P.O.V MARIA LUIZA
Eu não tenho noção da hora que a gente chegou na casa das meninas, mas Bia já tinha apagado de sono no meu colo enquanto Luizinho era o centro das atenções de uns homens.
Com ele, pareciam ser bonzinhos, homens fofos que amam crianças. Mas eu sabia do que eles seriam capazes, eu sabia.
E ninguém encostaria um dedo na Bia.
Fomos pra casa e ajudei Maju a pegar um colchão de casal que estava na lage desde cedo tomando sol.
Colocamos na sala pra eu e a Bia dormirmos. Forrei com lençol e peguei dois travesseiros. Arrumei tudo bem confortável.
As meninas vieram nos dar boa noite e alguns minutos depois, Luizinho apareceu.
- Tia Lu. - esfregou os olhinhos.
- Oi, meu amor. - levantei a cabeça.
- Eu posso dormir com você? - pediu manhoso.
- Claro, vem aqui. - chamei e ele deitou na minha frente, entre eu e a Beatriz.
Fiz carinho no seu cabelo e logo ele se virou de frente pra mim, me abraçando.
Continuei fazendo carinho nele e com outra mão, fiz carinho no cabelo na Bia.
Era até que gostoso ter duas crianças. Só faltou o Arthur atrás, mexendo no meu cabelo e implicando comigo, enfiando o dedo no meu ouvido.
Sorrio lembrando dele e acabo adormecendo.
QUEBRA DE TEMPO
Acordo ouvindo um som alto explosivo. Olho pro lado e vejo Manu rebolando no ritmo da musica.
- A piranha que habita em você já está acordada? - brinquei.
- Essa nunca dorme. - riu debochada.
- E a música? - afundei o rosto no travesseiro.
- Vizinha aí.
- Cadê as crianças? - perguntei.
- Mandei pra escolinha. - deu de ombros.
- Como assim? A Bia não tá nem matriculada, e nem tem nada de material. - falei confusa.
- E tu acha que isso faz diferença? Com o RD apontando a pistola dele na cara da diretora, tua filha entra rapidinho. - ela riu.
- RD? Não quero Bia perto dele. - falei séria.
- Tá fudida, ué. - riu - Pelo visto, o RD gostou dela, pela primeira vez veio aqui levar o Luizinho pra escolinha.
- Que? Ele é pai do Luizinho? - perguntei chocada.
- Não! - ela riu - Mas, só sei que tô amando essa ideia. RD é um gostoso. - se abanou.
- Mal gosto do caralho, Manoela. - balancei a cabeça.
- Tá, chega de reclamar. Levanta o cu daí e vamo no mercadinho. Tá quase na hora das crianças voltarem e não tem almoço.
- Que horas são? Eu dormi muito. - disse assustada olhando meu celular. 10:28h.
- Pois é, antes que pergunte Maju foi trabalhar.
Apenas assenti e fui tomar banho pra sairmos.
P.O.V CRUSHER
- Mob! - falei vendo ele tomar café junto com o pessoal.
- Já disse que não concordo. - mordeu o dedo sem querer quando o pão caiu.
- Mas é uma anta, né? - Babi riu - Concordar com o que?
- Consegui o endereço onde tá a Maria Luiza. - sorri.
- Duvido que seja verdade. - Mob deu de ombros.
- Ontem um menino me mandou mensagem no direct, uma foto e falou que esteve com a Malu. Aí pedi o endereço. - mostrei pro pessoal.
- Pode ser uma foto antiga, mano. - GS falou.
- Não custa tentar, vamo. - Coringa levantou.
- Vai pra onde, Curica? - Babi o encarou.
- Pro Rio, nesse endereço aí. Com certeza ela tá lá. Vamos, gente, eu quero meu carro. - fez cara de choro e eu ri.
- Tá, eu vou também. - pinscher saiu pulando.
- Eu acho que... - Mob começou.
- Vive muito no achismo, Mob. Deixa eles tentarem, ué, se não der certo, não deu. - Bak interrompeu.
- Tão sensato, meu bebê. - Voltan deu um selinho nele.
QUEBRA DE TEMPO
- Bárbara, seu carro é um nojo. - Coringa disse.
Ele estava dirigindo e Babi ao lado dele.
- Tá achando ruim, pula dele. - deu de ombros.
- Grossa. - fez bico.
- Gostosa, eu diria. - jogou o cabelo.
- Realmente. - ele riu de canto.
- Me poupem, caralho. - resmunguei.
Eles riram e Babi ligou o som.
Coringa reclamou quando ela só colocou sertanejo.
- Fazer o que? Só tomo chifre. - fez drama.
- Vai nessa, Bárbara. - revirou os olhos.
- Você não sabe brincar.
- Cê tá na TPM, só tá sabendo reclamar.
- Ô, inferninho. Os dois tão na TPM, dois chatos. Deixa eu colocar música. - reclamei.
Coloquei algumas músicas eletrônicas que alegrasse todos.
Seguimos caminho até que Coringa desacelerou. Olhei interessado quando fomos parados numa barreira.
- Residentes no Rio? - um fiscal perguntou.
- Não, senhor. - Coringa disse.
- Está indo visitar algum parente?
- É...
- Tô indo buscar minha esposa. - coloquei a cabeça no meio dos bancos dianteiros, parecendo criança.
- Ela mora no Rio? - perguntou.
Balancei a cabeça negativamente.
- Tem como me provarem a situação?
Balancei novamente a cabeça.
- Infelizmente não posso permitir a entrada de vocês no estado. Devido a pandemia que estamos vivendo, só estão aceitando casos de urgência e moradores.
- Mas senhor, eu só quero...
- Por favor, manobre e volte. Não dificulte. - sorriu forçado me interrompendo.
Bufei e Coringa manobrou. Voltamos em silêncio.
- Ué? - Mob encarou debochado.
- Não enche. - Babi disse.
- Porra de vírus do caralho. - gritei estressado.
Tudo conspirando pra dar errado.
Maria Luiza não atende minhas ligações, não responde minhas mensagem e eu não posso ir atrás dela.
Só dificulta.
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The Sister 2 | Loud
Fanfiction- Achei que após o nascimento da Bia e meu casamento, seria minha hora de ser feliz. Manteve-se um silêncio curto até que ela falasse novamente. - Eu estava errada.