O diário

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Uma pequena mesa, perto de uma lâmpada embutida. Me chamara atenção, fui até ela. Olhei para o gato, e ele estava olhando debaixo de umas outras mesas. Atrás de rato? Talvez. Olho para a mesa, tinha uns papéis, tão velhos que tive medo de pegar, e acabar rasgando... Mas um em particular me chamou a atenção. Peguei cuidadosamente e fui desdobrando ele, não dava para ler muito bem o que estava escrito... Mas percebi que se tratava de uma escrita antiga.

Quando finalmente consegui desdobra-lo, por completo, pude ler, ou quase, o que estava escrito:

" Quando se abrir pelo dia, nada deverá ser"

" Pela noite que o completa, você deverá ver"

- Você deverá ver? - sussurrei a mim mesma. O que isso significa? Quando fui tentar ler o resto, percebi que, o que deveria completar o que parecia um poema, estava faltando... Voltei meus olhos para a mesa, a procura de uma metade, mas, o que eu achei foi algo mais intrigante.

No canto da velha mesa, estava um pequeno caderno, para ser mais exata, parecia um diário, velho e empoeirado, estendo minha mão para pega- lo. Não tinha nome.Nada. Nenhuma identificação. Apenas um caderno nele, que por sinal, estava fechado.

- Ótimo agora onde está a chave? - pergunto a mim mesma.

- Bom se isso estava aqui. Claramente vai haver alguma chave - respondeu o gato a mim, sem se importar se a pergunta foi feita para ele ou não.

Então, me dou conta que estava muito tempo alí... Meus pais já deveriam estar preocupados. Pego o pedaço de papel e o tal diário e alerto o gato.

- Precisamos ir, meu pais já devem estar preocupados - aponto para o espelho. O gato apenas disse: - tá bom , mas ficarei atento.

- Tá bom, agora vamos - vou em direção a saída e toco a parede, e o que aconteceu antes, acontecera agora... Minha mão atravessou a parede /espelho (por dentro)

Coraline - O Retorno da bela damaOnde histórias criam vida. Descubra agora