A melhor amiga

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Olho nos olhos
Da velha estranha
Minha amiga de anos.

Não tenho empatia
Não sinto carinho
E não sinto amor.

Me parece uma conhecida
Mais que desconhecida
Impossível descrever.

Me falta o ar
Todas as vezes que a olho
Meu ser não se abre,

Pois ele não existe
Perto dela
Aquela estranha.

Sua presença
Vem me fazendo mal
Tenho náuseas
E não durmo a noite.

Me arrependo
Por ter conhecido ela
Por abrir a porta
Não existe amizade em mim.

Sinceramente
Eu não a quero aqui
Vai embora!

Eu quero minha paz
Saia da minha vida!
Sua insistência e silêncio
É assustador.

E os olhos da estranha
Me corta a respiração
Me paralisam.

Cresce o meu ódio
Minha irá
Minha sede de vingança.

Quero matar-la
Excluir-la da minha vida
Sem deixar rastros.

Cada encontro é um martírio
Não consigo fugir dela
Ela está ali dia e noite.

Não suporto mais
Toda essa tortura
E angústia.

Mandei destruir
Todos os espelhos
Pois olhar para ela me entristece.

Quando acabará isso?
Não te aguento mais
Um dia você irá embora?

Quero respirar novamente
Porém ela me impede
Busco não olhar
Seus olhos duvidosos.

Volte para sua caverna
Me deixe em paz
Sua amizade eu não quero
Não quero essa dualidade.

Quero minha solidão
Continuarei a destruir os espelhos
Na esperança de um dia
Não mais a ver
Quando me olhar através deles.


















A Poesia Que Há Em MimOnde histórias criam vida. Descubra agora