Capítulo 5

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Dormi por algumas horas, o que, na verdade, pareceu um cochilo de cinco minutos

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Dormi por algumas horas, o que, na verdade, pareceu um cochilo de cinco minutos. Meu olho percorre o quarto, de parede e mobília escuras, parando no relógio que marca 9:45 da manhã. Ótimo, estou na casa de um estranho e ainda durmo até tarde como se fosse uma princesa, que bela primeira impressão estou dando.

Levanto rapidamente e sinto uma dor muito forte nas costelas, o que me faz gemer e sentar na cama novamente.

A porta do quarto é aberta e vejo uma mulher por volta de seus 55 anos, alta e pele clara, adentrar com uma bandeja em seus braços, colocando-a sobre a escrivaninha. Com um sorriso radiante, capaz de iluminar a cidade inteira, ela puxa as cortinas de cor preta para o lado e abre as enormes portas de vidro, permitindo que os raios solares executem seu trabalho. Eu apenas observo tudo atentamente.

- Bom dia! - Diz ainda sorrindo.

- É... Bom dia - digo hesitante.

- Não tenha medo de mim, não vou te machucar.

Ela senta ao meu lado e segura minhas mãos machucadas, porém com curativos... feitos por eles, creio eu.

- Isso não passou pela minha cabeça. - Sorrio timidamente.

- Não a julgaria se tivesse passado.

Ela acaricia minhas mãos e me olha como se esperasse uma resposta, mas apenas desvio o olhar.

- Bom, sou Lucy e vou ajudar no que você precisar. Eu sou a cozinheira da casa, mas o menino Adam não confia em outra pessoa para cuidar de você tanto quanto em mim.

A única coisa que consegui filtrar de sua fala foi o nome Adam. Tenho quase certeza que é assim que ele se chama. Na verdade, ele tem muito cara de Adam.

- Terra chamando. - Diz estalando os dedos para chamar a minha atenção.

- Desculpe-me, o que disse?

- Seu nome, quero saber como se chama. Não acho certo chamá-la de gata borralheira, assim como o Adam.

- Liz. Chamo-me Liz. - Digo ainda processando o que ela acabou de falar. - Espera, Gata borralheira? Ele me chama assim?

- Sim. - Responde sorrindo. -Mas não precisa dizer que eu lhe contei quando se encontrarem.

- Acho que isso não vai acontecer, eu preciso ir embora - afirmo apressada.

- Não posso permitir.

Encaro-a descrente. Qual o problema comigo, forças do além? Em todo lugar que eu vou sou tratada como prisioneira.

- O quê? - Indago confusa.

- Ele me deu ordens para não a deixar sair dessa casa sem seu conhecimento.

- Vocês não podem me prender aqui. - Protesto.

- Você tem um lugar onde possa ficar segura?

Eu sou uma péssima mentirosa, por isso não consigo inventar uma desculpa esfarrapada para Lucy. Mas não posso me julgar, mentir nunca foi um dos meus melhores dons.

Um Encontro Inesperado (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora