SÉCULOS - jikook. (FINALIZADA)

51. Fortaleza incendiada

Na mídia um videozinho comemorando o primeiro aninho de Séculos!!! Foi no dia 02/03 e eu estou repostando esse capítulo no dia 27/04, mas tudo bem, pra quem quiser assistir, tá aí. Obrigada mais uma vez.

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Terminados os preparativos para a cirurgia da mão direita, Jungkook avaliou os danos mais uma vez, decidindo novamente o que deveria ser feito (afinal, qualquer decisão em falso poderia acarretar em graves consequências). Jimin prendeu a respiração com força quando tocou em um local especialmente dolorido, mas manteve os olhos cerrados enquanto Jungkook tateava devagar ao longo de cada junta de osso, observando a posição da fratura e do deslocamento.

- Desculpe-me. - sussurrou Jungkook, vendo que, ao tocá-lo, causava-lhe dor.

A primeira junta estava boa, mas a segunda falange estava fraturada. Sem raios X ou qualquer experiência para guiá-lo, apertou o dedo com mais força, a fim de determinar o comprimento e a direção da fratura.

A mão ferida permaneceu imóvel diante da força aplicada, mas a mão boa se fechou em punho num movimento de retração. Estava doendo.

- Desculpe-me. - ele sussurrou de novo.

Então, Jimin se ergueu nos cotovelos. Cuspindo fora o pedaço de couro que mantinha na boca, fitou-o com uma expressão de divertimento e exasperação.

- Sassenach - disse ele. -, se pedir desculpas toda vez que me machucar, vai ser uma noite muito longa. E ela já durou até demais, não concorda?

Jungkook deve ter parecido chocado diante de sua reação, porque Jimin começou a estender o braço para tocá-lo. Mas ele logo parou o movimento, contraindo-se de dor.

- Sei que não tem a intenção de me machucar. - falou, gentil. - Mas você não tem outra escolha além dessa, assim como eu também não tenho outra escolha além de sentir tudo isso. E não há necessidade de que mais de um de nós sofra pela minha dor além de mim. Faça o que for necessário e eu gritarei se tiver que gritar.

Voltando a se deitar na cama com cuidado e fazendo uma careta de dor devido às costas, braços e pernas machucadas, Jimin pegou o pedaço de couro e olhou para o teto.

- Além do mais - disse ele. -, se os ingleses aparecerem depois disso tudo, acho que vou implorar para que me levem de volta e me enforquem.

Um clima mais pesado do que antes tomou conta da sala diante da declaração.

Jungkook fixou o olhar em Jimin, que acabara de colocar o couro na boca novamente, e resolveu que o melhor seria permanecer em silêncio, retomando seu trabalho.

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Foi uma operação longa, horrível e devastadora. E agora, Jungkook começava a compreender porque médicos raramente tratavam pessoas de sua própria família.

Algumas partes, como entalar os dois dedos com fraturas simples, transcorreram sem dificuldades. Outras, não. Jimin realmente gritou (bem alto, por sinal), quando Jungkook precisou encanar os ossos do dedo médio, aplicando uma força considerável, necessária para conduzir as pontas lascadas dos ossos através da carne.

E enquanto o ouvia gritar, não ousando parar o seu trabalho, lembrou-se subitamente do que Jimin lhe dissera na noite em que o bebê de Jihyun nasceu: "Eu mesmo posso suportar a dor, mas não aguentaria vê-lo sofrer. Está acima das minhas forças."

Bom, ele tinha razão. Era necessário muito sangue frio para conseguir permanecer inalterado ao ouvir a pessoa que ama berrar aos sete ventos por pura dor. Ainda mais, sabendo que você mesmo era o culpado daquilo tudo.