu tenho uma filha.
Lisboa: como você tem uma filha e nunca me contou? Você abandonou ela?
Professor: não, eu jamais abandonaria um filho. Ela já é maior de idade, se chama Dulce Maria mora no Brasil, é ex-assaltante e ironicamente agora trabalha pra polícia brasileira e é considerada um ícone nacional. O problema é que ela não sabe que é minha filha.
Lisboa: como assim não sabe?
Professor: vou te explicar do início. Há alguns anos, eu e meu irmão, fomos pro Brasil onde conhecemos a Cecília, ela se apaixonou pelo Andrés e eles se casaram, foi o primeiro dos vários casamento dele. Mas eu e ela tínhamos um caso sem ele saber.
Lisboa: você? Sério? Uau! Kkkk
Professor: mas eu me arrependo muito disso. Ela engravidou e sabia que não era do Andrés, porque ele era estéril. Quando a Dulce nasceu, Cecília morreu por complicações no parto. Antes dela morrer, ela deixou uma medalhinha pra Dulce, e seu último pedido foi que o meu irmão cuidasse da menina. Então ela cresceu achando que o Andrés era pai dela e eu sou o tio chato e controlador dela.
Lisboa: por que você não conta toda a verdade e traz ela pra morar aqui?
Professor: ela já tem a própria vida, e conhecendo a Dulce como eu conheço, ela me odiaria ainda mais do que ela já me odeia.
Flashback offLisboa: em minha defesa, o Palermo sabia a mais tempo que eu.
Macarena: pelo jeito, só eu não sabia.
Lisboa: ele não te contou antes pra te proteger.
Macarena: me proteger do quê?
Lisboa: te proteger da dor e do ódio que você está sentindo agora.
Macarena: se ele tivesse me contado desde o início, mas não, ele me deixou crescer achando que ele era meu tio.
Lisboa: foi um pedido da sua mãe que o Andrés ficasse com a sua guarda legal e cuidasse de você. Mas não era como se o Sérgio não se importasse ou fingisse que não tinha filha, pelo contrário, ele sempre te amou e sempre fez de tudo pra te proteger.
Macarena: foi ele quem te falou isso?
Lisboa: foi. Olha, eu sei que a gente não é muito próximas, mas já que oficialmente fazemos parte da mesma família... Prazer, eu sou Raquel Murillo e aparentemente sua madrasta kkkk
Lisboa estende a mão e Macarena aperta a mão dela.
Macarena: prazer, eu era Dulce Maria de Fonollosa, mas pelo visto agora eu sou Dulce Maria Marquina kkkk e aparentemente sua enteada kkkk
Elas se abraçam, mas são interrompidas pela Manila.
Manila: Macarena, o Professor quer falar com você.
Manila entrega o celular pra Macarena.
Macarena: obrigada, Manila.
Manila sai do banheiro.
Macarena: Sim, querido Professor?
Professor: como você está?
Macarena: ainda em estado de choque, mas aceitei.
Professor: que bom.
Macarena: mas, não pense que eu vou te chamar de pai.
Professor: tudo bem, você não me chamava nem de tio, já estou acostumado com isso. Você precisa descer junto com o Palermo, vocês vão sair agora.
Macarena: tudo bem.
Ela desliga o celular.
Macarena: então é isso.
Lisboa: boa sorte.
Macarena: pra você também.
Elas saem do banheiro e descem. Palermo já estava na entrada do banco e todos os assaltantes e reféns também.
Tóquio: coloquem as máscaras e o capuz.
Todos obedeceram.
Tóquio: prontos? Rio, pode abrir as portas.
As portas foram abertas, uma equipe médica entrou junto a um grupo de militares. Eles saíram juntos e as portas foram fechadas, mas cada um foi pra um lado. Palermo foi pra o hospital acompanhado dos médicos e enfermeiros, e Macarena foi pra tenda escoltada pelos militares.
Na tenda...
Macarena: voltei meninos. Oi, governador.
Governador: olá, seja bem-vinda de volta, inspetora Fernanda Monteiro.
Tamayo: ou Dulce Maria de Fonollosa.
Martinez: ou se preferir Dulce Maria Marquina.
Gandía: ou o nosso favorito... Macarena.
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MACARENA-LA CASA DE PAPEL
FanfictionATENÇÃO: A HISTÓRIA ESTÁ PASSANDO POR UMA REVISÃO, A ESCRITA E ALGUNS FATOS ESTÃO SENDO REFEITOS, POR CONTA DISSO ALGUNS CAPÍTULOS ESTÃO DIFERENTES, PODENDO CONTER ALGUNS FUROS ATÉ O TÉRMINO DA REVISÃO. Meu nome é Dulce Maria de Fonollosa, mas pode...