O velho Moinho

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Uma Semana se passou depois que o beijo aconteceu. Não tivemos mais se quer uma conversa, um olhar, nada depois do beijo. A intensidade dos treinos só fazia aumentar mais ainda a minha dor de cabeça com pensamentos duvidosos.

"Será que ela se arrependeu do beijo???"

"será que eu deveria ir até Aster?"

"Ahhhhhh... eu sou uma completa IDIOTA!!!"

Era um turbilhão de duvidas com desespero, medo e agonia, que se misturavam por todo o meu corpo. Sem prestar muita atenção ao treino, não vi que Steven vinha com a bola na minha direção. De repente só senti o impacto e ir com toda força ao chão. Fiquei ali por quase 2 min agonizando de dor. O treinador correu e se abaixou para vê como eu estava. Entre meios de tentativa para recuperara meu ar, consegui dizer que estava mais ou menos bem. Levantei ainda dolorida, mas era preciso continuar o treino. Tínhamos o primeiro jogo da temporada hoje à noite.

O treino acabou por volta das 15:00hrs, fui direto para casa ajudar meu pai com os afazeres da casa e da oficina. Antes de ir para casa parei na lanchonete para levar algo pro meu pai. Entrei e logo soltei um sorriso largo para kelly. Ela sorriu de volta e olhou de lado para que eu acompanhasse seu olhar, fui acompanhando ate chegar à pessoa que estava sentada na ultima mesa. E lá estava Aster Flores, linda e encantadora como sempre, mas só não esperava que ela estivesse lá com ele, na minha lanchonete, não que seja minha, mas mesmo assim. Eu a tinha levado no meu lugar favorito. Que só eu e minha mãe íamos, meu lugar secreto "Como ela pode?!". Seu olhar encontrou o meu e ela sorriu sem graça, seu namorado sempre espalhafatoso, colocou seu braço envolto ao pescoço dela falando tão alto que todos ouviam no lugar. Aster por assim desceu seu olhar com vergonha e decepção de está ali com ele. Ela não poderia fazer nada, afinal de contas Trig era seu namorado. Kelly tirou minha atenção que estava toda na garota.

- Aqui está seu pedido menina.

- Obrigada kelly.

A garçonete por sua vez sentiu a minha voz falhar ao responder. Peguei o lanche, me despedi e sai pela porta. Andei mais um pouco, minhas pernas tremeram quando eu ouvi uma voz suave chamar pelo meu nome. "Ellie, espera". Virei-me e ela já estava tão próxima que eu poderia sentir o seu cheiro doce. Engoli minha tristeza e respondi com frieza.

- Olá Aster.

Sei que ela sentiu a frieza no tom da minha voz.

- Eu vi você entrar, mas não tive tempo de falar com você. Entrou e saiu tão rápido.

- É. Tenho muita coisa pra fazer. Meu pai tá me esperando na oficina.

- Ta tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

Seu olhar preocupado me deixava cada vez mais confusa. Ela tentou se aproximar, mas eu dei um passo para trás.

- Aster eu tenho mesmo que ir. Não posso me atrasar. Ate outra hora.

- Ellie espera, eu queria...

Não deixando que terminasse o que iria dizer. Sai o mais rápido que eu pude para ela não perceber que minhas lagrimas já estavam a beira do abismo para caírem. 10 min depois cheguei em casa jogando o lanche na bancada da cozinha assustando meu pai.

- Hey. Que diabos você tem? Algum bicho te mordeu?

- Não Pa. Desculpa, eu só estou tendo um péssimo dia.

Ele tentou melhorar o clima pesado que estava rondando a cozinha.

- E ai?! Nervosa pro primeiro jogo da temporada?

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