Após permanecer dois anos em um relacionamento abusivo, Liz Price se encontra literalmente em um beco sem saída. Assombrada pelos fantasmas do seu angustiante passado e com as esperanças chegando ao fim, ela vai aprender com Adam Ross que nunca é ta...
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As horas se passaram lentamente enquanto eu esperava a chegada do Adam. Cada minuto parecia uma década, e minha ansiedade só aumentava. No entanto, ela chegou ao seu ápice quando Rachel enviou o email confirmando o dia e o endereço do encontro. Passei a tarde tentando me convencer de que Adam seria compreensível, pois se importa com o que é melhor para mim, mas as lembranças em relação ao Marco me fizeram perder totalmente o fio de segurança que ainda me restava.
- Liz, tem certeza que não quer que eu sirva o seu jantar? – Lucy chama a minha atenção entrando na sala. - Não vou conseguir enquanto não falar com o Adam.
- Você está prestes a abrir uma cratera no chão, querida.
Só então percebo que estava andando novamente de um lado para o outro, nervosa.
- Você não acha que ele está demorando demais? – Indago, tamborilando na parte traseira do celular.
Lucy sorri compreensiva, segurando minhas mãos para que eu parasse de mexê-las de maneira frenética.
- Eu acho que você deveria se acalmar. A sua segurança é importante, mas isso não significa que a sua felicidade deva ficar em segundo plano. Tenho certeza que o menino Adam pensa da mesma forma.
Não consigo evitar que um sorriso esperançoso se instale em meu rosto. Preciso lembrar a mim mesma que Adam é totalmente diferente do Marco.
Adam chegou por volta das onze horas da noite, mas, mesmo que Lucy houvesse insistido para eu me recolher, optei por esperá-lo. Não queria deixar a conversa para o dia seguinte.
A sala estava completamente escura e ele fica surpreso ao acender a luz e me encontrar deitada em seu sofá. Sento imediatamente, meus olhos tentando se acostumar com a claridade. Minha atenção vai de Adam para a sacola com a marca de joias da Tiffany&Co que ele traz consigo.
Sorrio tímida e no instante que percebe para onde eu estava olhando ele esconde a sacola atrás das costas.
- O que faz acordada até agora? – O tom de voz não é gentil e muito menos preocupado, na verdade, assemelha-se a forma fria como me tratava quando tentava me evitar.
- Você está bem?
- Só estou um pouco cansado. Não imaginava que tanto trabalho se acumularia em apenas duas semanas.
E não imaginava que um furacão fosse deixar a sua vida de ponta cabeça, acrescento mentalmente.
- Não respondeu a pergunta, Liz.
- Ah... claro. B-bem, e-eu...
Adam larga a sacola sobre a mesinha do centro e se aproxima, colocando as mãos no meu rosto.
- Você está bem? Marco Whilder fez alguma coisa? – Pergunta nervoso, percorrendo as mãos pelos meus braços em busca de algum sinal de agressão.
