"todo amor precisa de um mistério" nomin

0.7

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[...]

— Obrigado mesmo, Han! Eu amei a conversa, e aquela cafeteria é ótima, com certeza vou voltar lá! – Jaemin sorria largo, com as bochechas já doendo de tanto que sorriu naquela tarde.

— Podemos voltar lá juntos, é o meu lugar favorito da cidade. Sempre vou pra lá quando estou triste, feliz, ou levo alguém especial pra um encontro...

— Então isso que nós tivemos agora foi um encontro, Choi Hanmin?

— É isso mesmo, detetive Na Jaemin.

Os dois caíram na risada. O clima ali na porta da delegacia estava ficando mais pesado, mas não era uma coisa ruim, só demontrava mais o quanto aqueles dois queriam um ao outro.

— Hm, enfim...Você quer ir em casa comigo? Provavelmente minha mãe fará janta, e você pode ficar, talvez possamos conversar mais um pouco, não sei. – O Na não queria sair de perto do Choi, era como se seu corpo pedisse e quase que implorasse por atenção do mais velho, precisava de sua companhia ali.

— Jae, olha, já está tarde, e eu não quero te atazanar mais. Eu realmente gostaria de ir, mas–

— Então vai!

A tarde dos dois havia sido incrível. Conversaram sobre diversos assuntos: jogos, séries, filmes, tipos ideais, como seria participar de um reality show, etc. Entre todas essas coisas, olhares tímidos e sorrisos bobos era o que mais deixava os dois rapazes envergonhados. Dificilmente Hanmin se atraía por pessoas tão rapidamente, mas Jaemin estava o cativando de uma maneira que nunca havia visto e nem sentido antes. Aqueles sorrisos sinceros, olhares brilhantes, palavras sempre redundantes e que faziam todo o sentido na cabeça do Choi. Aquilo poderia não ser amor, mas com certeza qualquer um que visse os dois juntos diriam que claramente estavam apaixonados.

— Obrigado por hoje, Jaemin, mas é melhor deixarmos pra outro dia. – Hanmin sorriu, o que amoleceu totalmente o coração do Na.

— A-ah, ok então. Nos vemos amanhã aqui na delegacia?

— É claro! Espera, tem alguma coisa na sua boca...

— O qu–

Jaemin nem conseguiu erguer sua mão para limpar a tempo, pois notou que o que tinha em sua boca naquele momento eram os lábios de Hanmin. Aqueles poucos segundos em um longo selar pareceram horas para os dois garotos ali, era incrível como o único som estridente em seus ouvidos era o de seus corações batendo na velocidade da luz, algo quase que remetente à sentimentos fortes já sentidos no passado dos dois.

— Ah, era a minha boca. – Hanmin disse após se afastarem, fazendo Jaemin se derreter mais ainda.

— Han, eu...acho que vou pra casa.

Ambos sorriram. Aquele estava sendo como aqueles momentos em que nos filmes de comédia romântica o casal percebe que eles estão apaixonados. Com tão pouco tempo conhecendo Jaemin ele poderia se considerar apaixonado? Provavelmente não. Eram sentimentos fortes, explosões dentro deles assim que viam o outro sorrir, mas eles poderiam considerar aquilo paixão?

— Até amanhã, Jae.

— Até amanhã, Han...

[...]

Hanmin se jogou em sua cama, sorrindo idiota de felicidade. Sinceramente? Não esperava que um simples café fosse levar os dois àquele rumo, era algo até impressionante. Choi nunca foi muito galanteador, sempre foi quieto, e esperava que os interessados se aproximassem de si. Não era como se existissem muitos, mas quando saía com Jeno para ir em festas noturnas de baladas – geralmente héteros por causa do amigo –, não se contentava em sair do local sem ao menos um beijo. Aquela iniciativa que tomou ao dar um simples selinho em Jaemin foi algo avassalador, e tinha certeza que a partir daquele momento não desistiria daquele garoto por nada.