Seokjin tinha que tomar uma decisão. Nunca antes a coroa havia sido tão pesada na sua cabeça.
O rei havia tido uma noite maravilhosa e estava noivo, relembrou o fato novamente ao fitar o anel em seu dedo. Iria casar com Kim Namjoon, o amor da sua vida. Porém, teria que dar um fim aquele conto de fadas o mais rápido possível, afinal, seu escudeiro estava preso.
Tudo havia começado de manhã.
O moreno acordou sentindo Namjoon o abraçando e logo sorriu. Estava tão feliz que havia jogado todos os problemas para o fundo da sua mente e se encontrava somente curtindo o noivo. Era o homem mais sortudo do mundo; não precisava de mais nada; nem coroa ou títulos, somente precisava do outro Kim, pois o loiro carregava a sua felicidade em suas mãos.
Porém, eles tinham que se levantar e após alguns beijos assim fizeram, logo tomando banho e comendo um café da manhã. Entretanto, a primeira coisa que foi apresentado a Seokjin na sala de reuniões, já o desanimou por completo.
— Como assim quatro pessoas foram mortas dentro do castelo? — disparou o rei, olhando os papéis. — Onde estavam os guardas reais?!
Namjoon não estava na sala real com Seokjin, pois naquele dia o escudeiro estava dando aula na Academia e quem ocupava o seu lugar era Yugyeom, que permanecia em silêncio no canto do cômodo. Ele sabia do que tinha acontecido e estava alarmado, pois aquilo significava que havia um assassino no castelo e então tinha que ficar alerta para defender o rei a todo momento.
— Tem alguma pista? — perguntou o rei, expirando com força. — Quem fez isso?
— Então... Nós temos sim pistas e suspeitos... — falou um dos homens que estava envolto da investigação. — Talvez seja melhor a Vossa Majestade ver com os próprios olhos.
— Por quê?
— É? Por quê?
A segunda pergunta partiu do tio de Seokjin e o fato fez o rei enrugar a testa. Desde quando o homem se metia assim nos assuntos reais? Claro que ele tinha sua parcela de participação, mas nunca para concordar com o jovem monarca. E, por isso, o moreno ficava desconfiado.
— A Vossa Majestade verá... — falou o investigador. — Há coisas que somente os olhos podem confirmar.
Por um momento, Seokjin pensou que talvez o primo tivesse matado aquelas pessoas, pois Taehyung não estava no controle completo das suas ações e aquilo com toda certeza explicaria o porquê o tio estar temeroso; talvez o homem tivesse visto ou ouvido algo e não queria o filho na prisão. O caso era que o monarca também não queria o rapaz na masmorra e por isso ao se levantar e afirmar que seguiria o investigador, começou a pensar em formas para contornar toda aquela situação e talvez livrar o outro Kim de todo aquele problema. Mesmo que fosse errado. Muito errado.
A masmorra ainda se mantinha fria e Seokjin odiava aquele local, ainda mais por conta dos indivíduos que ficavam presos ali, pois significava que eram pessoas do castelo, que deveriam ser confiáveis, mas haviam cometidos crimes contra a Coroa.
Depois da umidade, o monarca notou o sangue. Os corpos não estavam mais no local, pois já estavam sendo analisados por médicos legistas, mas o cheiro de ferro ainda preenchia o ambiente.
— Alguém abriu a grade e esperou o general se aproximar para esfaqueá-lo — afirmou o investigador, esticando um saco para o rei. — Olhe bem com o que o mataram.
O rei então colocou o saco na altura do rosto de viu o punhal. A arma era prata, um tanto pesada e era de Namjoon. Seokjin prendeu a respiração por um momento, mas logo a soltou, pois aquilo não significava nada, certo? Poderiam muito bem terem invadido o antigo quarto do noivo e terem pego as coisas por lá, não é? Afinal, o loiro ficou a noite toda ao seu lado.
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Glass Bridge
FanfictionApós a Terceira Grande Guerra, a humanidade se viu devastada e perdida. Séculos depois, a sociedade se reergueu, agora separadas em nações com líderes dotados com habilidades especiais. Nesse cenário, o Reino Kim e o Reino Jeon vivem em clima de ten...