The right time

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Se você me acompanha no twitter, provavelmente viu que eu bebi e chorei o final de semana inteiro. Sem condições de revisar um capítulo com álcool na mente, por isso não postei sábado como prometido.

· POV Rafaella

- O QUE OCÊ TA FAZENDO AQUI? – As palavras saíram altas e rápidas. Era perceptível o sorriso que se fez presente no meu rosto quando vi a bela morena em minha frente virando em direção para a porta onde eu estava.

- Oi... Deusa, maravilhosa... Senti saudades e resolvi vir te vê. – Gizelly disse pausadamente com aquela voz rouca de quem tinha acabado de acordar. Ela se sentava na minha cama esfregando olhos com uma mão e fazendo sinal com a outra para que eu pudesse me sentar ao seu lado.

- Como assim? Por quê? Você disse que não viria comigo, como chegou mais rápido que eu? – As perguntas saíram todas atropeladas. Eu estava realmente surpresa com a presença da capixaba ali, mas tinha que admitir que meu coração estava quentinho com a sua presença.

*Point of view flashback Gizelly's on*

Assustei-me quando a mineira me fez o convite de ir para BH. Não sabia como reagir a isso. Eu queria muito aceitar, mas a gente tinha conversado sobre ir com calma e ir pra Minas assim iria totalmente contra isso.

- Deusa, eu quero muito ir com você – um sorriso se fez presente na boca da mineira enquanto eu falava calmamente – Mas eu não acho que deveríamos, pois a gente disse que faria as coisas com calma – o sorriso nesse momento se desfez e meu coração apertou com a imagem da mais alta em minha frente.

- Tudo bem Gi. Você tem razão.

Fizemos amor, conversamos, tomamos o café e então Rafaella partiu. Comecei a sentir um vazio inexplicável. Estava faltando algo e eu sabia o que era. Passar esses poucos dias ao lado da influencer me fez despertar um sentimento tão forte que chega a ser difícil colocar em palavras.

Até então, eu me considerava hétero, mesmo já tendo beijado mulheres antes. Nenhuma garota me fez despertar tal sentimento para me considerar bissexual. Minha cabeça estava à milhão. Queria sair correndo atrás de Rafaella e pedi-la para ficar mais um pouco.

Estaria eu apaixonada por ela? Como não se apaixonar né? Além de linda e gostosa, tem um coração enorme. Doce, gentil, delicada, amiga, inteligente, esforçada, determinada, carinhosa – quando quer – justa e paciente aos olhos do pai. São tantas qualidades existentes em uma só mulher que eu passaria horas e horas tendo uma conversa sobre isso.

Tenho consciência que eu comecei com esse negócio de ir com calma, mas meu coração clamava pelo contrário.

Tomada pelos meus pensamentos e num ato impulsivo, compro uma passagem para Belo Horizonte sem fazer escala e assim, eu saberia que iria chegar primeiro que Rafaella e poderia surpreendê-la na esperança que ela não me matasse. E assim eu fiz.

Mandei mensagem para Marcela – assessora de Rafa – explicando toda a confusão que se passava dentro de mim e ela então me encaminhou o número da mãe da mineira para que eu pudesse perguntar se poderia fazer essa doideira.

Com a aprovação da mãe de Rafa, juntei minhas coisas e corri para o aeroporto. Chegando em BH, peguei um uber até a casa da família de Rafa e pelo caminho estava me perguntando o que eu estava fazendo?! – Gizelly, você é maluca. Como pode fazer isso? – Até pensei em retornar e fingir que nada disso tinha acontecido, mas eu acho que já era tarde demais porque o carro já estava entrando no condomínio.

Fui recepcionada pela mãe de Rafa com um sorriso sincero em seus lábios. Ela me disse que gostou de toda a minha trajetória e que adorou ser chamada de "Gege Furacão". Ela é um amor de pessoa. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias até que ela percebeu que eu estava exausta da viajem de ultima hora e me levou até o quarto de Rafa para que eu pudesse descansar.

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