VI - A notícia

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ACORDEI NO MEIO da floresta

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ACORDEI NO MEIO da floresta. Estava frio e minha boca tinha um gosto metálico. Levei meus dedos aos lábios e senti o cheiro. Sangue.

Imagens da noite passada vieram a minha mente como um raio. Eu arrancando o braço de uma mulher, eu rasgando a garganta de um homem, eu mordendo o braço de um vampiro.

Um vampiro... Stefan.

Me levantei lentamente do chão coberto por folhas e ouvi o farfalhar de passos a minhas costas. Me virei para a direção dos passos e vi com alívio Stefan. Vivo graças a Deus. Senti um alívio tão grande que soltei o ar que prendia sem nem perceber.

Ele me olhou nos olhos e depois virou o rosto jogando um shorte jeans e uma regata na minha direção. Ele nem sequer olhou para meu corpo nu. Senti uma pontada de orgulho por ele. Poucos homens tem a honra que esse cara tem.

- Obrigada. - falei vestindo os short.

- Não queria que você saísse por aí nua.

- Eu te mordi.

Abotoei o short e fechei o ziper.

- É mordeu.

- Me desculpe.

Coloquei a regata e ele se virou na minha direção.

- Klaus me curou. Agora vamos. Temos que partir para Chicago. - falou andando e eu o segui.

- Como é que é? Mais ele já conseguiu o que queria. Por que precisa de nós? - perguntei incrédula.

Não não não. Ele não iria me manter presa apenas para ter minha ilustre companhia.

- Não deu certo. O plano dele falhou mas também não sei o que ele quer.

- Como assim falhou?

Será que os híbridos fizeram exatamente o que eu disse? Fugiram do Klaus porque não queriam servi-lo?

- Eles estão mortos.

Paralisei. "Eles estão mortos." Repeti a frase mentalmente. Eles estão mortos igual... igual minha família. Mortos por monstros escravos do sangue, escravos dos próprios prazeres, escravos do sol. Vampiros. Seres desgraçados e abomináveis que nos tratam como se fossemos nada. Imagens daquela noite passaram pela minha mente. O vampiro arrancando o pescoço de mama, o vampiro rasgando papa ao meio, o vampiro arrancando os olhos da tia May.

- Catarina? - chamou Stefan parando momentaneamente quando percebeu minha expressão. - Seus... Seus olhos.

Ele parecia em choque. Olhei-o e me espantei. Ele estava diferente. Eu conseguia ve-lo. Quase como se estivesse vendo sua alma. Consegui ver uma aura e ela era obscura e nebulosa. Era uma tempestade forte só que bem no meio havia uma luz, uma luz clara e quente como o sol.

Balancei a cabeça e tudo voltou ao normal. Graças a Deus.

- Stefan o que foi? - perguntei curiosa. Ele parecia em choque.

𝐂𝐀𝐓𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀, 𝐤𝐥𝐚𝐮𝐬 𝐦𝐢𝐤𝐚𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧 Onde histórias criam vida. Descubra agora