Part I - Uma pequena mas grande ajuda

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Nota do autor: Oi gente, postando essa fanfic no dia do meu aniversário como um presente para mim no final, sabe? Bom, espero que todos gostem, e eu não sei especificamente quando irá ter atualizações, mas não vai ser atualizações diárias, tudo bem? Era só isso, beijinhosss

Baekhyun enfiou os dedos nos cabelos bagunçados, puxando os fios com força enquanto o fone continuava pendurado no pescoço, o grito sufocado na garganta o fazendo se encolher as pernas sobre a cadeira confortável. Sentia que poderia matar alguém a qualquer instante, e esse alguém morava no andar de cima.

Respirou fundo, soltando os cabelos e jogando a cabeça para trás, os berros desesperados da criança ecoando pelos quatro cantos de seu apartamento, fazendo a cabeça latejar ainda mais enquanto a música irritante do jogo continuava alta nos fones. Não poderia ser, era algum tipo de brincadeira insuportável ou um sonho muito ruim que estava vivendo a dias. E quando dizia dias, significava que já tinha perdido completamente a conta de quanto tempo estava naquele inferno. Voltou a enfiar os dedos nos cabelos lisos, mais um grito da criança o fazendo revirar os olhos, estes que estavam com olheiras inchadas por não conseguir dormir direito. E não culpava a criança, em momento nenhum culpou ela, apenas culpava seus pais, que pareciam estar matando a mesma a cada segundo do dia.

Tirou os fones de ouvido, jogando-os em cima da mesa bagunçada enquanto via o LOSER brilhar na tela, o fazendo levantar da cadeira irritado, caminhando pelo apartamento pequeno até o próprio quarto. Vestiu o primeiro moletom grosso que viu pela frente e verificou se não estava fedido, passando as mãos pelos cabelos novamente, numa espécie de hábito. Voltou a andar pelo apartamento, cada passo ecoando do mesmo jeito que os passos pesados da pessoa que vivia no apartamento de cima faziam no seu apartamento, fazendo-o ficar ainda mais irritado enquanto abria a porta, calçando as pantufas antes de bater a mesma atrás de si, caminhando irritado até o elevador.

Apertou o botão do elevador algumas vezes, querendo que o mesmo chegasse mais rápido do que normalmente acontecia. Entrou sem ao menos esperar as portas de metal se abrirem por completo, voltando a apertar com força o botão do andar de cima, observando as portas se fecharem lentamente antes do elevador começar a subir. Nem ao menos estava pensando direito, estava irritado demais com os pais daquela criança e sentiu o coração apertar pela primeira vez por causa de um choro desesperado da pequena criança. Não queria se intrometer, mas já tinha ligado muitas vezes para o porteiro, pedindo para ele informar aos moradores do andar de cima que eles estavam atrapalhando; mas como o porteiro do prédio tinha coração mole, não foi de se admirar que ele respondesse: "Dá uma chance para o menino, ele é novo nesse papel, daqui a pouco as coisas acalmam". A voz velhinha continuava a ecoar pela cabeça do psicólogo, o fazendo respirar fundo mais uma vez antes de sair do elevador.

Lembrava-se dos estágios, quando teve que atender algumas crianças. Era bom com elas ao ponto de se especializar em uma área voltada para as mesmas. Mas não era uma pessoa que sabia cuidar de verdade de uma criança. Era bom em entendê-las, em observar, e não em criar uma, trocar fralda e alimentar; não entendia por que diabos estava ali realmente, mas seguiu até o apartamento que ecoava o choro alto. Encarou a porta simples como a do seu apartamento, ouvindo outro grito da criança antes de levantar a mão até a campainha, apertando o botão com calma, ouvindo a música tocar e fazer o choro da criança parar no mesmo instante.

Esperou que com aquilo, a pessoa que estivesse do outro lado da porta fosse lhe atender, mas continuou ali, parado, em silêncio por alguns minutos esperando uma resposta que veio em forma de choro, este que voltou a ecoar por todo o corredor. Baekhyun olhou para os lados, aquele era o último andar do seu prédio, e sabia que quase todos que moravam ali trabalhavam o dia inteiro, mas como estavam de férias, esperou que algum vizinho saísse do seu próprio apartamento e fosse ver o que estava acontecendo, mas nada aconteceu. Tocou a campainha novamente, o choro aumentando e fazendo Baekhyun arregalar os olhos assustado com o grito que a criança deu. Bateu na porta com força, finalmente ouvindo os passos vindo na direção da porta. Cruzou os braços assim que ouviu a senha ser digitada e a porta ser aberta com tudo, revelando para Baekhyun a visão da pequena menina nos braços de um homem, ela não chorava mais.

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