Eu não aguento/Sem registro

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Eu me perdi em um desespero
Profundo, escuro e sombrio
Talvez não consiga sair daqui
Estou no meu cárcere particular.

Sabe ultimamente
As noites estão mais longas
O inverno mais frio
E as madrugadas mais solitárias.

A minha tristeza tem se atormentado
Chegado ao ápice do meu medo
Eu não me reconheço, a verdade e que
Nunca me conheci.

Triste como nada a denominar
Sinto minha vida vazia
Sem sabor ou pertencimento
Já não desejo mais fugir para longe.

Quero apenas chorar no escuro cômodo
Que escolhi como meu recinto fim
As lágrimas batem na porta
Mas não as deixo entrar ou sair.

A desesperança me toma o ar
Me traz uma grande sede
E um aperto forte
Que poderia matar o meu peito.

Minhas mãos tremem diante dele
Todo o cansaço da minha alma
Eu sou uma eterna nômade
Nunca tive um verdadeiro lar.

Nunca ouvir minha real voz
Nunca disse o que sinto ou penso
Em fração eles saem
Não me conhecem .

Todos que se dizem
Ser a minha tribo
Eu tenho uma tribo?
Sou mais nômade,

Do que os nômades de corpo
Pois sou de alma e isso meu leitor
Não tem remédio, não tem
Uma vez nômade sempre nômade.

Sou poetisa sem caminho
Sem destino
Com o coração rasgando
Em resultado das desilusões.

Aceitei minha infelicidade
Como é desesperador
Triste e sufocante
A solidão do sentimento.

Prevejo minha morte
Pois sei com o ar em meus pulmões
Ou com a partida deles
Ainda permaneço na invisibilidade.

Esse poema talvez seja ela
A minha solene e poética despedida
Despedida de pensar ou buscar entender
Ah dói demais isso.

Um canto eu me encaixo
Ultimamente as noites
Estão mais difíceis de lidar
As madrugadas mais maldosas.

O inverno mais frio
O vento mais forte
O meu coração mais cansado
E minha alma mais ferida.

A Poesia Que Há Em MimOnde histórias criam vida. Descubra agora