Capítulo 65

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Jiwoo andava apressadamente pelos corredores do terceiro andar, esperando encontrar logo Jungkook. Sua mente borbulhava em teorias, mas a que mais fazia sentido era a que Hoseok era irmão de Somin.

Céus, aquilo era surpreendente, mesmo que a ex-escudeira ainda se lembrasse da vez que a rainha lhe confessara que tinha um irmão perdido e a pedira ajuda para encontrá-lo, porém depois de alguns meses, as pistas deram em nada e por fim desistiram da procura. Porém, aquilo tudo não importava agora, pois a família estava reunida novamente e Jiwoo não poderia estar mais feliz pela namorada.

— Ei, apressada!

A loira parou de repente, virando-se na direção da voz e riu alto ao ver quem era: Matthew Kim, um dos seus melhores amigos. Ele estava acompanhado por Kim Taehyung, ou J. Seph, como era comumente chamado.

Os três haviam se conhecido na academia de escudeiros, porém atualmente Seph não era mais escudeiro, desistindo de sua profissão por dias mais pacíficos como professor, mas ele ainda tinha livre acesso ao castelo quando estava ao lado de seu amigo mais novo, Matthew.

— Onde está indo? E cadê seu uniforme?

— Longa história, mas eu não preciso mais dele! Vocês viram o príncipe?

— Como não?! — disparou Seph.

— Eu explico depois, por favor vamos procurar Jungkook, sim? — pediu a loira, olhando para o fim do corredor. — No quarto dele, Jungkook não está, então deve estar no do rei Son.

— Do rei Son, por quê? — questionou o mais alto, franzindo a testa. — Céus, sinto-me muito perdido. Ficamos fora um mês e acontece isso?

— Deixa de drama — disparou Jiwoo, suspirando fundo. — Explico tudo mais tarde quando vocês me pagarem aquela cerveja...

— Mercenária — falou o mais velho.

Jiwoo sorriu e ia replicar a brincadeira quando um som chamou a atenção dos três. Automaticamente os dois rapazes buscaram suas espadas, afinal dentro do castelo armas de fogo eram proibidas. Jiwoo fez menção de imitar o gesto, mas estava sem seu uniforme e sem suas armas.

Matthew adentrou o quarto primeiro, sendo seguido logo pelos outros dois. Tudo parecia normal até que uma risada aguda foi escutada e a porta do local bateu com força, assustando os três que ao se virarem encontraram Hyunah, com seu habitual sorriso de desdém.

— Oh, Jiji... Era para nos encontrarmos sozinhas, agora seus amigos vão morrer por sua causa.

— O quê? Você deveria estar fora desse castelo! — afirmou a loira, fitando Hyunah com seriedade. — Não és mais bem-vinda aqui, sua ladra manipuladora!

— E isso é culpa de quem? — a ruiva questionou seu sorriso se tornando ainda maior. — Sua! A culpa é toda sua, meu plano estava caminhando muito bem até você e seus sentimentos atrapalharem! Felizmente tudo já estava pronto, mas ainda assim... Eu detesto que as coisas saiam da ordem que eu planejo, entende?

— Do que você está falando, sua louca?

— Somin estava bem quietinha com os orgasmos que eu dava a ela — Hyunah falou, revirando os olhos para a forma como a postura da loira mudou. — Mas você tinha que aparecer com o seu amor verdadeiro ou essa bobagem toda. Ela comia na minha mão!

— Ela é sua rainha! Tenha respeito! — Seph disparou, apontando a espada para a ruiva, mesmo que estivesse vários centímetros afastado da conselheira. — Isso é traiç-

Aconteceu tudo muito rápido, mas antes de terminar sua frase, Seph estava caído no chão, com uma bala atravessada em sua testa.

Jiwoo gritou e se abaixou para segurar o rosto ensanguentado em suas mãos, havia um buraco no centro da testa do loiro e a mulher não podia acreditar; havia tanto sangue no momento, tanto sangue. A loira gritou outra vez em desespero e seus gritos se misturaram aos de Matt, que havia partido na direção de Hyunah.

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