Talvez aquela fosse a décima vez que estivesse de cara com uma fralda suja de cocô. Tudo bem que quando trocou seu sobrinho naquelas poucas vezes, ele não estava berrando como a pequena Joy fazia, e nem ao menos estava cagado até a nuca como a menina estava.
Tinham voltado do supermercado e tudo parecia estar bem demais, estava tudo calmo dentro do carro, mesmo que Baekhyun não estivesse sentindo os braços até colocar a filha de Park na cadeirinha, e que estava com a mente bem perdida, não querendo falar direto com Chanyeol depois do que tinha acontecido - não era sempre que você passava vergonha com um homem bonito. E mesmo com os dois não se falando, tudo estava bem, Joy parecia quieta demais mesmo depois de acordar, mas assim que estava chegando perto do prédio onde moravam, tudo pareceu mudar, principalmente pelo cheiro e o começo do choro da menina do Park. E o professor quase entrou em desespero quando notou o cheiro. Um desespero tão grande que fez o psicólogo olhar assustado para o tatuado, tentando entender o que acontecia, sendo que ela só estava cagada.
— Qual é o trauma que você tem na questão de trocar uma fralda? — Byun perguntou baixo, tentando não soar preocupado para não piorar o choro fraco da menina. Joy já tinha arrancado a touquinha e o rosto começava a ficar vermelho, ela se mexia desconfortável, quase igual o pai, que apertava o volante e fazia uma careta para o cheiro.
— A última vez, eu não percebi, ela ficou toda assada, ainda está — o professor contou com um tom de culpa na voz, olhando pelo retrovisor a filha que se mexia na cadeirinha, desconfortável. — E ela tá sentada, provavelmente vem uma bomba, e ela não vai parar de chorar.
— E você não levou para o médico? — Baekhyun perguntou finalmente olhando para trás, nem ao menos vendo o pai de Joy dar de ombros nervoso demais, o choro tão conhecido enchendo todo o carro, fazendo o professor se encolher atrás do volante, os olhos preocupados chamando atenção do psicólogo, que esticou a mão para encostar no pé da menina. — Já estamos chegando, não precisa chorar — tentou falar do jeito mais calmo que conseguiu, vendo a pequena Joy molhar as bochechas com o choro. Ela também estava com medo, dava para perceber, tirando que poderia estar machucando.
Chanyeol estacionou o mais rápido que conseguia no estacionamento do prédio, abrindo a porta do carro e indo até a filha, que chorava desconfortável, ainda com a mão grande do vizinho em seu pé. Baekhyun tirou a mão da menina quando Park abriu a porta para pegar a filha, fazendo uma careta quando pegou a mesma no colo, a expressão de nojo tirando uma risada baixa do menor, que se aproximou; naquele momento, nenhum deles estava se importando para as compras no porta-malas.
— Acho que temos uma emergência, da cor vermelha, daquelas, que eu vou precisar de ajuda mesmo — Chanyeol disse esticando a filha para longe do corpo, segurando a mesma pelos sovacos, fazendo uma cara de novo, quase como se fosse vomitar enquanto virava a menina para Baekhyun, que estava encostado no carro. — Eu vou queimar as roupas dela — Park desesperado, ouvindo a risada do seu vizinho, que entendeu o que tinha acontecido no exato momento que viu as roupas de Joy. Não era normal ver aquela cor marrom nas roupas limpas, e nem o cheiro forte que vinha da criança, que não chorava mais olhando para o pai. — Você vai me ajudar — decretou assim que voltou a olhar para Joy, que fazia um bico nos lábios pequenos.
— Chanyeol, ela só se cagou — Baekhyun respondeu baixo, se desencostando do carro para pegar a menina, a segurando pelas pernas e encarando o loiro de perto. — Vai pegar a mala dela, depois eu venho buscar as comprar — abriu um sorriso pequeno, dando as costas para o professor que ainda tinha aquela expressão de nojo, caminhando até o elevador, indo para o apartamento que já estava ficando muito conhecido.
E agora estava naquele momento, respirando fundo, e longe da menina, para poder pensar no que fazer, o choro dela lhe dando ainda mais dor de cabeça.
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Joy's House
FanficBaekhyun nunca esperava naquelas férias, era que ao invés de passar do jeito que sempre passava, jogando e colocando o seu sono em dia, estaria preso no apartamento de cima, ajudando um punk idiota a cuidar de uma bebê que tinha uma risada muito gos...