The Right Time

Titchela

· POV Gizelly

Após minha eliminação do BBB, voltei para minha terrinha e pude reencontrar todos os meus familiares e amigos. Era uma sensação tão gostosa estar de volta àquela realidade.

Como nem tudo são flores foi assustador vê sites de fofocas mostrando vídeos das olhadas que a Rafa me dava nas festas. Ate passou pela minha cabeça por um momento que ela poderia estar realmente a fim de beijar essa boquinha aqui. Rapidamente esses pensamentos se afastam da minha mente. Era impossível aquela deusa ter olhos para uma mera mortal como eu. A Rafa é tão doce, com um coração tão grande, tão inteligente, tão bonita, tão goxtosa. E eu quem sou? Sou apenas uma mulher com azar no jogo e azar no amor.

Semanas após minha eliminação, tenho que voltar para o Rio para cumprir agenda e dar algumas entrevistas. Chega o grande dia da final do reality, e estou dentro do meu quarto de hotel esperando o resultado sair. Quando o Thiago anunciou a vitória da Rafa, não consegui conter o largo sorriso que se formara em meu rosto. Eu queria muito poder abraça-la naquele instante, mas por motivos desconhecidos, a produção do programa não fez uma final onde todos os ex-participantes apareceriam.

Sendo assim, pego meu celular e resolvo mandar uma mensagem à morena de olhos verdes. Como ainda não tinha o número dela, mandei um direct no insta torcendo para que ela visse minha mensagem. Como sabia que ela ainda teria toda aquela enrolação antes de ir para o hotel descansar e quem sabe visualizar minha mensagem, acabo pegando no sono.

Os raios solares começaram a invadir o quarto do hotel onde eu estava hospedada. O quarto era espaçoso, a cama era gigantesca e muito macia. Ao abrir os olhos e me deparar com aquela claridade, já me levanto num pulo rápido para fechar as cortinas que possuíam corta sol.

Volto para a cama numa tentativa falha de dormir novamente. Me revirava de um lado para o outro, mas a minha cabeça não desligava pensando nos compromissos que teria naquele dia. Estava o próprio furacão.

Ao perder o sono, pego meu celular para vê o que estava acontecendo nesse mundão e dou de cara com a mensagem da Rafa.- meu Jesus ela tinha visto a minha mensagem e ainda me respondeu dizendo que queria me encontra. Minha respiração ficou descompassada, minhas mãos soavam, mas eu não poderia perder essa oportunidade.

Ansiosa que sou, já disse a ela que voltaria pro meu estado natal daqui dois dias, o que era mentira, só queria que ela pudesse me encontrar o mais rápido. Estava com tanta saudade daquela mulher e tantas duvidas que queria tirar.

Cerca de 20 minutos depois meu celular apita com a resposta da missionária. Ela aceitou me encontrar e enviou a localização do hotel em que estava para que a noite eu fosse lá. Não conseguia controlar meu sorriso de felicidade ao ler aquilo. Imediatamente sinto minhas bochechas corarem. Para não parecer tão emocionada, apenas confirmo com ela que irei encontra-la.

Aquilo me deu um up para levantar da cama e começar minha higiene matinal para em seguida sair de casa e começar os trabalhos.

· POV Rafa

Meu dia se iniciou cedo. Já era hora do almoço e minhas entrevistas finalmente tinham acabado. Na parte da tarde eu precisava encontrar com meus assessores para uma reunião e conversar com os coordenadores da ONG. Preferi fazer isso no hotel, já que de noite encontraria a Gizelly la mesmo.

Durante a reunião, apenas meu corpo estava presente, pois minha mente estava bem longe dali. Estava completamente ansiosa tentando pensar no motivo a qual a morena queria conversar comigo. Tinha tanta coisa entalada na minha garganta que eu queria dizer a ela, mas ao mesmo tempo eu não queria estragar minha amizade com a mesma.

Depois de horas tentando prestar atenção na reunião, finalmente ela chega ao fim e consigo observar pela janela o sol se pondo. A noite estava se iniciando e logo a capixaba estaria chegando. Sendo assim, levanto num pulo e vou para o banheiro me arrumar. Depois de pronta, deixo as luzes num clima ambiente e ligo a tv no youtube numa musica calma.

Como eu já tinha liberado a entrada da Gi na portaria, ela subiria direto. Ouço o barulho da campainha tocando e já corro para abrir a porta.

Eu fiquei paralisada com a imagem em minha frente. Arqueei as sobrancelhas, minha mão foi até minha boca. Eu estava sem palavras com aquilo.

Titchela você é maravilhosa mesmo. – Foi a única coisa que consegui dizer enquanto ia abraça-la.

Gizelly estava com um buquê de girassóis em uma mão e na outra havia uma sacola com chocolates e meu vinho favorito.

Eu estava com os braços envolvidos no pescoço da morena, enquanto Gizelly se desdobrava para abraçar minha cintura enquanto suas mãos ainda estavam ocupadas. Alguns segundos depois, a capixaba corta o silencio. - Vai me convidar pra entrar ou a gente vai ficar aqui na porta mesmo?

Solta um riso me desvencilhando do abraço abrindo caminho para Gi passar.

· POV Narrador

Rafa pega os girassóis da mão da amiga e coloca sobre o balcão que havia na pequena sala do quarto. Ela então observa o vinho na sacola e percebe que no quarto não há taças e teriam que tomar num copo normal mesmo.

A capixaba então com as mãos livre vai ate Rafa e a parabeniza pela vitória a abraçando novamente. Depois de alguns minutos, o silencio entre as duas começa a reinar. Elas nada falam, apenas trocavam olhares e sorrisos enquanto tomavam vinho e ouviam a música que tocava na TV.

Gizelly sabia que precisaria de álcool em seu corpo para poder perguntar a Rafa se ela sentia algo a mais, ou se era só amizade e o povo que fanficou demais fora da casa.

Com a garrafa finalmente chegando perto do fim, a advogada quebra o silêncio.

A mais baixa então olha para a morena de olhos claros chamando a sua atenção, quase que em um sussurro – Rafa... imediatamente Rafaella começa a encara-la de uma forma serena e então Gizelly toma coragem e pergunta: Aqueles olhares... que você me dava durante a festa... – as palavras saiam arrastadas pela boca da morna que começou a sentir seu coração descompassar enquanto tentava falar – Eu não sei como te perguntar isso sem parecer invasiva, então vou soltar de uma vez, ta bom?

Rafa apenas assentiu que sim com a cabeça.

Então finalmente Gizelly fala atropelando as palavras: Você tinha mesmo vontade de beijar minha boca ou era só fanfic do povo aqui fora?

Na hora as bochechas da missionária coraram. Ela não sabia o que dizer. Ela tinha muito pra falar, mas as palavras não saiam. Gizelly ficou incomodada com o silêncio que voltara para aquele cômodo e então levanta para pegar o resto do vinho que tinha na garrafa.

- Me desculpa Rafa, eu não queria te abordar assim, é so que... Rafaella se levanta e caminha até Gizelly cortando a frase da capixaba.

- Titchela...

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Ontem eu acabei bebendo e esqueci de publicar esse capítulo.

Se ninguém faz a ponte, Gizelly mesmo faz e é isso.

Perdoem os erros de português pelo caminho e não desistam de mim.