Capítulo 10

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CAPITULO 10

Abro os meus olhos e vejo o sol entrando pela janela. Escuto um barulho vindo do chuveiro, olho o relógio da cômoda e são quase dez horas da manhã. Me espreguiço e sinto todo o meu corpo doer. Depois da nossa tarde na praia, ficamos toda a noite assistindo uma maratona de séries. Brigamos bastante, pois o moreno ranzinza não gosta e eu amo assistir as minhas loucuras. Escuto a voz de Nicholas, ele desliga o chuveiro e vem todo molhado para o quarto com o celular na mão. Pelo visto algo tinha acontecido no trabalho.

–– Como não tinha? –– Ele conversa no telefone.

Vou até ele e tiro a sua toalha começando a enxugar o seu corpo.

–– Certo. –– Ele continua a sua conversa e eu levanto o seu braço para enxuga-lo.

Ele tem o corpo malhado, mas não o vejo fazendo nenhum tipo de exercício.

–– Assim que você terminar eu vou para a delegacia.

Ele termina a ligação e joga o celular na cama frustrado.

–– Você malha?

–– Como?

–– O que você faz para manter o corpo? –– Ele joga a cabeça para trás e ri.

–– Meu deus Anne, depois de ontem a sua primeira pergunta é essa? Se eu malho?

–– Na verdade eu já estava para te perguntar, mas esqueci.

–– Bom dia primeiro, como você está? –– Abraço sua cintura.

–– Bom dia, estou bem. –– Ele alisa o meu rosto. –– Malhar, malhar eu não malho, eu gosto de fazer outro tipo de exercício, se é que me entende.

–– Besta! Não é esse tipo de exercício que estou falando.
Nicholas revira os olhos impaciente e eu fico quieta.

–– Vamos tomar café senhorita Anne? Eu tenho um dia cheio hoje.

–– O que houve?

–– Só coisas do trabalho. Tenho que retornar para a delegacia. Você quer voltar comigo?

Pergunta e eu penso um pouco:

–– Sim eu preciso falar com o meu pai.

–– Certo. Vamos juntos. –– Beija o meu rosto.

Ficamos em silêncio tomando o nosso café e sinto uma grande necessidade de protestar algo, reparei que o Nicholas não tinha uma dieta regrada, pelo tanto de besteiras que comia, a sua saúde poderia começar a se sair prejudicada.

–– Você é tartaruga por acaso? Só come folha –– Fala tirando sarro da minha cara e olhe dou um olhar sério.

–– Não senhor. Aliás eu percebi o quanto que você se vira a noite, não consegue dormir? –– Pergunto o analisando.

–– Não consigo dormir direito faz tempo. –– Responde bufando.

–– Você precisa fazer uma bateria de exames sabia. Isso não é normal. –– Falo roubando uma de suas torradas.

–– Deus me Livre. A última vez que eu fiz uma bateria de exames. Eu sair de lá cheio de fio no corpo.

Riu da sua cara e recebo um olhar ameaçador em troca.

–– Já que você fez o exame. Qual foi o resultado? –– Pergunto séria.

–– Nem sei viu. Não fui buscar o exame, no dia estava em uma troca de tiros no Paraná.

E se Ela Voltar? PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora