The mother is in town

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Mary

- Pronto, os dois estão sozinhos em casa, Zabdiel e Erick saíram - Joel diz vindo até nós.

- Muito obrigado, meu querido - sorrio. - Vou ter uma conversinha séria com meus ex genros.

- Você tem certeza que não quer que eu fique, mãe? Eu aproveito e falo tudo o que está entalado na minha garganta.

Rio baixo. - Vá sair com seu namorado, minha filha - sorrio. - Sei que você quer defender a Sofia, mas deixa comigo, aproveite seu dia.

Ela sorri baixo e assente. - Tudo bem, mas qualquer coisa me liga, ok?

- Pode deixar, e Joel, cuida direitinho da minha Mel, estou de olho em você.

- Não se preocupe, dona Carter, cuidarei bem da minha linda - ele sorri.

- Eu acho bom mesmo - nós rimos. - E por favor, me chame apenas de Mary.

- Até logo, Mary - ele solta um riso baixo e vai até o carro com Mel dando partida em seguida.

Suspiro e caminho até a porta, toco a campainha e ouço um "já vai", checo meu celular e vejo uma ligação perdida de Sofia, prefiro não retornar porque sei que ela tentaria -mais uma vez- me impedir de falar com eles.

A porta é aberta por um rapaz moreno, se eu não estiver errada esse é o Richard.

- Pois não? - ele pergunta.

- Olá, você deve ser o Richard, certo? Eu sou Mary Carter, mãe da Sofia.

Sua postura muda e ele fica sério em seguida mas permanece em silêncio.

- Será que eu podia entrar pra conversar um pouco com você e o Christopher?

Ele parece pensar por alguns minutos mas assente e me dá passagem pra entrar. Peço licença e entro em sua casa dando de cara com Christopher saindo da cozinha.

- Oi... - ele ri meio confuso.

Antes que eu pudesse me apresentar, Richard me interrompe.

- Essa é a mãe da Sofia, Chris - ele fecha a porta e caminha até o sofá.

- Eu queria conversar com vocês porque minha filha contou tudo o que aconteceu.

- Com todo respeito a senhora, mas nós não temos mais nada com a sua filha e não queremos relembrar esse assunto - Chris diz se sentando.

- Eu não vim relembrar, eu só vim fazer uma pergunta. Vocês acham que essa atitude de vocês vai fazer essa dor diminuir?

- Não sabemos do que você está falando - Richard desconversa.

Me sento na poltrona e suspiro. - Quando a Sofia tinha quatro anos o pai dela nos abandonou - engulo em seco. - Eu descobri que ele me traía com a secretária dele, que hoje em dia é a mulher atual dele, e... Bom, na época eu não contei a verdade pra ela, eu não podia chegar numa criança e despejar o que realmente havia acontecido.

Eles me ouviam atentamente, eu sabia que minha filha nunca havia contado isso para eles, não por falta de confiança e sim por machucá-la, ela se fazia de durona mas ainda sofria com a ausência de Paulo.

- As épocas mais difíceis era o dia dos pais e o dia das crianças, o final do ano a gente sempre passava com a minha família então isso meio que distraía ela um pouco, mas nas outras datas eu só ouvia seu choro debaixo da janela.

Respiro fundo secando as lágrimas que caíam em meus rosto. - Cheguei a ligar pra ele, praticamente implorei pra ele dar um telefonema pra ela e ele se negou.

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