Capítulo 20

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Dizer que eu consegui dormir após ver o Marco tão próximo de mim novamente seria uma grande mentira

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Dizer que eu consegui dormir após ver o Marco tão próximo de mim novamente seria uma grande mentira. Minha mente está dando replay na imagem dele sorrindo diabolicamente naquele salão. A primeira coisa que imaginei foi que ele me arrastaria dali sem se importar com as pessoas que presenciariam a cena, mas estava enganada.  Marco apenas continuou a me encarar e eu podia ver o ódio estampado em seus olhos.

Adam foi compreensível e me levou para longe daquele lugar, mas, mesmo que ele tenha assegurado a minha proteção, sei que Marco não me deixará em paz até conseguir o que quer. Esse é o problema, eu não faço ideia de qual seja o objetivo dele.

A viagem de volta a Los Angeles ocorreu sem nenhum percalço, e quanto mais nos aproximávamos da casa do Adam, maior tornava-se a minha ansiedade em rever as meninas.

Olho de soslaio para Adam e ele me oferece um sorriso de lado. Eu sei que ele está preocupado com tudo o que está acontecendo, apesar de tentar demonstrar o contrário.

Compreendo que Adam tem as melhores intenções e está realmente disposto a me ajudar, mas sinto que eu deveria poupá-lo de tudo isso. Ninguém gostaria que uma bomba prestes a explodir aterrissasse em sua vida, no entanto, foi exatamente isso que eu fiz com ele. E saber que todos aqueles que eu aprendi a amar correm perigo me faz cogitar a ideia de desaparecer apenas para salvá-los. Marco ama me machucar e eu não quero que nenhum deles pague por um erro meu.

Assim que adentramos a sala de recepção corro ao encontro de Lucy. Foi tão fácil amá-la, que não consigo mais me imaginar sem a sua companhia. Lucy e Adam se alfinetam, deixando claro que nem tudo mudou, pelo menos até eles terem conhecimento dos acontecimentos recentes. Adam pediu minha autorização para falar com eles sobre o ocorrido em Amsterdã e eu a concedi.

Percebi a quietude repentina do Adam e já sabia o que viria a seguir. Ele queria que estivéssemos juntos para falarmos sobre o terrível encontro entre mim e Marco na festa, mas, como sou covarde demais até para isso, supliquei ainda no avião para que ele fizesse isso sem mim.

Estou me sentindo horrível por ter jogado o meu fardo sobre as suas costas, mas eu não conseguiria receber os olhares acusadores das pessoas  que deviam me amar até alguns minutos atrás. Agora eu não sei mais o que esperar, a vida deles pode estar em perigo e a culpa é minha. Eu atraí a atenção do Marco para as pessoas que me rodeiam, então eu sou a única responsável.

Estou sentada ao lado da cama, abraçando meus joelhos, com as lágrimas de culpa banhando o meu rosto. Sei que preciso me livrar dessa sensação, não posso deixar que ela me domine novamente, mas o medo apenas cresce a cada lágrima que insiste em cair.

De repente algo me vem à cabeça. Eu não verifiquei se Emma havia me respondido. Retiro o celular da bolsa que estava sobre a cama e carrego a página do seu blog. O que vejo me deixa surpresa, alegre por ela ter lido o que eu tinha a dizer e ao mesmo tempo triste por saber que nossas histórias são tão parecidas.

Um Encontro Inesperado (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora