A Busca

Capítulo 7 - Vamos cair fora dessa!

Hawks vai ao aeroporto.

- Detetive Hawks, seja bem vindo. Meu nome é Thomas Kinsey, sou diretor do aeroporto. Recebemos sua ligação mais cedo, me acompanhe até minha sala.

Sentados um de frente para outro, numa pequena sala que serve de escritório.

- Em que posso ajudar o senhor detetive?

- Gostaria de ver algumas imagens de segurança e registros de embarque de alguns passageiros.

- É claro. Quais são os nomes?

- Esses aqui.

Os nomes estão em uma folha.

- Só um minuto. - O homem digita em seu computador. - Aqui consta que eles  embarcaram no dia 9 de julho, ás 13:47h. Avião decolou ás 14:07h.

- Algum registro do retorno deles?

- Só um minuto.

Mais uma pesquisa.

- Não, nenhum registro. 

- Existe algum registro em que possa verificar em todos os aeroportos?

- Sim, você sendo policial consegue sim.

- Posso verificar as câmeras agora?

- Claro.

Agora estão na sala das câmeras. Alguns assistentes da segurança auxiliam o detetive e o diretor.

- Puxe as filmagens nesta data e horário, no portão 8.

- Ok, é pra já.

Alguns segundos analisando as imagens.

- Aqui, esses são os garotos. Inclusive ele.

Aponta para Erik.

- O que tem ele?

- É confidencial. 

No lado de fora do aeroporto, Hawks está em seu carro. Ele liga para Peter.

- Oi.

- Peter é o Hawks.

- Diga.

- Preciso que você cheque os registros dos aeroportos dos Estados Unidos, pra saber se os meninos voltaram por outro lugar. Inclusive Erik.

- Ok, vou fazer alguns contatos. Te ligo em uma hora.

- Tudo bem!

Desliga o telefone.

Andrew abre sua pasta onde constam algumas anotações e vê a foto daquela pedra pintada. Ele pensa, fecha a pasta  e liga o carro.

A loja de antiguidades é o seu destino. Ele entra no loja e procura por algo que possa ser familiar. Anda devagar por cada corredor.

- Em que posso ajudar senhor. - É abordado por um velho. - 

- Oh, bom dia. Estou só olhando se eu encontrar algo eu aviso o senhor.

- Tudo bem, fique a vontade. 

Mais uma caminhada pela loja. Nada parece interessante. É hora de ir.

- Na verdade eu gostaria fazer uma pergunta. Tem algum restaurante ou lanchonete aqui perto?

- Ah sim, tem uma lanchonete a duas quadras daqui que serve almoço por um preço em conta.

- Obrigado!

Hawks decide ir a pé mesmo. Duas quadras parece perto. 

Mas antes uma parada numa banca de jornal.

- Cigarro por favor.

- Três dólares.

Paga o homem.

- Aqui está o troco.

- Tem fogo? - Hawks pergunta. -

- Claro.

O homem se inclina com isqueiro. Hawks vê uma tatuagem no ante-braço do rapaz. É o rabisco. O desenho. Sacrifício.

- Tatuagem interessante.

- Oh, uma besteira de faculdade. 

- Aposto que é uma boa história.

- Nem tanto. Eu e um amigo ficamos de porre e um escolheu a tatuagem que o outro faria. 

- Escolheu uma boa pra ele? - Hawks finge olhar umas revistas masculinas.

- Ah sim, o nome da nossa professora mais chata, dentro de um coração.

Dessa vez Hawks ri com sinceridade.

- Ainda são amigos? 

- Não, ele e uns outros caras da faculdade viajaram pouco antes da formatura. Ele queria muito que eu e minha namorada fôssemos, mas ela não ficou nem um pouco a vontade. Não ia muito com a cara dele.

- Mulheres, não é? 

- É. Eu queria ir, ele tinha uns parentes lá, tipo numa fazenda. 

O rapaz observa Andrew mais atentamente. Continua a conversa.

- Ei, é policial, certo?

- Sim. Andrew Hawks.

- Lucas.

Apertam as mãos.

- Sabe, eu e minha namorada não falamos mais sobre isso porque nos rendeu uma briga feia na época. Mas, toda essa coisa de fazenda no meio do nada, em outro país, com amigos que nem são tão próximos assim e mais o lance da tatuagem. Ele tinha um colar com esse mesmo símbolo. Tudo isso pareceu meio estranho. Minha garota é meio sensitiva com essas coisas. Quando Cosmin me convidou pela última vez, ela me olhou e, sabe como é, aquele olhar que nem precisa dizer mais nada, estava gritando "vamos cair fora dessa". 

- Esse é o nome dele? Cosmin?

- Isso, Cosmin. Cosmin... Lonescu, ou algo assim.