Memórias De Família

VIII

Jayme e eu passamos o resto da manhã empolgados conversando sobre as nossas gestações.

Jayme -Estou indo agora papai, tenho que preparar o almoço do Alexander.

Benjamin - Tudo bem meu filho, eu tenho que preparar o daqui de casa também logo logo as crianças chegam. O Alexander tem te tratado bem?

Jayme - Sim papai, ainda mais depois que descobrimos a gravidez, ele está muito carinhoso.

Benjamin - Que bom meu filho.

Jayme - E o papai como está com o senhor?

Benjamin - Seu pai também, está muito gentil e carinhoso, ainda mais depois da gravidez, ele mudou muito.

Jayme - Dá pra perceber o quanto o senhor tá feliz.

Benjamin - Pois é, apesar de pensar que o Bernardo seria o caçula pra sempre.

Jayme - Falando nisso cadê o Bernardo? Quero vê-lo.

Benjamin - Está no quarto dormindo.

Nós fomos até o quarto do Bernardo que dormia tranquilamente.

Jayme - Tão lindinho o meu maninho. Depois eu vejo pra ver os outros.

O Jayme foi pra casa dele e eu fui preparar o almoço, a Mila estava na casa da madrinha dela e iria almoçar por lá. Logo logo os meninos chegaram da escola e nós quatro almoçamos juntos.

Benjamin - Como foi na escola?

Gabriel - O papai conversou com a diretora, ela disse que os meninos não vão mais mexer com o Liel.

Benjamin - Que bom.

Já era de noite quando uma forte chuva acometeu a cidade e o Norberto estava demorando muito a chegar em casa o que estava me deixando preocupado, as horas foram passando e nada dele chegar.

Benjamin - Mila chame os seus irmãos por favor darei o jantar deles logo, seu pai deve demorar a chegar.

Mila - Sim papai.

Eu jantei junto com as crianças e os coloquei na cama e fui pro quarto e comecei a ler uma revista enquanto esperava pelo Norberto, mas acabei pegando no sono e acordei com o barulho da porta do guarda roupa de madrugada e lá estava o Norberto se vestindo.

Benjamin - O que houve amor?

Norberto - Essa maldita chuva, a cidade está completamente alagada, foi um caos pra chegar aqui.

Benjamin - Eu imaginei que as ruas fossem alagar mesmo. Disse me levantando.

Norberto - Pois é, pagamos tantos impostos pra nada.

Benjamin - Vou esquentar o seu jantar. Digo dando um selinho nele e saindo do quarto.

Eu pus as panelas no fogo e depois que já estava tudo esquentado coloquei no prato do Norberto.

Norberto - Obrigado amor. Disse me dando um selinho e depois beijando a minha barriga.

Eu subi pro nosso quarto e me deitei. No dia seguinte assim que eu acordei eu vesti o meu casaco, a chuva da noite anterior havia feito o tempo esfriar.

Norberto - Bom dia amor.

Benjamin - Bom dia.

Enquanto o Norberto se arrumava para ir ao trabalho eu fiz a minha higiene matinal e fui acordar os meninos pra escola e depois fui pegar o Bernardo e me surpreendi ao ver que ele estava bem quente.

Benjamin - Está com febre, deve ter sido a mudança repentina no tempo.

Eu desci para preparar o café da manhã das crianças e do Norberto.

Benjamin - Amor preciso de dinheiro pra chamar o médico.

Norberto - Tem algo de errado contigo ou com o bebê? Perguntou preocupado.

Benjamin - É o Bernardo ele tá com muita febre.

Norberto - Sempre que o tempo muda ele fica desse jeito, vou avisar pro quartel e avisar que não vou hoje, irei ficar aqui com vocês.

Apesar da situação eu fiquei feliz com o gesto dele, pela primeira vez em anos o Norberto deixou o trabalho um pouco de lado.

As crianças foram pra escola, como o colégio deles ficava a uns 5 minutos de caminhada da nossa casa não tinha problemas deles irem sozinhos. O Norberto trocou de roupa depois de ter avisado que não iria aí exército e eu chamei o médico.

Benjamin - Ela já deve estar chegando.

Cerca de 40 minutos depois o médico chegou e foi examinar o Bernardo, mas o que me preocupou foi que o exame demorou mais do que a das outras vezes.

Benjamin - E então doutor o que ele tem?

Continua...

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Beijão a todos.

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