II - Aonde o inesperado acontece

4.4K 379 226
                                    

ACORDEI NO CORAÇÃO DA floresta de Mystic Falls

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ACORDEI NO CORAÇÃO DA floresta de Mystic Falls. O sol batia contra minha pele e esquentava o corpo nu. Ontem foi noite de lua cheia e consegui controlar minha sede de sangue, o que é um alívio.

Me levantei do chão gelado, coberto por folhas de árvores que caíram por causa do outono, e fui até a pedreira em que deixei minhas roupas limpas. Não gosto de perder uma blusinha a cada lua cheia. Coloquei uma camisa grande e preta que ia até o meio da coxa e caminhei lentamente até o carro. Joguei a grande bolsa no banco de trás e ouvi o barulho de correntes se chocando. Parti rumo ao apartamento para tomar um longo banho e tirar esse cheiro de terra que sempre fica impregnado na pele. Liguei o rádio e cantarolei baixinho a música Bartholomew dos The silent comedy.

Estava um pouco aliviada por não ter matado ninguém essa noite, isso já era um progresso, mas sempre que consigo progredir, tenho uma recaída e o arrependimento volta com tudo. É horrível, me sinto culpada e fujo para outra cidade, sempre foi assim. Sou uma covarde mais não consigo evitar. Nunca matei uma criança inocente ou algo assim mas sempre que acordo no meio de uma floresta, coberta de sangue e rodeada por corpos dilacerados, só consigo fugir. O pior de tudo é que depois da carnificina eu me lembro, lembro do meu prazer ao arrancar os membros das pobres vítimas. O único meio de me livrar dos corpos são reduzindo-os a cinzas, porque de certa forma quando vejo-os queimar, é como uma borracha em que apago o arrependimento e a culpa. Fingindo que nada aconteceu. Isso é terrível e psicótico, mas é necessário.

○•○🌙○•○

- Você já fez algum amigo? Sabe o que aquele grupo de sobrenaturais tanto esconde? - perguntou Veronica do outro lado da linha enquanto eu mexia o brigadeiro que fervia na panela.

- Na verdade não.

- Meu Deus Catarina! Você está aí a mais de um mês.

- Não me julgue - fiz uma careta na direção do telefone mesmo sabendo que ela não veria. - As pessoas daqui são estranhas. São todos narcisistas e sem contar que consigo sentir o cheiro de sangue a quilômetros. Tem vampiro brotando até do bueiro aqui.

- Não sei se você sabe mas é para isso que serve a mordida de lobisomen.

- Você está sugerindo que eu morda o meu parceiro de química?

- É lógico! Ou sei lá, torture-o até ele falar a verdade.

Gargalhei alto. Sabia que ela não estava brincando mais não sou louca o suficiente para torturar o Stefan. Por mais que ele seja um vampiro sangue-suga ainda é um cara legal. Nessas últimas semanas descobri o segredinho dos irmãos Salvatore. Porém isso não é muito relevante já que estou tentando ao máximo ficar longe de assuntos sobrenaturais.

𝐂𝐀𝐓𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀, 𝐤𝐥𝐚𝐮𝐬 𝐦𝐢𝐤𝐚𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧 Onde histórias criam vida. Descubra agora