Uma breve conversa no escritório.
- Eu amo esses charutos cubanos. Fuma?
Andrew olha para a fumaça, para Peter.
- Não.
- Deveria. Vai acalmar os ânimos.
Uma olhada na pasta de Andrew. Uma pergunta.
- Como vai o caso?
- Esse garoto, Erik. Parece que viajou junto com os jovens, mas ninguém deu queixa sobre ele. Um amigo talvez. Ninguém.
- Já tem o endereço dele?
- Sim, vou lá depois do almoço.
- Claro!
Peter olha para seu amigo.
- Ei, pega leve. Estou preocupado com você.
Andrew se levanta para ir.
- Estou bem Peter.
- Não está e toda vez que alguém se preocupa, você quer fugir. Deixe as pessoas ajudar você Andrew.
- Eu não preciso de ajuda.
- Tudo bem. Seu teimoso filho da mãe.
- Eu preciso ir.
- Leva sua bunda magra pra fora do escritório.
- Também te amo Peter.
Toca o interfone.
- Sra. Willians?
- Sim, quem é? - Uma voz idosa. -
- Aqui é o detetive Hawks, gostaria fazer umas perguntas sobre Erik Lonescu, tudo bem?
- Erik? Ele voltou? Ele me deve o aluguel.
Abaixa a cabeça e pensa alto. - Ótimo, isso vai dar muito certo. -
- Ah, não. Mas eu gostaria de fazer umas perguntas sobre. A Sra. pode me receber.
A porta é destrancada de longe.
- Entre, entre. Vou buscar um suco para o senhor.
- Não precisa Senhora Willians, estou bem.
Ignorado.
- Você parece com meu falecido marido quando era jovem. - Diz enquanto anda até a cozinha. - Aqui, de laranja. Acabei de fazer.
Um gole. Sem açúcar.
Agora sentados.
- Está ótimo, obrigado.
- O que quer saber de Erik, ele sumiu.
- Bom, quero saber o motivo do desaparecimento dele. Então, com quem ele andava, se alguém da família procurou ele. Algo assim.
- Oh, Erik só vinha para cá com os amigos. Tinha o menino bonito, acho que era Phillip o nome. Tinha o Paul, ele me fazia rir e tinha o Fabrice, ele era, você sabe.
- Gay?
- Negro.
- Entendi - Respirou fundo. -
- Os 3 anos que morou aqui, nunca vi ninguém da família procurar por ele.
- E como pagava o aluguel?
- Eu não me importo de onde vem o dinheiro, desde que pague o aluguel. O senhor vai me pagar o aluguel que ele me deve.
- Não senhora.
- Oh, droga. Então essa conversa é perda de tempo.
- Ele por acaso disse a senhora de onde veio.
- Sim. Aquele sotaque ela estranho e me dava nos nervos. Ele era da Romênia ou Suécia. Um dos dois.
- Ele costumava viajar para lá?
- Ele foi algumas vezes. Uma vez me trouxe um presente.
A senhora se levanta e vai até sua estante. Pega uma pedra. Nela está um desenho, de tinta vermelha. Rabiscos estranhos.
- Eu nunca entendi o que esse símbolo queria dizer. Ele me disse que significava sorte.
- Posso tirar uma foto?
- Claro.
Feito.
- Senhora Willians, agradeço pelo tempo da senhora.
- De nada meu jovem.
Hawks, volta ao seu carro. Anotações feitas. Ele pensa.
- Tem algo de errado com esse garoto.
Escuro.
Barulho de correntes.
Uma luz.
Uma silhueta.
Arrancam o pano preto.
Agora se pode enxergar.
- NÃO! POR FAVOR! NÃO!
Arrastado pelos cabelos.
Amordaçado.
É noite.
Frio.
Grama.
Um tronco de madeira.
Amarrado.
Espancado.
Acertaram o ouvido.
Visão turva.
Palha.
Fogo.
- Não.... Não... Ahhh..... NÃO.... AAAHHHHH!
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A Busca
Mystery / ThrillerQuatro jovens americanos estão desaparecidos e um detetive que enfrenta sérios problemas tenta resolver o caso.