Capítulo 23

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P.O.V MARIA LUIZA

Uma vez na vida eu tinha que fazer a coisa certa.

RD assentiu e eu o levantei, passando seu braço pelo meu ombro, andamos relativamente rápido até o carro. Ainda não havia vapores na rua, e muito menos pessoas.

Então eu notei que as risadas que havia escutado não passaram de um delírio meu. Soltei um riso fraco.

O carreguei até o carro e coloquei no banco do passageiro. Mandei Bia ficar com a arma preparada caso alguém viesse até nós.

A situação seria cômica se não fosse trágica.

Eu no carro do Coringa, manchando tudo de sangue, um homem baleado ao meu lado e a Beatriz com uma arma.

Parei no postinho.

- Beatriz, vou trancar o carro. Mas fica com a arma preparada. - falei.

Ela assentiu e saí do carro, pegando RD do mesmo modo de antes, adentrei o postinho e dois enfermeiros vieram pegar ele.

- De novo, Rodrigo? - um deles perguntou.

Colocaram ele na maca e puxei um dos enfermeiros.

- Me liga quando ele acordar.

- Sim, vamos. Vou anotar seu número. - fomos até o balcão.

Passei meu número para ele.

- Tem algum outro? - me encarou.

Suspirei e passei o número da Bia.

Voltei correndo pro carro. E Bia estava com meu celular.

A repreendi e ela desligou.

Resolvi ignorar a situação e dirigi até São Paulo novamente.

- Mamãe. - me chamou.

- Oi, amor. Desculpa a mamãe por isso... - a olhei pelo espelho e comecei a falar.

- Eu matei o Tio Bê. - disse com os olhos arregalados.

P.O.V CRUSHER

- Merda! - gritei.

- Liga de novo! - Babi falou.

Eles já haviam se sentado novamente.

- Liga! - repetiu.

- Não, não liga. - Mob se levantou sorrindo.

- Cruzes, mano, que cara psicopata. - GS disse saindo de perto desajeitadamente.

- Eu tô sentindo que tá tudo bem. - encarou GS.

- Coisa de irmão? - Voltan perguntou.

- Filha única não entende disso, loirinha. - Mob riu.

Senti um alívio.

Continuamos conversando durante algumas horas.

- Vamos ver se o carro saiu lá da frente. - Coringa falou.

- Caralho, já tinha esquecido disso. Tem um cara armado em frente a casa e a gente aqui, vegetando. - Bak riu.

O clima já havia ficado mais tranquilo, mas eu continuava preocupado e com uma sensação péssima.

Coringa e Babi saíram pra ver o carro.

- Tem certeza que sente que ela tá bem? - perguntei pro Mob.

- Cara. - suspirou. - Eu conversei com a Babi, ela disse coisas que eu nunca havia reparado. Minha irmã realmente vacila, eu tenho que parar de passar a mão na cabeça dela.

The Sister 2 | Loud Onde histórias criam vida. Descubra agora