Bad Reputation 2- ruggarol adaptação

Capítulo 24

Karol Sevilla

— O que? -foi a única coisa que eu consegui dizer.

Minha garganta está doendo, parece que o mundo parou de girar. Tudo está em câmera lenta.

— O Matt sobreviveu, Querida, ele tá vivo! -falou a mãe do Matt.

Mais coisas foram faladas, mas eu estava em choque.

Matt tá vivo.
Matt tá vivo.
Matt não está morto.
Meu amigo está vivo.
Ele está vivo.

— Karol, está me ouvido? -eu não consigo distinguir quem estava falando comigo.

Minha cabeça, minha garganta, meus corpo.

Tudo dói.

Matt tá...

— KAROL! -foi a última coisa que eu escuto antes de apagar.

Flashback on

— Para de ser medrosa, Karol! - dizia Matthew rindo da minha cara.

— MATA! MATA! MATA A BARATA! -digo quase chorando.

Era cômico ver uma garota de 15 anos na cara gritar feito louca em cima de uma cadeira por causa de uma barata. Mas eu sou assim.

— Calma, já matei ela! -ele diz rindo e vindo me pegar no colo, quando me pega, abraço seu pescoço e entrelaço as pernas em sua cintura, e escoro a cabeça em seu ombro.

— Calma, está tudo bem agora. Tudo irá ficar bem. -diz ele enquanto acaricia meu cabelo.

O que está acontecendo comigo?

•

— Karol Sevilla! -chama-me Matt. — EU QUERO ATENÇÃO...! -diz ele se deitando por cima de mim e eu rio de seu drama.

— Sai seu gordo! -digo rindo.

— Não vai dar atenção pro bebê? -pergunta ele.

— Que bebê, seu maluco? -pergunto para Matthew e ele logo responde.

— EUUUUU!

•

— Eu te amo, sua nanica! Feliz aniversário! -diz ele.

Finalmente completei 16 anos

— Obrigado, Matt! -digo enquanto ele me abraça. — Mas se você não me soltar, irei morrer no dia do meu aniversário. -digo quase sem ar e ele se afasta rindo.

— Promete uma coisa? -pergunta ele.

— O que? -pergunto.

— A gente nunca vai se separar! -diz ele levantando seu dedo mindinho.

— Prometo. -afirmo.

— Sempre e para sempre.

— Sempre e para sempre.

•

Ótimo!

Estava com medo, odeio ficar com medo!

Mas que tipo de adolescente sou eu que não consegue dormir fora de casa, se não for a do Matt?

Grito frustada.

Está noite. Escuro. Frio. E eu estava apenas com um pijama.

Ligo para Matt só que caiu na caixa postal. Droga.

Ligo para Michael que também caiu na caixa postal. Caralho.

Ligo para minha mãe que logo atende. Gloria a Deus.

— Alô? Mãe? A senhora pode vir me buscar? Estou na rua perto da lanchonete do George. -digo.

— Posso sim, meu amor. Está tudo bem? -pergunta ela preocupada.

— Está sim, só não quero posar na casa da Fernanda. Não gosto dela.
–respondo.

— Então por que aceitou posar? -perguntou ela.

— Não sei. -respondo.

— Já estou indo, filha, se cuida, eu te amo, ok? Sempre irei te amar.
-fala ela.

— Por que está falando desse jeito mamãe? -pergunto preocupada.

— Por nada meu amor, eu te amo. -diz ela.

— Também te amo.

•

Eu não acredito que ela se foi.
Todos os amigos e a família estava aqui.
Todos choravam e se abraçavam.
Todos me abraçavam e falavam o quanto minha mãe era incrível.
Eu sei porra, ela é a minha mãe!

— Sinto muito, Karol. -falou a pessoa que eu mais desprezo no mundo. Ruggero.

—Seria muito melhor se não sentisse, Ruggero. -digo fria e o deixo ali e saio para perto do Matt.

— Tudo irá ficar bem, estrelinha. -diz e me abraça.

Se eu não tivesse sentido medo.
Se eu não tivesse ligado para ela.
Se o Matt ou o Michael tivessem atendido minhas ligações... ela poderia estar viva.

•

Eu afastei o Matt de mim.
Michael.
Meu pai.
Eu afastei todo mundo.

Talvez o sempre e para sempre não dure. Mas sempre lembrarei que o Matt foi e sempre será meu melhor amigo.

A pessoa a qual afastei.
Eu sou uma estupida mesmo.

Mas não irei voltar atrás.

•

Talvez nem todas as histórias começam com um "era uma vez..."

Meu mundo não é cor de rosa, aliais odeio rosa.
Meu mundo não é de uma princesa que é salva pelo príncipe. Sinceramente, meu mundo é um completo branco e preto, as cores no meu mundo sumiram, a graça sumiu. A minha vontade de viver sumiu.

Mais um pra vocês, porque eu amo vocês.
talvez eu poste mais um.... :)