bones

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Algumas dia depois, era meu dia de folga, eu estava no terraço do prédio, onde havia uma grande área de lazer, uma horta comunitária e uma estufa com diversas plantas, regava uma pequena planta enquanto lá fora a chuva começava a cair em forma de uma garoa bem fina e leve. Me inclinei para analisar uma das folhas da planta, e então ouvi passos no assoalho de madeira e senti um conhecido perfume extasiante quando aquela figura masculina se aproximou.

- Oi, te encontrei, então você.. Gosta de plantas? - Nico disse enquanto se encostava em um dos batentes da pequena porta e cruzava seus musculosos braços em frente ao seu tórax.

- Gosto sim, aliás gosto muito. Então você estava me procurando, o que queria? - Afirmei e indaguei logo em seguida.

- Fui até seu apartamento, bati na porta, mas você não estava, quem atendeu foi o Thomas, então ele me disse que você estaria aqui. - Nico riu enquanto citava o nome de Thomas, com um leve tom de ciúmes em sua fala dando ênfase ao nome do mesmo, com o tempo Thomas se tornou o meu colega de quarto de tanto tempo que passava no meu apartamento e na minha vida, pessoal e profissional.

- Thomas, se tornou praticamente meu colega de quarto, se você não sabe. - Comentei dando risada e Nico me acompanhou como se estivesse contagiado pelo meu riso. Nos divertíamos juntos, nossa conversa fluía bem, a noção de tempo até se perdia em meio a nossos diálogos.

- Sabe, senti sua falta na nossa corrida hoje, Levi. - O britânico se aproximou de mim oferecendo ajuda, eu simplesmente amava quando ouvia o som de sua voz falar meu nome. Meu corpo seria capaz de se fundir e explodir por dentro com apenas aquelas palavras.

Ele sentiu minha falta.

Alguns minutos depois ele pegou em minha mão, enquanto eu cavava a terra de um vaso com uma pequena pá. Nossos olhos se encontraram e nosso magnetismo mútuo nos hipnotizou no olhar um do outro.

- Eu preciso ir.. - Disse Nico se levantando subitamente e saindo pela pequena porta.

Mais uma vez ele estava indo e me deixando sozinho.

- Por que você sempre foge? - Exclamei saindo da estufa e parando a alguns metros dele. Alguns segundos depois me arrependi pela
impulsividade.

Ainda de costas para mim, os seus ombros se contraíram e relaxaram, graças a um suspiro profundo, em um súbito movimento ele fez o caminho de volta e parou em minha frente.

Eu conseguia sentir a mistura de sensações, meu coração acelerado, o excitante odor que aquele perfeito conhecido exalava, meu corpo estremeceu levemente. Ele envolveu seu braço esquerdo em volta de mim e me puxou para um beijo, passei um ano esperando por isso, então não fiz esforço nenhum para resistir, mas ainda assim era confuso, meu corpo queria aquilo mais que tudo. Seus lábios eram macios, sua língua dançava em minha boca, eu sentia o seu desejo, mas cessei o beijo quando voltei a consciência. E dessa vez fui eu que fugi.