28. Mau agouro

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A estrebaria do Castelo Leoch era mais bem construída do que muitas das cabanas que Jungkook vira em sua viagem com Kwan.

Com o piso e as paredes de pedra, as únicas aberturas eram as janelas estreitas em um dos lados, a porta em outro e as fendas também estreitas sob o espesso telhado de colmo, projetadas para abrigar as corujas que não deixavam os ratos se proliferarem na palha. Bastante ar entrava pelas aberturas, assim como luz o suficiente para que a estrebaria ficasse agradavelmente na penumbra, e não sombria.

No palheiro logo abaixo do teto, a luz era ainda melhor, lançando listras amarelas no feno empilhado e iluminando as partículas esvoaçantes de poeira como chuva de ouro em pó. O ar penetrava pelas fissuras em rajadas mornas, denso com o cheiro de madeira cortada, cravinas e alho das hortas e jardins lá fora, além do agradável cheiro dos cavalos que subia do chão.

E sobre o feno, escondido de olhares alheios e completamente anestesiado sob a luz do sol, Jungkook gemia baixinho, de olhos fechados e pernas abertas, enquanto seu corpo balançava de acordo com as investidas do marido.

Faziam devagar dessa vez. Frente a frente. Estava agarrado às suas costas por debaixo da camisa, arranhando a pele cheia de cicatrizes quando sentia Jimin ir bem fundo, acertando sua próstata de uma maneira deliciosa.

Jimin gemia contra seu pescoço, beijando-o vez ou outra. As mãos bronzeadas seguravam suas coxas macias, cobertas pelo tecido do kilt que ainda vestia.

Estavam assim há não muito tempo, com nenhum dos dois realmente a fim de gozar. Desejavam permanecer desse jeito, fazendo sexo, para sempre.

Entretanto, as coisas se tornaram mais intensas em algum momento. Jungkook passou a sentir as pequenas convulsões do início de seu orgasmo e arranhou as costas de Jimin com mais força, segurando-se a ele como se estivesse prestes a cair (e ele sentia que estava).

Seu marido ofegou, também se aproximando. Puxou suas coxas para mais perto e aumentou um pouco o ritmo das investidas, fazendo um suave som de peles se chocando ecoar pela estrebaria conforme movia o quadril.

Jungkook enlaçou sua cintura com as pernas, o corpo balançando contra o feno e os cabelos se espalhando e se bagunçando.

Então, quando Jimin por fim gozou dentro de si, Jungkook soltou um grunhido de satisfação, sentindo-se também se derramar. O nó se formou, alargando seu canal, e um suspiro escapou de seus lábios.

Amoleceu sobre o feno, no céu.

Permaneceram nessa posição, completamente relaxados naquele início de manhã, até Jimin começar a se mexer entre as suas pernas.

Ele começou a se afastar e Jungkook não gostou do vazio, puxando-o para dentro novamente ao segurá-lo pelo cabelo.

- Fique mais um pouco. - sussurrou.

Jimin riu, abafado, mas não protestou. Voltou a colocar o rosto na curva de seu pescoço e os dois ficaram em silêncio, respirando ainda com um pouco de dificuldade.

Com a mão no cabelo loiro, Jungkook passou a acariciá-lo lá, de olhos fechados e apreciando a sensação de ter o pênis de Jimin dentro de seu corpo.

Era apaziguante e confortável.

E, quando estava prestes a cair no sono, confortável demais e um pouco cansado pelo que haviam feito, Jimin voltou a se mexer. Dessa vez, de uma maneira mais rápida e um tanto apressada.

- O que foi? - Jungkook perguntou, sonolentamente, soltando seu cabelo e deixando-o ir.

Sentir-se incompleto o fez suspirar, insatisfeito. Fechou as pernas dormentes e abriu os olhos, vendo Jimin ficar de pé e olhar por de cima da baia enquanto colocava a camisa para dentro do kilt.

SÉCULOS - jikook. (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora