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— A carência realmente mexe muito com as pessoas, não acha? – Hyunseok disse em meio a risos, levando a garrafa da cerveja gelada até seus lábios. – Tudo isso tá' sendo novidade pra mim. Logo você, o grande Kim comedor destemido.

— Hyun, não é pra tanto. – O ruivo revirou os olhos numa expressão tediante, irritado por tantos adjetivos desnecessários que acompanhavam seu nome. A verdade é que pouco se importava pra toda aquela sua faminha, sequer sabia quem havia espalhado tantos boatos assim sobre sua pessoa, mas naquele momento era irrelevante. – O garoto é complicado.

Complicado demais.

Taehyung odiava com força seu chefe pelo tratamento abusivo que, não só ele como outros funcionários do estabelecimento, sofria. Eram sempre gritos e humilhações gratuitas, cobranças desnecessária e turnos extras extremamente cansativos, fodia com a sanidade de qualquer um. O Kim apenas não havia mandado tudo pra casa do caralho porque tinha se mudado recentemente para um apartamento novo, e precisa dividir os custo com Hyun, atualmente um de seus melhores amigos.

Se o Jeon mais velho o tratava assim na empresa, sequer conseguia imaginar o inferno que era a vida de Jungkook.

Não queria causar problemas ao garoto, entretanto, aquele beijo momentâneo naquele banheiro sujo, fez algo consigo.

Mas porra, nunca havia se importado com seus ficantes e com as pessoas com quem havia transado casualmente. Por que Jeongguk o intrigava tanto?

Acreditava que guardou detalhes demais do garoto e se envolveu mais do que deveria.

Mas mesmo se quisesse ter algo com o mais novo, sabia que seria uma merda já que a vida de Taehyung é uma merda e Jungkook merecia coisa melhor.

— Acho que você precisa se animar. – Hyun jogou um pequeno pacote com um pó esbranquiçado dentro dele. – Vamos dar uma festa cara, precisamos inaugurar aqui com chave de ouro. – Kim analisou o pacote e deduziu que era cocaína, sabia que aquilo era uma merda, que estava se jogando de cabeça em um poço sem fundo, mas estava tão mal e tão fodido, que precisava de algo que lhe faça bem, mesmo que momentaneamente. – Comprei com o Minseok, ele é policial, faz a apreensão e revende pro pessoal por um preço bem mais acessível.

— Que merda cara. – Falou desanimado, mas policiais corruptos era comum até. – Mas sobre essa festa... Quantas pessoas irão vir? – Abriu o pacote delicadamente, se sentando no chão em seguida. Despejou alguns gramas do na mesa de vidro e abriu sua carteira, retirando um cartão de crédito aleatório que estava dentro desta. Separou então em três carreiras finas, o suficiente para lhe fazer bem, mas lhe destruir na mesma intensidade.

— Não sei ao certo, umas 50, não quero tanta gente. – Tomou o último gole da cerveja e a colocou na mesa de centro. – Vai cheirar de carreira cara? Você tá mal mesmo.

— Antidepressivo é absurdamente caro.

Taehyung acabou com a primeira carreira em questão de segundos, coçando o nariz e se preparando para ir direto pra segunda. Tapou sua narina esquerda e inalou com a direita, sentindo a ardência queimar seu nariz por inteiro. Mesmo sendo um puta esteriótipo de badboy, sua vida era uma completa merda. Sua família era um inferno, saiu de casa aos 17 anos e se aventurou no mundão, querendo um pouco de paz e fazer as coisas do seu jeito.

Sua mãe alcoólatra e manipuladora, roubou todos os bens do pai do ruivo num processo após do término do casamento, se baseando em mentiras e falsas acusações. Taehyung gostava tanto de seu pai, mas infelizmente um tempo depois o pai do mesmo morreu em um acidente de moto, deixando o garoto completamente devastado.

pure ;; [kth + jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora